Segunda-feira, 10 de agosto de 2020 - 10h07
O
Poder Executivo é muito forte no Brasil, mas depende de um ministério
concatenado, de cumprir rigorosamente as leis para não judicializar suas ações
e só consegue governar com o apoio da maioria do Congresso. Um governo
desconexo, com bate-cabeça entre ministros e sem apoio no Congresso esbarra na
vigilância do Ministério Público e nas sentenças do Judiciário.
O
governo Bolsonaro não tem um plano, como o de Metas, Cruzado ou Real, e seu ministério
se divide em alas conflitantes. É ainda uma esperança de combate à corrupção,
mas só teve sucesso em áreas estritamente técnicas e a pauta reformista só avançou
nos itens em que Congresso comprou a ideia.
No
meio ambiente, o desastre governamental só não é pior que nas Relações
Exteriores. Por isso os empresários nacionais, estrangeiros e investidores em
geral passam a dirigir apelos crescentes à Câmara Federal e ao Senado. Já antes
da pandemia havia sinais de um “parlamentarismo branco” em gestação no país. Se
o governo não se corrigir e houver uma crise, o Brasil nadará de braçadas para
o parlamentarismo.
Praticada
no Império, essa forma de governo jamais passou em plebiscitos, mas agora já se
apresenta quase em estado sólido. Ainda há tempo para o governo resolver os
problemas do meio ambiente e da imagem no exterior, mas precisa andar rápido
para tirar a Amazônia do atual foco negativo.
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Bomba relógio
A
prisão do ex-diretor financeiro da Assembleia Legislativa de Rondônia, Moisés
de Oliveira em Brasília, torna o mano do ex-presidente daquela Casa de Leis
Carlão de Oliveira, uma verdadeira bomba-relógio. Ele sabe decorado e salteado
os nomes dos ex-deputados, empresários, políticos e comunicadores que roubavam
ou recebiam propinas da Casa de Leis. Seu sumiço durou nove anos, o que era um
conforto para os rapinadores. Na época muita gente envolvida, mas Carlão de Oliveira não delatou ninguém e
suportou tudo no osso do peito.
Em pé de guerra
Os
evangélicos entraram em pé de guerra na disputa pela prefeitura de Porto Velho
na eleição de 15 de novembro. De um lado, a Igreja Universal lançando o
ex-deputado federal Lindomar Garçom (Republicanos), de outro lado a poderosa
Assembleia de Deus, com seus dois grandes segmentos – As missões e Madureira -
projetando a postulação do ex-deputado estadual, radialista e apresentador de
TV Edvaldo Soares (PSC) cuja trajetória política maior ocorreu em Ji-Paraná.
Acordão fechado
As
duas lideranças da Assembleia de Deus, pastores Joel Houder e Valadares fecharam
acordo em torno da candidatura de Edvaldo Soares. A vereadora Joelna Houder,
que deixou o MDB, ingressando no PCS seria o nome mais competitivo para a
peleia, mas ela optou por dar sequência a sua carreira política como vereadora
e disputar uma cadeira Assembleia Legislativa em 2022. Os evangélicos buscam
aumentar a representatividade na eleição deste ano.
Conta da oposição
Qual
é a conta da oposição se o atual prefeito Hildon Chaves disputar a reeleição? É
que quem for ao segundo turno com ele – porque com tantos candidatos
fragmentando o eleitorado teremos uma eleição em duas etapas -, seja Leo
Moraes, Ruy Mota, Ramon Cajui, Ciça do Manoelão, Mauro Nazif, Vinicius Miguel
ou qualquer outro nome, leva a melhor. A oposição considera que o tucano não
tem teto acima de 25 por cento dos votos e rejeição alta, o que seriam indicativos
de fracasso em segundo turno..
Baita abstenção
Com
a pandemia ainda assustando a população e a existência de uma baita rejeição a
classe política brasileira a eleição de 15 de novembro está se transformando numa
grande incógnita. Já pode ser projetada uma enorme abstenção nas urnas, uma
tendência que só vem aumentando nos últimos anos e que pode se agravar com a
peste. Com tudo isto acontecendo os diretórios municipais devem refazer suas
contas até sobre o coeficiente eleitoral para a eleição dos vereadores nesta
temporada.
Via Direta
*** Nada mais me surpreende na corrida
eleitoral em Porto Velho, com a maior abundância de concorrentes de todos os
tempo ***
Indicativo de uma nova surpresa na eleição da capital. Já tem zebra trotando
nos campos de Porto Velho *** O município
de Jaru, na Bacia Leiteria cravou 42.758 eleitores no recenseamento do TSE e se
tornou o sexto maior colégio eleitoral do estado *** Rolim de Moura vem
logo em seguida com 39.338 eleitores ***
Curiosa mesmo é a disputa do número habitantes e eleitores travadas por dois
municípios no Vale do Jamari: Machadinho do Oeste com 22.666 eleitores e
Buritis com 22.608, a coisa é pau a pau, torcida brasileira *** Nem tudo
voltou ao normal em Rondônia com a abertura do comércio: os consumidores se mostram
retraídos, com escorpião no bolso..
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