Sexta-feira, 1 de abril de 2022 - 08h11
Nas
campanhas eleitorais, uma regra não escrita nos estatutos partidários é que
seus departamentos jurídicos servem para orientar o cumprimento das normas
legais e também para apoiar o departamento de jeitinhos e desculpas
esfarrapados. Truques para burlar as leis eleitorais já vêm desde os tempos das
bolas de cera, sistema que regulou as primeiras eleições.
Hoje
existe a guerrilha digital, com gabinetes de amor e ódio, robôs e bolhas
espalhando nas redes sociais elogios aos seus ídolos e calúnias contra adversários,
exibidos como seres demoníacos. Mas se louvar chefes é um direito dos
bajuladores, ofender pessoas é crime. No caso da Amazônia, louvá-la é até ato
de defesa da humanidade, pela importância da região para o futuro do clima e a
continuidade da vida na Terra, mas ofendê-la em sua integridade é um crime
gravíssimo, de lesa-humanidade.
Se fosse
candidata e tivesse departamento jurídico, o que a Amazônia diria de truques, jeitinhos,
calúnias, crimes ambientais e perseguições para prosseguir a destruição?
Silenciosa e fora das urnas, ela sofre. Talvez o conceito de “justiça
ambiental” se imponha por haver a injustiça ambiental evidente, como demonstrou
Carlos Bocuhy, presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental. Aliás,
a Escola da Magistratura do Estado de Rondônia (Emeron) tem se empenhado em
valorizar o papel da Justiça na defesa da natureza e dos povos da região.
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Balanço geral
Feito
um balanço geral do troca-troca nos partidos e os processos de
desincompatibilização daqueles que pretendem disputar cargos eletivos nas
eleições 2022, já é possível afirmar que o governador Marcos Rocha (União
Brasil) é o franco favorito para o pleito deste ano. Ele é beneficiado pelas
ausências e desistências dos ex-governadores Ivo Cassol (PP) e Confúcio Moura
(MDB) e do prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) de quem recebeu apoio.
Não bastasse, aliados bolsonaristas manobram para tirar de cena da disputa o
senador Marcos Rogério (PL).
Novo cenário
Sempre
lembrando que favoritismo não garante vitória para ninguém em Rondônia, já que existe
uma verdadeira maldição em cima dos favoritos e a maioria deles tem tombado nas
urnas. Mas as coisas vão conspirando a favor de Marcos Rocha, já que a chapa
formada pela Frente de Esquerda, com Vinicius Miguel ao governo (PSB) racha o
eleitorado do possível candidato polarizador com MRocha que é o deputado
federal Leo Moraes (Podemos) na capital. O que pode melhorar as coisas para Leo
é o apoio do senador Marcos Rogério trazendo para ele uma poderosa corrente do
eleitorado evangélico e um bom respaldo em todo o interior do estado.
Bolsonarismo rachado
Mas
nem tudo são flores na campanha à reeleição de Marcos Rocha. Sob seu guarda-chuva
tem correntes políticas antagônicas com rivalidades tribais acentuadas, tem o
bolsonarismo rachado em Rondônia e nomes expressivos trabalhando contra seu projeto
de reeleição, como o senador Marcos Rogério, o deputado federal Chisóstomo e um
dos favoritos ao Senado, Jayme Bagattoli. Não bastasse, dos trinta prefeitos
alinhados com o governador Marcos Rocha, pelo menos uns 10 são impopulares e
precisam ser escondidos dos palanques para que não contaminem a campanha.
A nova chapa
Tudo
pode mudar de uma hora para a outra, mas a chapa da Frente Popular, em apoio a
candidatura do presidente Luís Inácio Lula da Silva em Rondônia, deverá ser
escalada com Vinicius Miguel (PSB-Porto Velho) ao governo, Anselmo de Jesus
(PT-Ji-Paraná) a vice-governador e Daniel Pereira (Solidariedade) ao Senado. É
uma boa escalação, mas ao meu ver o ex-governador Daniel Pereira seria a melhor
alternativa da coalizão na peleja ao CPA, mantendo Anselmo de vice e Vinícius
Miguel ao Senado. É que em confronto com Leo Moraes na capital Litthe Miguel leva
grande desvantagem.
Acorda interior!
Acorda interior de
Rondônia! Com três candidatos ao governo rachando a capital – Marcos Rocha, Leo
Moraes e Vinicius Miguel as chances de
eleger um governador do interior aumentam muito na peleja 2022. Portanto, olho vivo, Confúcio (Ariquemes),
Jesualdo Pires (Ji-Paraná) e Jayme Bagatolli (Vilhena). E as coisas estão caminhando
neste momento para Ji-Paraná ficar sem candidato ao governo, com Anselmo
apoiando Vinicius Miguel e Marcos Rogério Leo Moraes. Entonces, uma frente
caipira unindo Ariquemes, Ji-Paraná e Vilhena pode se tornar nesta altura do
campeonato bem competitiva, explorando o bairrismo dos migrantes interioranos.
Via Direta
*** Com tudo virando de cabeça para
baixo e o punhal da traição rolando solto em todos os níveis acabou o prazo do
troca- troca de parlamentares estaduais e federais sem a punição da perda dos
mandatos ***
Mesmo assim temos muitas candidaturas ainda
incertas e muita coisa só será definida nas convenções do meio do ano
com a ratificação das chapas majoritárias e proporcionais *** No final das contas, o ex-deputado federal Lindomar Garçon
(Candeias do Jamari) permaneceu no Republicanos, o partido da Igreja Universal ***
Embora negasse já se sabia há muito tempo que o secretário da saúde de Rondônia
Fernando Máximo entraria na peleja da Câmara dos Deputados. É cotado para ser
um dos mais votados na temporada *** Os
deputados estaduais de Porto Velho estão fritos. Não bastassem os predadores das
Câmaras de Vereadores, tem na pista a primeira dama Yeda Chaves (União Brasil)
com forte estrutura.
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