Quarta-feira, 22 de setembro de 2021 - 09h24
Arrogância e medo
Três evidências se escondem atrás de cada linha crítica da carta enviada ao presidente Jair Bolsonaro por 50 deputados do Parlamento Europeu. A primeira é que a Europa ainda se julga no direito de dar ordens arrogantes à América do Sul, mesmo que as sugestões sejam justas, razoáveis e humanitárias. Nesse caso, peca pelo mau jeito. Arrogância gera rejeição.
A segunda é que o movimento ambiental e climático (dividido em centenas de grupos, alguns dos quais se intitulando “Partido Verde”) tornou-se uma força crescente no mundo e é a única a enfrentar com relativo sucesso a ascensão da extrema-direita, robustecida pela irracionalidade da terceira evidência: os medos.
Medo de perder a estabilidade social, medo dos estrangeiros refugiados e do imaginário ponto sem volta, a partir do qual será impossível evitar a destruição do planeta e da humanidade. Com diálogo e boa diplomacia, o mau costume colonial de impor o eurocentrismo acabará cedendo: o Brasil já foi português, apaixonou-se pela cultura francesa e foi capturado pela economia britânica antes de se aceitar como quintal dos EUA. A história tem seu curso e as coisas sempre mudam.
A influência política verde como contraponto aos extremismos cresceu pelo temor do apocalipse ambiental e climático. Se os governos tiverem a capacidade de alcançar consensos para entregar um bom clima à humanidade, os medos serão vencidos.
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Grande expectativa
Existe enorme ansiedade na região do centro histórico de Porto Velho quanto a uma definição da inauguração das reformas no complexo da Estrada Madeira Mamoré. De uma parte, as obras representam a valorização histórica do estado, de outra a revitalização do centro antigo da cidade que atravessa uma situação extremamente difícil com tantas cracolândias e seu comércio seriamente atingido pelos efeitos da pandemia do coronavirus. A revitalização na orla do Rio Madeira também tem o mérito de vitaminar o turismo na capital rondoniense nunca explorado
Novos redutos
Com dificuldades para se reeleger em Porto Velho, e as recentes eleições municipais mostraram isso com clareza, o deputado estadual Eyder Brasil (PSL-Porto Velho) está espichando suas bases até o Cone Sul do estado. Mas lá dificilmente se dará bem, pois os migrantes sulistas que colonizaram aquela região são extremamente bairristas e votam majoritariamente em candidatos locais, como são os casos dos deputados Rosangela Donadon (PDT-Vilhena), Luizinho Goebel (PV-Vilhena) e o representante de Cerejeiras, Ezequiel Neiva.
Outro ameaçado
Na peleja a reeleição dos deputados federais em Rondônia, um dos mais ameaçados é o coronel Chrisóstomo (PSL-RO). Mas que ninguém diga que ele não tomou providências contra esta possibilidade. Sua campanha à reeleição, enfrentando os predadores, começou pela inauguração de um vistoso comitê, na Avenida Pinheiro Machado em Porto Velho e uma atuação buscando conquistar novos eleitores em outras regiões do estado. Líder do bolsonarismo em Rondônia, ele espera que surfar em na onda do capitão para lhe garantir mais um mandato na Câmara dos Deputados.
Baita refúgio
Por falar em deputados estaduais e federais, aqueles que perdem eleição ou até mesmo acabam cassados buscam refúgio empregatício na Assembleia Legislativa de Rondônia como assessores políticos ou funcionários comissionados graúdos. A prática não é, a rigor, uma novidade para os rondonienses. Assim tem sido através dos anos. A casa de leis de Rondônia, além de se transformar em reduto para os políticos flagelados pela carência de votos também é recordista entre as assembleias legislativas em abrigar pastores evangélicos, transformados em cabos eleitorais.
Eleitorado evangélico
A inclusão de tantos pastores evangélicos nos quadros de comissionados da Assembleia Legislativa de Rondônia tem explicação e razão de ser. Em primeiro lugar, Rondônia é um dos três estados com maior presença de população evangélica do País. Também são vários deputados estaduais que se dizem evangélicos e por isto buscam aproximação com as igrejas do segmento e por conseguinte contratando, para reforçar suas paliçadas, pastores influentes perante o rebanho de fiéis. E assim que se toca a banda desde os primórdios da instalação da casa de Leis em 1983.
Via Direta
*** A antecipação das chuvas deste inverno amazônico serviu para mitigar o problema de abastecimento de água nos bairros de periferia de Porto Velho *** Como se sabe, mais da metade dos 540 mil habitantes da capital rondoniense não é abastecida por água encanada e se socorre com poços caseiros que nesta temporada tiveram seus níveis do lençol freático prejudicados por uma severa estiagem *** Nada mais se falou sobre a conclusão da revisão do Plano Diretor de Porto Velho. Será que é um projeto secreto da prefeitura? Pelo menos até agora seu teor não foi divulgado para a população *** Com mais de 20 mil venezuelanos, Manaus é uma das capitais brasileiras –ao lado de São Paulo – que mais recebeu imigrantes nos últimos anos nas Brasil. Por lá também é enorme a colônia de haitianos.
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