Terça-feira, 25 de maio de 2021 - 08h08
“Desenvolvimento
sustentável”, expressão que surge em 1987 no Relatório Brundtland, da ONU,
chega ao público mais pelo marketing verde e discursos políticos que na prática
direta. O DS é um conceito digno, patriótico e inteligente, mas não pode ser
cultivado somente como um “4.0” ou futuro ideal.
Os
cínicos diriam que DS não é caridade, mas esperteza de quem quer ganhar mais
dinheiro e por mais tempo, um prêmio para o emprego de alta tecnologia. No
entanto, cabe aos governos e às empresas valorizar as ações já voltadas ao DS,
desde a mais humilde coleta até a produção mais técnica. O que não se pode
aceitar é que as ações que têm o DS como prática diária e permanente fiquem
sofrendo os horrores da insegurança.
Um
exemplo categórico de DS que precisa ser valorizado vem do fotógrafo Bruno
Kelly, que no livro “Arapaima”, lançado há pouco, destaca o manejo comunitário
do pirarucu. Além de reconhecer o valor das iniciativas de DS em curso, é
também preciso apoiar os setores em dificuldades para chegar ao melhor estágio
técnico e produtivo, como se observa na pecuária leiteira.
Nesse
sentido, a criação Aproleite/RO abre caminho a definições mais qualificadas
quanto a negociações e participação no preparo de políticas públicas adequadas
ao respeito que a cadeia leiteira do sétimo maior produtor do país e o primeiro
da Região Norte bem merece.
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A desconfiança
O
anunciado programa Titula Brasil, lançado recentemente em Rondônia com pompa e
circunstância, já nasce com a desconfiança do meio agrário. Ocorre que programas
anteriores, com denominações diferentes, não foram adiante deixando centenas de
proprietários na mão. A grande verdade é que através dos anos os organismos
criados para fomentar a regularização fundiária ficaram pela metade e por isto
só em Rondônia milhares de produtores ainda estão à espera da titulação enfrentando
grileiros em sucessivos conflitos pela terra.
A aproximação
A
aproximação entre os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luís Inácio
Lula da Silva (PT) deixou o atual governador João Dória (SP), o presidenciável
tucano de barbas de molho. Dória se incompatibilizou com boa parte das bases
tucanas e sua candidatura já está ameaçada por dois concorrentes que devem participar
das prévias da legenda para, enfim, definir o candidato do partido. Mas já fica
acertado desde já que que se os tucanos não chegarem ao segundo turno estarão
no palanque de Lula. Quem diria, num passado recente isto seria considerado
impossível.
Novos cálculos
Com
esta nova enchente histórica atingindo o estado do Amazonas a BR 319, que liga
Porto Velho a Manaus já está ameaçada de interrupção com o elevado nível das
águas dos rios amazonenses e dependendo da situação, vai obrigar o Dnitt refazer
seus cálculos com o alteamento da estrada em alguns pontos onde a situação se
agravou. Faz lembrar o caso da ponte do Abunã, na BR 364, cujos trechos
próximos foram levantados para atender as novas exigências depois da enchente de
2014 no Rio Madeira que interrompeu o trafego do Acre com o sul do País.
Novos entraves
Não
bastasse tantos entraves que já estão retardando o início das obras da Usina
Hidrelétrica de Tabajara, no Rio Machado, no município de Machadinho do Oeste,
o MPF entrou recentemente com ação pública para que a Funai refaça suas análises
de impactos ambientais na região que afeta tribos indígenas que se mobilizam
para defender seus interesses. A Usina de Tabajara está virando uma novela e
suas obras já estão atrasadas, pois sendo considerado o cronograma inicial os canteiros
já estariam prontos com o início da contratação dos operários. Agora sabe-se lá
quando...
Eleições 2022
Os
políticos aguardam com ansiedade a abertura da janela partidária 2022 para um
verdadeiro troca-troca de partidos. Alguns deputados estaduais já sinalizam
mudanças. Como é o caso de Lazinho da Fetagro (PT), que possivelmente deve
ingressar no PSB ou PC do B. Os parlamentares estaduais e federais procuram
novos partidos, fugindo de bichos-papões internos, para conseguirem a
reeleição. No MDB o bicho papão é Maurão de Carvalho e já existe um movimento
para que ele só dispute a Câmara Federal. Ninguém quer enfrentar infraestrutura
tão poderosa.
Via Direta
*** Autoridades municipais e deputados
federais tratam de acelerar uma cobertura para a Feira Livre do bairro
Liberdade em Porto Velho *** Só esqueceram que antes da cobertura que beneficia os
feirantes da região é necessário cuidar da gigantesca vala que circunda a feira
transbordando de fezes *** E com tanta
sujeira, a região hospeda muitos urubus da capital, se rivalizando com o Cai N’Água
*** Sucessivos prefeitos tem relegado o problema sanitário daquela feira e
Hildon Chaves, infelizmente não se mexeu
*** Trocando de saco para mala:
onde foram parar os projetos da Nova São Carlos e da Nova Calama cujas localidades seriam construídas para
substituir os distritos arrasados pela cheia histórica de 2014?
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