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Carlos Sperança

Aliança Frankstênica no Congresso Nacional


Aliança Frankstênica no Congresso Nacional - Gente de Opinião

Maldades habituais

É ilusão acreditar que o candidato da campanha eleitoral será o mesmo gestor em palácio. As maldades de início de governo já começaram nos Estados que reelegeram governadores. Apoiados pelo agro, alguns ensaiam pacotes que penalizam seus apoiadores. É a previsível aplicação do ensinamento de Maquiavel ao Príncipe: fazer o bem aos poucos e o mal de uma tacada só. Uma grande ferroada no início do mandato para inflar o caixa debilitado nem cicatriz deixará no prazo de quatro anos.

Para justificar as imposições dos governantes que causam prejuízo geral, os fiéis seguidores põem a culpa em terceiros – ETs, demônios, adversários – mas isso não muda a realidade. Pacotes draconianos são parte do ritual de nova gestão. Além dos fiéis convertidos, há outra espécie de crente em promessas: é quem pode levar vantagem apoiando o governante eleito.

Caso típico é o do emissário especial do presidente Joe Biden para o clima, John Kerry. Ele declarou estar confiante em que o presidente Lula da Silva dará uma “guinada completa” na política ambiental para destravar o fluxo de dinheiro contra o desmatamento. Por trás desse entusiasmado otimismo, claro, há o objetivo de desviar o Brasil do apoio à Rússia dado pelo presidente Jair Bolsonaro. Vai depender da entrega ou cautela da diplomacia lulista nos BRICS. O tempo dirá se as maldades serão só arranhões na pele ou quebrarão ossos.

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Aliança Frankstênica

 Confirmando-se oficialmente o apoio do PT a candidatura a reeleição ao deputado federal Arthur Lira (PP-AL) a presidência da Câmara Federal, estará sacramentada mais uma baita aliança frankstênica no Congresso Nacional, palco de acirrados debates entre a esquerda e a direita durante décadas. Ninguém esperava uma aliança Petista-Bolsonarista depois de tanta briga na eleição presidencial, mas ela vai se formando rapidamente com vários partidos da base do presidente Bolsonaro virando a casaca. Lira está nadando de braçadas para a reeleição.

Os Vereadores

A cada eleição a Assembleia Legislativa de Rondônia emergiam da Câmara de Vereadores de Porto Velho pelo menos dois deputados estaduais. Em algumas legislaturas até três ou quatro pularam de Legislativo municipal para o estadual. No pleito 2022 nadica de nada, embora com alguns vereadores destacados. O edil da capital mais perto da eleição a deputado estadual foi o historiador Alex Palitot (PTB) na segunda tentativa de alçar cadeira a Casa de Leis. Bem votado, fica numa suplência. Também o vereador Foçava, bem votado não conquistou cadeira a ALERO.

Em Candeias

 Depois de derrotas sucessivas a Prefeitura de Porto Velho e a Câmara dos Deputados, o ex-deputado federal Lindomar Garçom (Progressistas) volta suas atenções para Candeias do Jamari para onde mudou seu título de eleitor –que tinha sido transferido anteriormente para Porto Velho durante algum tempo - para disputar a prefeitura local. Garçom tem sido um grande campeão de votos em Candeias, seja nas disputas a prefeito, numa eleição chegou a 65 por cento dos votos, ou deputado federal onde conquistou cadeira na década passada. Por conseguinte, já pinta um favorito na parada na cidade satélite.

Em Machadinho

Sendo confirmado que o ex-deputado estadual Ezequiel Junior está tirando do poleiro o deputado Jesuíno Borabaid, que tinha assumido a titularidade no lugar de Geraldo da Rondônia, mesmo com um mandato fugaz, o representante do Vale do Jamari se valoriza na disputa pela prefeitura de Machadinho do Oeste. Borabaid que tinha assumido o cargo recentemente só teve o gostinho do mandato e nem conseguiu a reeleição no pleito de outubro, por conseguinte, o defensor dos garimpeiros que poluem o madeirão vai ter que se se resignar e buscar novas chances nas próximas pelejas eleitorais.

A fartura acabou

Rolim de Moura, uma das cidades mais bonitas de Rondônia, na Zona da Mata Rondoniense, sexto colégio eleitoral do estado, vivenciava uma fartura de deputados federais, senadores e governadores eleitos na década passada. Atualmente a representatividade ficou mixuruca, se reduzindo a deputados estaduais. Só para o Senado no pleito 2022 foram lançados Expedito Junior –considerado favorito na temporada – e Jaqueline Cassol. Ao governo estadual Ivo Cassol nem conseguiu registrar a candidatura em virtude de problemas com a justiça. Pior foi a região ficar sem deputado federal depois de muito tempo.

Via Direta

 *** Veja o desempenho dos clãs políticos em Rondônia nas eleições 2022: O clã Carvalho (Porto Velho) não elegeu  a deputada federal Mariana ao Senado; o clã Amorim, de Ariquemes, não elegeu Elma a deputada estadual; o clã dos Muletas de Jaru não reelegeu Casssia a estadual, o clã Cassol não elegeu Jaqueline ao Senado e afilhados a ALE e Câmara dos Deputados na Zona da Mata e região do Café *** Em Vilhena o clã Donadon não elegeu Rosani a deputada federal e perdeu também a disputa suplementar pela Prefeitura de Vilhena. Todo mundo vai tentar se reabilitar nas eleições municipais de 2024 *** Ainda tem o clã Fúria (Cacoal) que não elegeu Joliane a deputada federal na região do Café.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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