Quarta-feira, 30 de novembro de 2022 - 08h21
Não
haverá terceiro turno, é claro. Presidente, governadores, senadores e deputados
eleitos vão assumir os cargos. O processo eleitoral acabou com os resultados
finais. O que não acabou foi a polarização, que não se limita às eleições,
contaminando o país de forma daninha, dividindo forças e dispersando energias
que deveriam estar concentradas nos graves problemas que o Brasil terá pela
frente, em um mundo repleto de perigos.
Com
piora da guerra, recaída na pandemia, aumento da pobreza e ameaça do clima, a
melhor forma de vencer a polarização, que joga brasileiros contra brasileiros e
faz os radicais se sentirem à vontade para vaiar gols da Seleção Brasileira e promover
atos terroristas, será o presidente eleito dizer que seu partido não vai
governar. Se o PT insistir, só vai impedir a montagem de um governo de união
nacional.
Compreendendo
que a maioria dos parlamentares eleitos é liberal e de centro, é evidente que
só matérias liberais e centristas terão trânsito sem crise até a aprovação. Como
não foi possível ao presidente Jair Bolsonaro governar só com a direita, não será
possível a Lula da Silva, que nunca governou só com a esquerda, começar a governar
só com ela. Aliás, no Brasil o que se costuma qualificar de “esquerda” nada
mais é que uma versão progressista do liberalismo. Unir o Brasil, hoje, é
compor um amplo centro democrático e isolar quem vaia até gol da Seleção.
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Centrão
renovado
Lembro
que o atual presidente Jair Bolsonaro, acuado pela oposição e para escapar de
um eventual impeachment acabou se acertando com os partidos do chamado “Centrão”
ainda no meio do seu mandato. Acabou cedendo os cargos de presidente da Câmara
dos Deputados e do Senado para os novos aliados para acertar uma base consistente
no Congresso Nacional. Tão criticado, o “Centrão” volta à baila, agora se aliando
com o presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva, que vai garantir a reeleição
de Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) respectivamente a presidência
da Câmara e do Senado.
Pulando cirandinha
Outro
partido que volta a base governista do PT é o MDB, considerado pela ex-presidente
Dilma um partido ignóbil, traidor sujo por ter sido protagonista do golpe que
redundou em seu impeachment beneficiando Michel Temer. O MDB está de volta aos
braços do PT, agora como partido aliado para reforçar a base de sustentação do
novo governo. Como um filho pródigo, o MDB voltará a nova aliança, inclusive com
ministros indicados pelo partido que tem o comando ainda nas mãos de Michel
Temer que apunhalou Dilma até o talo. Coisas da política.
Em Rondônia
Se
tratando de Rondônia, o governador Marcos Rocha (União Brasil) contará com uma
maioria confortável para apoiar seus projetos na Assembleia Legislativa. Sua articulação
trabalha bem neste sentido e pelo andar das negociações até ovelhas desgarradas
durante a campanha estão voltando e deixando de ser, por conseguinte, “ratos
traidores” da causa governista. A bem da verdade, se houver alguma oposição a
gestão estadual, ela acontecerá com meia dúzia de gatos pingados. Portando,
algo bem razoável para o governador bolsonarista.
Mesa Diretora
Passado
o pleito de outubro e ainda temos o Natal e Ano Novo e as articulações políticas
então vão se voltar para a eleição do novo presidente da Assembleia Legislativa
de Rondônia, cuja escolha será realizada dia 1º de fevereiro, portando daqui 60
dias. Se pode ser apontado um favorito, seria o atual presidente Alex Redano
(Progressistas-Ariquemes) e isto decorre da simpatia e gratidão do governador
reeleito Marcos Rocha ao seu importante apoio e de sua esposa a prefeita Carla
Redano na região do Vale do Jamari. Por conseguinte, ele só não será eleito
mais uma vez se não quiser. Está com a faca e o queijo na mão.
Mesmo critério
Mas pelo mesmo critério de gratidão e
importância na sua reeleição do governador Marcos Rocha, existe também o nome
de Ieda Chaves, esposa do prefeito Hildon Chaves, o maestro da reeleição de
Rocha. Foi em Porto Velho, com a dedicação do prefeito Hildon Chaves, onde o
governador conseguiu a diferença necessária para se manter no poleiro mais
quatro anos. Então, a presidência da Casa de Leis poderia ser dividida, em dois
anos para cada um de acordo com os primeiros entendimentos entre as partes.
Evidentemente a preferência de Ieda seria
pelos dois últimos anos, para coincidir com as eleições de 2026 quando Hildon
entra na peleja pelo CPA.
Via Direta
*** Finalmente a segurança pública de Rondônia
voltou as suas atenções para inibir as atividades das facções criminosas nos
principais conjuntos habitacionais da capital *** Ações seguidas tem sido
realizadas para desarmar os assaltantes, traficantes e saqueadores do comércio
local, no Orgulho do Madeira, Morar Melhor
Cristal da Calama, regiões infestadas de criminosos ***A Zona Portuária da capital segue como um cartão postal às avessas
de Porto Velho, repleta de redutos de drogados, prostitutas e foras da lei em
geral *** Urge um posto policial na região tendo em vista tantos assaltos,
roubos de fiação e arrombamentos que tem ocorrido nas redondezas *** Mesmo com a Copa do Mundo andando as
atenções dos rondonienses já se voltam para as festividades de Natal e Ano
Novo. Os lojistas estão otimistas com um final de ano radioso.
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