Quarta-feira, 16 de novembro de 2022 - 08h10
A
eleição nos EUA apresentou aspectos semelhantes ao pleito de outubro no Brasil
com o equilíbrio entre azuis (democratas) e vermelhos (republicanos). Até nas cores
houve semelhança: o ex-presidente Donald Trump achava que haveria uma “onda
vermelha” para abrir caminho à sua volta ao poder em 2024 e o ex-presidente
Lula confiava que sua própria onda levaria ao fortalecimento do PT, mas não
houve onda vermelha nem lá, nem aqui. Nesse quase empate, venceu a onda
climática.
Nos
processos eleitorais pelo mundo vê-se que os eleitores dispostos a ir às urnas
para votar estão divididos e um número crescente prefere usar o feriado para
pescar porque não confia em eleições como instrumentos de mudança nos rumos de
um país. A alta abstenção decorre de um fato que nem a propaganda mais
competente consegue mascarar: a alternância no poder entre alas do mesmo
sistema não tem resolvido os problemas socioambientais, que só pioram.
Enquanto
aos pobres só resta tentar sobreviver, há o interesse das famílias ricas por viver
em Marte, já convencidas da impossibilidade de salvar a Terra. Mas se todos não
se empenharem em dar fim à escalada da guerra e garantir o clima adequado à
vida é possível que o apocalipse venha antes que as melhores naves sejam
fabricadas e luxuosos espaçoportos tenham passagens disponíveis na classe
econômica.
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O mais votado
Deputado
federal mais votado em Rondônia, com cerca de 85 mil votos, o ex-secretário da Saúde
de Rondônia Fernando Máximo (União Brasil-Porto Velho) já percorre os
municípios agradecendo o eleitorado e se colocando à disposição dos prefeitos
para dar seu apoio as municipalidades com emendas ao orçamento 2023. Bem
articulado, Máximo deve projetar voos maiores nos próximos anos, como a
prefeitura de Porto Velho ou até mesmo o Senado daqui a quatro anos. O combate
ao covid no estado foi sua marca e ele próprio padeceu com a doença,
sensibilizando a população.
A reconstrução
Prometida
pelos presidentes anteriores – Dilma Rousseff (PT) em dois governos, o golpista
Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) – a reconstrução da BR 319 se arrasta
há décadas e segue como uma grande preocupação das lideranças de Rondônia, Amazonas
e Acre, quanto a sua conclusão no governo de Luís Inácio Lula da Silva que
assume em janeiro. Os bolsonaristas da região temem que a ex-ministra Marina
Silva, temida pela extrema direita por ser defensora dos rios, das florestas e
dos biomas assuma o Ministério do Meio Ambiente e paralise as obras de vez nos
trechos em andamento.
As dificuldades
Na
verdade, novas dificuldades surgiram para a reconstrução da estrada que liga
Porto Velho a Manais, cujo trecho do meio tem sido o grande entrave. Como se
recorda, há pouco tempo duas pontes desabaram na rodovia e precisam ser reconstruídas.
Sabe-se que existe um cronograma de obras em andamento que poderá ser retardado
mais uma vez com o período de chuvas que se aproxima e que deixa tudo um
lamaçal só, paralisando o trafego de caminhões e ônibus de passageiros. É mais
um ano perdido e mais ainda agora com os ambientalistas criando asas.
Ano sofrido
Foi um ano sofrido, este 2022, para as
lideranças mais antigas em Rondônia. O ex-governador Ivo Cassol (PP), o ex-senador
Amir Lando (MDB) e o ex-prefeito de Porto Velho José Guedes (PSDB) sequer conseguiram
garantir suas candidaturas ao governo estadual e ao Senado. O ex-senador Expedito
Junior, favorito ao Senado, apostou em parcerias equivocadas e acabou
sucumbindo. O ex-deputado federal Mauro Nazif (PSB) não se reelegeu caindo
frente a novas lideranças. O ex-deputado estadual Hermínio Coelho (PT) foi outra
liderança tradicional sem conseguir voltar ao pódio. Ano ruim para os macacos
velhos da política.
As expectativas
Os
Estados de Rondônia e Acre têm expectativas com relação a participação de suas
lideranças no governo Lula. São os casos do ex-governador Jorge Viana (PT-AC) e
da ex-senadora Fatima Cleide (PT-RO). Ambos disputaram cargos eletivos nos estados
bolsonaristas, no sacrifício, e deverão ser valorizados. Viana perdeu a eleição
para o governador Gledson Cameli, Fatima disputou uma cadeira a Câmara dos
Deputados, foi bem votada, mas faltaram os votos de legenda para galgar o
pódio. Na falta de cargos em Brasília, também restarão cargos regionais para
Jorge Viana e Fátima Cleide.
Via Direta
*** O vice-presidente eleito, Geraldo
Alckmin que comanda a Comissão de Transição para o governo Lula começa a
colocar o dedo da ferida na gestão Bolsonaro no meio ambiente com levantamentos
sobre aumento das queimadas no bioma amazônico *** É um tema que causa
revolta no meio do agronegócio como nos segmentos pecuaristas, madeireiros,
garimpeiros e produtores de grãos, como a soja e milho, grandes devastadores na
Amazonia *** Os congressistas se voltam
para a eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados que pode continuar sendo
Arthur Lira (PP-AL) e o Senado onde Rodrigo Pacheco (PSD-MG) *** Pelo menos
existem articulações neste sentido e a possibilidade do presidente eleito Lula
não meter o bedelho na questão sucessória dos parlamentares.
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