Terça-feira, 29 de novembro de 2022 - 08h24
É
ilusão acreditar que o candidato da campanha eleitoral será o mesmo gestor em
palácio. As maldades de início de governo já começaram nos Estados que
reelegeram governadores. Apoiados pelo agro, alguns ensaiam pacotes que
penalizam seus apoiadores. É a previsível aplicação do ensinamento de Maquiavel
ao Príncipe: fazer o bem aos poucos e o mal de uma tacada só. Uma grande
ferroada no início do mandato para inflar o caixa debilitado nem cicatriz deixará
no prazo de quatro anos.
Para
justificar as imposições dos governantes que causam prejuízo geral, os fiéis
seguidores põem a culpa em terceiros – ETs, demônios, adversários – mas isso
não muda a realidade. Pacotes draconianos são parte do ritual de nova gestão. Além
dos fiéis convertidos, há outra espécie de crente em promessas: é quem pode
levar vantagem apoiando o governante eleito.
Caso
típico é o do emissário especial do presidente Joe Biden para o clima, John
Kerry. Ele declarou estar confiante em que o presidente Lula da Silva dará uma
“guinada completa” na política ambiental para destravar o fluxo de dinheiro contra
o desmatamento. Por trás desse entusiasmado otimismo, claro, há o objetivo de
desviar o Brasil do apoio à Rússia dado pelo presidente Jair Bolsonaro. Vai
depender da entrega ou cautela da diplomacia lulista nos BRICS. O tempo dirá se
as maldades serão só arranhões na pele ou quebrarão ossos.
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Aliança Frankstênica
Confirmando-se
oficialmente o apoio do PT a candidatura a reeleição ao deputado federal Arthur
Lira (PP-AL) a presidência da Câmara Federal, estará sacramentada mais uma
baita aliança frankstênica no Congresso Nacional, palco de acirrados debates entre
a esquerda e a direita durante décadas. Ninguém esperava uma aliança Petista-Bolsonarista
depois de tanta briga na eleição presidencial, mas ela vai se formando
rapidamente com vários partidos da base do presidente Bolsonaro virando a
casaca. Lira está nadando de braçadas para a reeleição.
Os Vereadores
A
cada eleição a Assembleia Legislativa de Rondônia emergiam da Câmara de Vereadores
de Porto Velho pelo menos dois deputados estaduais. Em algumas legislaturas até
três ou quatro pularam de Legislativo municipal para o estadual. No pleito 2022
nadica de nada, embora com alguns vereadores destacados. O edil da capital mais
perto da eleição a deputado estadual foi o historiador Alex Palitot (PTB) na
segunda tentativa de alçar cadeira a Casa de Leis. Bem votado, fica numa
suplência. Também o vereador Foçava, bem votado não conquistou cadeira a ALERO.
Em Candeias
Depois de derrotas sucessivas
a Prefeitura de Porto Velho e a Câmara dos Deputados, o ex-deputado federal
Lindomar Garçom (Progressistas) volta suas atenções para Candeias do Jamari
para onde mudou seu título de eleitor –que tinha sido transferido anteriormente
para Porto Velho durante algum tempo - para disputar a prefeitura local. Garçom
tem sido um grande campeão de votos em Candeias, seja nas disputas a prefeito,
numa eleição chegou a 65 por cento dos votos, ou deputado federal onde
conquistou cadeira na década passada. Por conseguinte, já pinta um favorito na
parada na cidade satélite.
Em Machadinho
Sendo
confirmado que o ex-deputado estadual Ezequiel Junior está tirando do poleiro o
deputado Jesuíno Borabaid, que tinha assumido a titularidade no lugar de Geraldo
da Rondônia, mesmo com um mandato fugaz, o representante do Vale do Jamari se
valoriza na disputa pela prefeitura de Machadinho do Oeste. Borabaid que tinha
assumido o cargo recentemente só teve o gostinho do mandato e nem conseguiu a
reeleição no pleito de outubro, por conseguinte, o defensor dos garimpeiros que
poluem o madeirão vai ter que se se resignar e buscar novas chances nas
próximas pelejas eleitorais.
A fartura acabou
Rolim
de Moura, uma das cidades mais bonitas de Rondônia, na Zona da Mata
Rondoniense, sexto colégio eleitoral do estado, vivenciava uma fartura de
deputados federais, senadores e governadores eleitos na década passada. Atualmente
a representatividade ficou mixuruca, se reduzindo a deputados estaduais. Só
para o Senado no pleito 2022 foram lançados Expedito Junior –considerado favorito
na temporada – e Jaqueline Cassol. Ao governo estadual Ivo Cassol nem conseguiu
registrar a candidatura em virtude de problemas com a justiça. Pior foi a
região ficar sem deputado federal depois de muito tempo.
Via Direta
*** Veja o desempenho dos clãs políticos em Rondônia
nas eleições 2022: O clã Carvalho (Porto Velho) não elegeu a deputada federal Mariana ao Senado; o clã
Amorim, de Ariquemes, não elegeu Elma a deputada estadual; o clã dos Muletas de
Jaru não reelegeu Casssia a estadual, o clã Cassol não elegeu Jaqueline ao Senado
e afilhados a ALE e Câmara dos Deputados na Zona da Mata e região do Café *** Em Vilhena o clã
Donadon não elegeu Rosani a deputada federal e perdeu também a disputa
suplementar pela Prefeitura de Vilhena. Todo mundo vai tentar se reabilitar nas
eleições municipais de 2024 *** Ainda
tem o clã Fúria (Cacoal) que não elegeu Joliane a deputada federal na região do
Café.
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