Terça-feira, 26 de janeiro de 2021 - 08h27
Por
equivocada orientação do ministro Ernesto Araújo, o governo brasileiro atacou a
China, confundindo o país com a empresa que produz o imunizante CoronaVac. Além
de a China ser o principal parceiro comercial do Brasil, é preciso considerar
que há diversas empresas de lá que produzem remédios e também insumos para eles,
inclusive para a vacina de Oxford.
Não
havia, portanto, razão alguma, de ordem política ou econômica, para criar
atritos com o governo ou empresas sediadas na China, país que não perdeu nada
com o equívoco do governo brasileiro. Quem perde é o Brasil, muito atrasado na
imunização e desesperado em busca de insumos, pois quem quiser viajar ao exterior
terá que comprovar a vacinação. Nada, porém, que não se possa resolver, pois as
empresas não têm amizades nem pátria, só interesses.
Esse
caso, porém, precisa servir de lição. O mesmo erro que o Brasil cometeu em
relação à China – julgamento baseado em conspirações malucas – vários países da
União Europeia cometem bloqueando o acordo entre o bloco e o Mercosul. Depois
de duas décadas de entendimentos, a incorreta suposição de que a soja brasileira
causa o desmatamento da Amazônia pode inviabilizar o acordo. É preciso aprender
que a verdade não vem de gritar mais alto nem de um lado só, mas do consenso.
Sem ele, o que se considera “verdade” não passa de polêmica.
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Espinha dorsal
O prefeito
Hildon Chaves (PSDB) manteve a espinha dorsal da sua primeira administração e
agora com um vice-prefeito harmônico em sua gestão, que é o ex-presidente da Câmara
de Vereadores Mauricio Carvalho que deverá assumir o prédio do relógio em
meados do ano que vem o rendimento deve melhorar ainda mais. O clã carvalho vai
ficar bem na voto, Mauricio na prefeitura e Mariana Carvalho provavelmente
disputando uma cadeira ao Senado em dobradinha com Hildon Chaves ao governo em
2022. Nesta chapa o vice poderá sair de Ji-Paraná.
O favoritismo
Perdendo
terreno, o deputado federal Baleia Rossi (SP), presidente nacional do MDB está
deixando a condição de favorito para a peleja do comando da mesa diretora da
Câmara dos Deputados. Com a articulação governista do presidente Jair Bolsonaro
atuando em defesa da candidatura do deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) e
usando a liberação de recursos das emendas parlamentares como moeda de troca, a
disputa está mais equilibrada e com sinais de uma virada até fevereiro.
Os predadores
Com
seus predadores já de garras afiadas e marcando território como onças, o governador
bolsonarista Marcos Rocha (Avante?) vai precisar mais ação para não ser
desalojado do Centro Político e Administrativo nas eleições de 2022. Apenas a
entrega de vacinas nos polos regionais é pouco como marketing. Marcos Rogério
(DEM) é um verdadeiro papa-léguas percorrendo o estado, Hildon Chaves é um bico
doce no trato do eleitorado, um verdadeiro ilusionista e Confúcio Moura é astuto
como uma raposa e certeiro como uma naja em seus botes contra os adversários.
As apostas
Mas
o governador Marcos Rocha tem suas armas para a reeleição e vai usar a mesma
fórmula que já elegeu governadores e prefeitos. O primeiro passo é manter o
pagamento do funcionalismo religiosamente dentro do mês trabalho como já fazia
Teixeirão na década de 80. O segundo ponto é um maciço programa de
regularização fundiária urbana e rural, um mote de campanha que tem rendido
muito e que reelegeu Roberto Sobrinho a prefeito e Confúcio Moura ao governo do
estado. Como se vê, não está morto quem peleia!
As mortandades
A
população de Porto Velho acompanha com pesar o aumento exponencial da pandemia
do coronavirus, mas não está prestando a atenção a uma outra mortandade. A dos
jovens morrendo em disputa pelos pontos de drogas em confrontos sangrentos
pelas ruas da capital rondoniense. Todo final de semana várias disputas a
balas, muitos jovens tombando nas refregas das facções que dominam os grandes
conjuntos habitacionais, como Orgulho do Madeira, Cristal da Calama, Morar
Melhor, etc.
Via Direta
*** O elevado índice de covid 19 em
Rondônia nos últimos dias indica que a nova cepa da pandemia, o vírus amazônico
já desembarcou e tomou conta de Rondônia *** E nem poderia ser diferente, já que
Rondônia ao contrário do Pará e Roraima não fechou suas fronteiras com o
Amazonas, onde o novo vírus surgiu e se
propagou *** Nossas autoridades sanitárias
vacilaram mais uma vez, como ocorreu na primeira onda onde as barcaças chegavam
lotadas de coronavirus pelo Rio Madeira procedente de Manaus *** Muita
gente se queixando ainda do preço elevado do IPTU em Porto Velho em tempos de
pandemia. Nem os descontos para pagamento a vista amenizam as queixas dos
pobres contribuintes.
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