Quarta-feira, 18 de outubro de 2023 - 08h05
É
falsa a noção de que se pode ver a Muralha da China da Lua ou da órbita da
Terra, mas a Amazônia é notável, no solo ou vista de cima. Da altura, as copas
das grandes árvores dominam a cena, mas o desmatamento também aparece, como
câncer devorador.
Por
baixo das imagens captadas por satélites se escondem tesouros imensos,
distribuídos pela ampla biodiversidade regional. Pelo menos 10 mil sítios arqueológicos aguardam
cientistas com modernos recursos tecnológicos para revelar seus segredos. Há
pouco, na Escócia, descobriu-se um tesouro de moedas de prata e bronze trazendo
indicações históricas importantes. Imagine-se o que há por descobrir em áreas
ainda não devidamente pesquisadas na grande floresta sul-americana.
A
biodiversidade amazônica é fantástica, há descobertas diárias e promete ainda
muitos tesouros e surpresas, a julgar por uma velha conhecida de todos: a
copaíba. Considerada panaceia universal para as mais diversas enfermidades,
aplicada externamente ou por ingestão, a copaíba acaba de revelar uma nova e
admirável propriedade: pesquisadores do Brasil e EUA descobriram que seu ácido
poliáltico possui amplos efeitos antibacterianos, podendo vencer os invasores
mais resistentes.
Considerando
que a resistência dos micróbios aumenta e logo deverá ser a principal causa de
mortes no mundo, é uma descoberta que vale muito mais que qualquer tesouro.
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Ação contra reajuste
A
OAB-RO anunciou a entrada de ação judicial para derrubar a lei aprovada na Assembleia
Legislativa de Rondônia que aumentou os valores do ICMS m Rondônia fato que gera
protestos da Serra do Touro, no Colorado do Oeste a Praia do Tamanduá, em Porto
Velho. A OAB é uma das entidades que lideram os protestos dos rondonienses,
juntamente com mais 50 entidades e tem a expectativa de com sua Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) mudar a situação criada pelo governo do estado e
deputados estaduais. Na gestão de Márcio Nogueira, a OAB voltou a defender
causas populares e é uma gestão que já está fazendo história.
A deportação
Em
vista do decreto presidencial tratando da expulsão de imigrantes no Peru a partir
do final deste mês de outubro, os estados amazônicos já estão com os cabelos em
pé com uma nova crise imigratória. O estado mais atingido será o Acre, no
entanto, também Rondônia será atingido, já que centenas dos imigrantes
venezuelanos, haitianos e africanos que estão sendo expulsos vão se utilizar da
BR 364 para recorrer a empregos no Sul do Brasil, carente de mão de obra para a
construção civil, frigoríficos e cooperativas. A nossa rodovia Marechal Rondon será
passagem obrigatória.
Transtornos
Por
falar em imigração, vários municípios rondonienses poderão aproveitar a mão de
obra dos imigrantes indesejáveis no Peru e no Chile. O trabalhador local tem
buscado empregos também na região sul do País e assim cidades, como Jaru já
buscam trabalhadores em municípios vizinhos para ocupar vagas não preenchidas nos
estabelecimentos comerciais e na construção civil. Atualmente ficou difícil
garimpar um profissional disponível também em Porto Velho para pintura,
carpintaria e construção civil, pois a grande maioria qualificada e com bons
antecedentes se mandou para Cascavel, Chapecó, Camboriú, Maringá, Ponta Grossa,
Palotina e interior de São Paulo e Rio Grande do Sul.
Austeridade exigida
Prefeitos
e governadores só adotam medidas mais austeras diante das necessidades dos seus
estados e municípios. Ninguém quer se desgastar politicamente, mas as vezes os mandatários
são obrigados a tomar medidas impopulares para terem recursos disponíveis para
obras de infraestrutura. Assim foi com o prefeito Hildon Chaves, que queria
reajustar o IPTU e acabou desistindo e agora o caso do governador Marcos Rocha
com o aumento do ICMS. O prefeito e o governador ainda estão pagando o
funcionalismo e fornecedores em dia, mas enfrentam dificuldades para garantir a
rapadura diante da necessidade de aumentar a arrecadação.
Estados vizinhos
Nos
estados vizinhos, governadores como Wilson Lima, do Amazonas e Gledson Cameli
do Acre se viram na contingência de adotar medidas de austeridade. O amazonense
Lima cortou 25 por cento de todos os gastos da sua administração para fazer
frente a crise que atinge os cofres dos governos estaduais, depois de uma
pandemia tão insana que provocou a desoneração dos combustíveis, energia e
comunicações. Até agora o prefeito Hildon e o governador Rocha não chegaram a
este ponto, mas medidas como o aumento do ICMS já indicam a necessidade de o
erário estadual ser melhor abastecido em 2024.
As polarizações
As
primeiras sondagens para as eleições presidenciais de 2026 indicam poucas chances
de um candidato de terceira via conseguirem polarizar com os candidatos da
esquerda e da direita. Com Bolsonaro inelegível, o atual presidente Lula encontraria
polarização, pelas primeiras pesquisas com o governador de São Paulo Tarcísio
de Freitas (Republicanos), caso já aos 80 anos dispute mais uma eleição. Em
Rondônia, um estado terrivelmente conservador, a polarização seria entre dois
candidatos bolsonaristas, havendo uma terceira via também conservadora. A esquerda
rondoniense está mesmo em baixa. Coisa de louco!
Via Direta
***
Os desastres naturais estão batendo as nossas portas. No final de semana, com
forte temporal em Candeias do Jamari, na região metropolitana de Porto Velho ou
na Ponta do Abunã com desbarrancamentos (terras caídas) diante de forte tempestade
em Fortaleza do Abunã *** Por outro lado, a
previsão da ciência é que a seca amazônica se prolongue até o final do ano.
Porto Velho já com seu sistema de abastecimento de agua comprometido, Manaus
com a Zona Franca deixando de receber componentes pelas balsas transportadoras
de Belém (PA) *** Vivendo da economia do
contracheque, Porto Velho poucos dias depois do pagamento do funcionalismo
espicha o bico. Lojistas reclamam da falta de dinheiro na praça.
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