Terça-feira, 2 de julho de 2024 - 07h50
A
posse final de ouro, diamantes e outras riquezas salienta o possuidor, mas
oculta as faces e as realidades dos escravos e outros trabalhadores que os
extraíram. A biodiversidade, as riquezas naturais, a flora e a fauna amazônicas
pertencem a um bloco formado por nove países, mas a ameaça de apocalipse
climático obriga a humanidade a ter a floresta como patrimônio coletivo. Se no
caso das pedras preciosas e metais valiosos quem os extraiu nunca é lembrado,
os povos que compartilham a Amazônia precisam ser considerados em suas
necessidades.
É
nesse contexto que se deve compreender a declaração do governador do Amazonas,
Wilson Lima, feita em evento do BID Invest, de que o mundo olha a Amazônia pela
copa das árvores e nem sempre consegue enxergar as suas verdadeiras raízes – as
pessoas que vivem na região.
Enxergar
as necessidades dos povos amazônidas requer conhecer sua realidade e resolver
seus problemas. O desmatamento descontrolado, a mineração predatória, a
grilagem de terras, as desigualdades e o crime organizado se disfarçam em
“progresso” e fazem pouco das necessidades dos povos. Olham as copas das
árvores, solo e subsolo, sem enxergar as pessoas, como a bomba de nêutrons, que
mata gente enquanto protege o patrimônio. Os povos da floresta precisam ser
atendidos porque eles são a primeira garantia de proteção ao patrimônio de
todos.
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Fator decisivo
Os
chapas brancas, liderados pelo prefeito Hildon Chaves (PSDB) e governador Marcos
Rocha (União Brasil), acreditam que o apoio do presidente Jair Bolsonaro e seus
filhos será decisivo em favor da candidatura Mariana Carvalho (União Brasil)
para ganhar a eleição a prefeitura em Porto Velho. Não devem levar em conta,
que Porto Velho não é tão bolsonarista assim, que aqui o que vale mais são as
rivalidades tribais vigentes, num contexto bem diferenciado e muito dividido
desde os primórdios da capital rondoniense, quando a cidade era rachada entre
cutubas e pelescurtas.
As dificuldades
Acredita-se
em eleições com segundo turno em Porto Velho por algumas razões: 1- Excessivo número
de candidatos fracionando o eleitorado 2-Candidaturas fortes já constatadas em ascensão
3 –A base governista rachada, o grupo do vice-governador Sergio Gonçalves – que
deve assumir o governo e disputar a reeleição em 2026 - não tem interesse numa
vitória de Mariana, porque isto fortaleceria Hildon Chaves na peleja do CPA. 4
–Descontentes com a punhalada contra Fernando Máximo estão fechando com outros
candidatos 5- Não interessa aos caciques regionais envolvidos na disputa 2026 –
casos dos ex-governadores Ivo Cassol e Confúcio –a vitória de Mariana. A
maioria dos oposicionistas deve se unir no segundo turno para derrubar Mariana,
Hildon e Rocha que estão juntos.
Redução cogitada
A
impressão que dá é que a Frente de Esquerda já se decidiu num bloco e por esta
razão terá somente um candidato a prefeito na capital. Com isto teremos pelo
menos três postulantes saindo do certame de outubro. Fazendo as contas daqueles
que querem compor com os nomes de ponteira e aí eu cito também o deputado
Marcelo Cruz (PRTB), podem sobrar apenas sete postulantes, reduzindo pela
metade o número de candidatos cogitados ao final do ano passado. O
fracionamento do eleitorado, mais candidaturas fortes de Leo Moraes, Euma
Tourinho e o representante da Frente Democrática devem garantir um segundo turno.
Nas capitais
Nas
capitais brasileiras a eleição mais acompanhada é a de São Paulo. Lá, a
esquerda com Boulos (PSOL) e a direita com o atual prefeito Ricardo Nunes, vão
ponteando a corrida eleitoral. Sampa já tem uma terceira via de centro, o apresentador
José Luiz Datena (PSDB), além da deputada federal Tabata (PSB). Na região
Norte, o bolsonarismo está em desvantagem em Rio Branco, onde o ex-petista,
candidato do MDB, Marcus Guimarães vai levando vantagem em cima do representante
bolsonarista, o atual prefeito Tião Bocalon (PL). Já, em Manaus polarizam a disputa
os bolsonaristas Davi Almeida (Avante), atual prefeito e o deputado federal
Amom Mandel (Cidadania).
Seca se agrava
A
seca se agrava no vizinho estado do Acre, ainda longe do auge do verão
sinalizando que a estiagem está chegando para valer na região amazônica, como
previam os cientistas que tratam das mudanças climáticas. Rondônia e o Sul do Amazonas
entram no mesmo pacote com ameaça até de abastecimento de água em alguns
municípios que já foram seriamente atingidos no estado no ano passado. O que
causa estranheza é que o Acre no início do ano vivenciou uma enchente histórica,
sofrendo grandes danos econômicos. Em poucos meses a desgraceira aparece agora
com uma seca dos infernos.
Via Direta
*** Agora, conforme anuncia o Dnitt a
dragagem do Rio Madeira é para valer. Só não garante os reparos imediatos do
terminal fluvial do Porto Cai N’Agua paralisado a quase um ano *** Os pré-candidatos à
prefeitura Porto Velho estão incluindo nas suas respectivas plataformas de governança
a implantação de um centro de convenções para a capital rondoniense que se
ressente deste beneficio *** Também a
pedido dos comerciantes e lojistas da Avenida. Sete de Setembro uma completa revitalização
do centro histórico, cada vez mais decadente *** Do prometido estádio “Rochão” ninguém mais falou
nada. Será que sai, ou não sai?
Ou
vai, ou racha!
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