Terça-feira, 16 de abril de 2024 - 08h00
A
tradição milenar e a ciência se juntam na abordagem do fenômeno climático do
Aru. Em algumas mitologias indígenas, Aru seria um ser robusto, assemelhado a
um sapo, que entre o outono e o inverno se movimenta para trazer friagem e
fertilizar roças e pomares. O interesse da ciência está em avaliar o impacto
que a ação humana causa durante esse período.
Diante
dos prognósticos assustadores de que a serem mantidas as atuais condições de
desmatamento a floresta tende a perder 56% de toda sua área até 2050, é tarefa
obrigatória pensar em correção de rumos, organizada de tal forma que a mudança
não traga prejuízos a nenhum dos atores em ação na Amazônia, mas resulte em
mais ganhos para todos, inclusive na perspectiva de um Brasil melhor, objetivo
de todos os que se proclamam patriotas.
A
previsão das perdas florestais traz agregada outra projeção: se o desmatamento
previsto não for contido, o resultado será prejuízos anuais ao redor de 1
bilhão de dólares só na agricultura. O remédio é reduzir o desmatamento para
aproveitar ao máximo o potencial sustentável da bioeconomia regional.
É
essencial, assim, que as previsões para o desmatamento não tragam só a ameaça
do fogo do inferno que virá da imprevidência, mas trace fórmulas para que a preservação
da floresta represente concretamente ganhos maiores para todos. Além de acalmar
o clima, portanto, é uma questão de democracia econômica e social.
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Nas capitais
O presidente
Lula e seus ministros, o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira dama
Michele devem se voltar as visitações as capitais brasileiras a partir de agora
para prestigiar seus candidatos as prefeituras. Também o vice-presidente Geraldo
Alckmin vai se desdobrar em apoio aos postulantes do seu partido, o PSB, sendo
representado em Porto Velho pelo professor universitário Vinicius Miguel. Vamos
ver se influenciam alguma coisa, já que institutos sérios apontam que o que
vale nas cidades são as rivalidades tribais locais, numa briga entre aqueles
que estão no poder e aquele nome que representa a oposição.
Um paraíso
Com
a segurança pública em colapso, a cidade de Porto Velho se transformou num refúgio
de foragidos de Rio Branco (AC), Humaitá (AM), Guajará Mirim e Ariquemes. Chegando,
são imediatamente cooptados pelas facções criminosas que dominam os complexos
habitacionais, Morar Melhor, Orgulho do Madeira Porto Madero e Cristal da
Calama em disputas encarniçadas pelo controle do comércio das drogas na região
metropolitana. Como consequência temos jovens assassinados todos os finais de
semana e os arrombamentos e assaltos se multiplicando a luz do dia no centro e
nos bairros. É coisa de louco!
Nas fronteiras
No
recente encontro dos govenadores da Amazônia em Rio Branco os mandatários da
região Norte voltaram a manifestar preocupação com o grave problema do narcotráfico
e contrabando de armas nas fronteiras da região com outros países, como a
Bolívia, Peru e Colômbia. A grande verdade é que sem apoio do governo federal, reforçando
a Policia Federal com mais armamento, embarcações, os estados não terão condições
de asfixiar o crime organizado, agora também atuando no espaço aéreo de
Rondônia onde constantemente são aprendidos aviões de pequeno porte abarrotados
de cocaína.
Ocupação irregular
As
autoridades municipais estão fazendo vistas grossas para a ocupação irregular,
invasões e até loteamentos clandestinos as margens da BR-319, depois da ponte
sobre o Rio Madeira. Com isto agravam-se os problemas de abastecimento de água,
de energia e infraestrutura para os moradores que se aventuram a comprar lotes
a preço de banana. A prefeitura de Porto Velho, por exemplo, é impedida pela
justiça de atuar em invasões e os problemas se acumulam nas áreas ocupadas. É
uma sinuca de bico para os futuros administradores da capital.
Guinada à direita
Numa
guinada ainda mais a direita, a atual legislatura da Assembleia Legislativa de
Rondônia teve várias trocas de partidos na semana passada. O que chama atenção
foi a busca de partidos bolsonaristas com orientação mais conservadora perante
o eleitorado viando atender as tendências rondonienses nas urnas. Na casa de
leis temos uma única parlamentar petista, que é uma andorinha fazendo verão,
atendendo as bases de todos os municípios, inclusive da capital, onde se
desdobra na comissão de saúde, uma das mais atuantes do Poder Legislativo
estadual.
Via Direta
***Vai começar a temporada de pesquisas
para a prefeitura de Porto Velho. Na minha
primeira enquete daria Hildon Chaves (PSDB) na cabeça para mais uma
reeleição disparada e em primeiro turno *** Mas sem ele, que não pode disputar uma nova
eleição, despontaria como grande adversário de Mariana Carvalho (União Brasil),
sua ungida, o ex-deputado federal Leo
Moraes, que pode ser a chamada bola da vez, porque num eventual segundo turno viria
com o apoio do eleitorado evangélico
onde a ex-tucana tem grande rejeição ***Trocando
e saco para mala, quem já acreditava que estava livre do prefeito Esaú Fonseca
em Ji-Paraná se frustrou. Ele promete vir quente e fervendo para a
reeleição.
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