Quinta-feira, 7 de dezembro de 2023 - 08h00
É
certo que muitos negacionistas do clima, além de contrariar cientistas, também
se deliciam consumindo chocolates e derivados. Provavelmente vão revisar seus
conceitos se uma nova previsão dos cientistas se confirmar: o chocolate tende a
ficar raro – e caro – por conta do aquecimento global.
A ameaça
vem do Centro Internacional de Agricultura Tropical, em estudo sinalizando que
a produção de cacau diminuirá drasticamente até 2030 devido às temperaturas alteradas
nas regiões produtoras. Menor oferta e maior demanda significam alta de preços
segundo as leis do mercado. A previsão chega justamente quando a produção
amazônica de cacau se apresenta como promissora opção na trilha da bioeconomia.
Jorge Amado popularizou a ideia de que o cacau
é um ícone da Bahia, conceito que não vale mais para o século XXI. A produção
amazônica de cacau cresce ano a ano e já é a maior do país sobretudo por conta
do Pará, que já foi associado à sua famosa castanha, mas agora também exibe
força no setor cacaueiro.
O
pulo do gato está na dupla vantagem que o cacau, a exemplo da castanha,
apresenta: manter a flora e a ótima chance de proporcionar aos povos da
floresta, sobretudo na várzea, crescentes rendas para as famílias dos
ribeirinhos. A patada da onça, entretanto, está na queda da produção por conta
dos crimes ambientais, piora no clima e mau uso das riquezas da floresta.
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Tomando conta
As
facções criminosas que estão desembarcando em Rondônia nos últimos anos e
tomando conta do pedaço também no Amazonas, Acre e Roraima, estão desenvolvendo
um combo cocaína-ouro, explorando as duas atividades conjuntamente. Com as
divisas rondonienses desprotegidas, numa extensão de quase 1.300 quilômetros, está
passando boi, passando boiada. Urge equipar melhor a Polícia Federal para
combater facções bem armadas, com lanchas, caminhões e até pequenas aeronaves
que volta e meia são identificadas voando baixo no Vale do Guaporé. Nunca o
tráfico de drogas, o contrabando de ouro e de armas e a grilagem de terras
estiveram tão prosperas na Amazônia. E seus tentáculos já alcançaram a
política.
Obras marcantes
Evitando
falar sobre os próximos passos para a inauguração da estação Estrada de Ferro Madeira Mamoré, o prefeito de
Porto Velho Hildon Chaves tem a expectativa de encerrar seu governo do no ano que
vem com 95 por cento das ruas de Porto Velho asfaltadas – ele já está próximo dcsta
meta em algumas regiões da capital – inaugurando o novo terminal rodoviário que
ele pretende antecipar para o mês de julho e dar o pontapé inicial na construção
do Hospital Municipal, outra parceria sua com a ex-deputada federal Mariana
Carvalho, campeã de emendas com recursos para obras municipais nos últimos
anos.
Crise imigratória
O
Ministério Público Federal-MFF está cobrando ações do governo Lula em apoio aos
municípios na fronteira do Acre alvo de uma crise imigratória dos países
vizinhos. O órgão pleiteia um plano de contingencia conjunta, entre a União o
estado do Acre e os municípios da região da tríplice fronteira em condições de
proporcionar um acolhimento humanitário para os imigrantes que chegam da Bolívia
e do Peru, principalmente de famílias venezuelanas que traçam uma rota de imigração
ao sul do Brasil a partir de Rio Branco na busca de empregos na construção
civil, cooperativas e frigoríficos no Paraná e Santa Catarina.
A licitação
A
licitação para a contratação de uma nova empresa de coleta de lixo e de resíduos
sólidos em Porto Velho ainda está engasgada no Tribunal de Contas do Estado
–TCE. De um logo a Marquise (com sede em Fortaleza licitada pelo falecido prefeito
Chiquiito Erse) segue prestando seus serviços há quase vinte anos – de outro o
prefeito Hildon Chaves interessado em abrir concorrência para uma nova empresa.
Como existem suspeições reclamadas no direcionamento da licitação, o TCE está
tomando todo cuidado, todas as precauções para que haja lisura no certame.
Pulso firme
Rondônia
precisa de alguém com mais pulso firme para liderar uma frente ampla para resgatar
sua malha aérea tão prejudicada pelas últimas decisões das empresas. Vereadores,
deputados estaduais e federais, senadores e prefeitos não estão dando conta do recado
e as empresas seguem deitando, rolando e enrolando. Será preciso importar
alguma liderança de outro estado para desembarcar (havendo algum voo
disponível, é claro...) no aeroporto local para liderar os protestos? É um
final e ano de caos. As companhias vendem mais assentos do que estão disponíveis
e a coisa virou um samba do crioulo doido.
Via Direta
*** Encolhido em Rondônia, o PT
rondoniense se reuniu em Ji-Paraná no final de semana para traçar as diretrizes
do partido para as eleições municipais *** Sem consenso com relação a possíveis alianças
para 2024, o partido chutou para março as reuniões para definir seus rumos, mas
tudo longe do campo bolsonarista *** Trocando
de saco para mala: como um polvo gigante com seus enormes tentáculos o senador Confúcio
Moura vem atraindo lideranças para o MDB rondoniense. Já está bem claro que ele
deseja voltar a reinar no Centro Político Administrativo em 2026 *** O ano está
terminando e os impasses para a inauguração da reforma da estação da Estrada de
Ferro Madeira Mamoré não se resolvem.
Importantes causas rondonienses não foram para frente nos últimos anos
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