Terça-feira, 17 de dezembro de 2024 - 07h50
O
debate democrático implica ouvir, respeitar e conhecer os argumentos de quem
pensa diferente. O hábito deselegante de ofender quem possui visões
discordantes do pensamento dominante faz mais mal ao ofensor que ao ofendido,
pois o ato de ofender vem da falta de argumentos qualificados.
O
empresário Denis Minev, chefe da rede Bemol, gostaria de tirar de foco a
bioeconomia, argumentando que a Amazônia não precisa se restringir a ela. Aliás,
isso não se discute. Prossegue: “Precisamos de ciência e tecnologia, de desenvolver
cérebros na região”, disse à imprensa. “Eu tiraria o bio da frente. Vamos falar
de economia e como os povos se desenvolvem”.
Mas
não é preciso tirar o bio da frente. Não existe o cenário em que, de repente, a
bioeconomia aparece e substitui a economia como Denis Minev a vê, até porque
ele mesmo é um destacado apoiador de iniciativas bioeconômicas. Ela é uma parte
da economia – e não há como a parte substituir o todo.
Vindo
do desenvolvimento dos cérebros dedicados à ciência e à tecnologia, nem por ser
inovadora, demolindo superadas ou más práticas, significa eliminar a economia geral,
vítima dos crimes que se desenrolam pelas más práticas, casos de polícia e
justiça. Ela é apenas um dos vários caminhos que levarão a Amazônia a vencer os
desafios e obstáculos que teimam em permanecer, apesar da abundância de velhas
leis e regulamentos.
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As dobradinhas
As
dobradinhas políticas começam a se formar para as eleições de 2026. Em Porto
Velho, por exemplo, o governador Marcos Rocha (União Brasil), possível
postulante ao Senado deve formar dobradinha com sua esposa Luana Rocha para a
Câmara dos Deputados. Já percorrem o estado juntinhos, em transferência de
imagem, lembrando o ex-governador Valdir Raupp e sua esposa Marinha que cumpriu
vários mandatos a federal em Brasília. Saindo na peleja ao Senado, também o prefeito
Hildon Chaves (PSDB) terá sua esposa Ieda Chaves na disputa de uma cadeira a
Câmara dos Deputados.
Familiares
Ainda na constituição de dobradinhas familiares
temos o caso do prefeito de Cacoal Adailton Fúria (PSD), preparando sua esposa
para disputar uma das oito vagas a Câmara Federal. Ela teve uma votação excepcional
no pleito passado, raspando a trave. Em Ariquemes, o ex-senador Ernandes Amorim
se volta na peleja de uma cadeira a Câmara dos Depurados trazendo consigo sua
filha Daniela Amorim para uma cadeira a Assembleia Legislativa. Chama atenção
também a dobradinha do Cone Sul, com Natan Donadon a federal e Rosangela
Donadon, buscando a reeleição na Assembleia Legislativa. Na mesma região Ezequiel
Neiva sai a reeleição a ALE e o filho Wiveslando a federal.
Grande legado
Não
se discute de que o atual prefeito Hildon Chaves (PSDB) teve uma administração
marcante em Porto Velho e deixará um grande legado para seu sucessor. Mas também
deixará grandes abacaxis para a atual gestão descascar, com sérios problemas de
abastecimento de água e coleta de esgoto, as eternas alagações que vão precisar
de esforços conjuntos com as esferas estaduais e federais. O setor de saúde
deixou muito a desejar e influenciou muito na derrota da candidata chapa branca
Mariana Carvalho. E a aceitação popular de Hildão, que acreditava cravar 80 por
cento de popularidade, em disputas eleitorais, se verá mais adiante, que não passará
dos 50, 60 por cento nos pleitos que participar.
Bem animado
O
ex-senador e ex-ministro da Previdência Amir Lando (MDB) voltou a se
entusiasmar com a política e a boa aceitação para seu nome na disputa de uma
cadeira à Câmara dos Deputados em 2026 deixou o ex-barbicha de bode (a assim
que adversários o taxavam nas décadas passadas) bem motivado. Já tem corrido o
estado visitando antigos redutos, buscando acordos com candidatos Assembleia Legislativa
em Porto Velho e Vilhena, seus redutos mais tradicionais na política
rondoniense. É um dos bons nomes da velha guarda voltando as lides políticas.
Se vai se eleger são outros quinhentos.
Na recuperação
O
senador Confúcio Moura (MDB) foi convencido pelo presidente Luís Inácio Lula da
Silva na recuperação da economia, emprego e renda nos próximos dois anos, o que
poderá ser importante no seu projeto de reeleição ou até mesmo na disputa do governo
do estado. El Carecon tem seu prestigio um tanto abalado no estado,
principalmente com grileiros, fazendeiros, garimpeiros e desmatadores dos parques
nacionais e reservas indígenas, além dos expoentes do agronegócio que são bolsonaristas
empedernidos. Se disputar cargos em 2026 deve se preparar para mais uma nova
onda conservadora em Rondônia.
O voo do predador
Se
propala nos meios políticos a aspiração do deputado federal Lucio Mosquini
(MDB-RO) em disputar o governo estadual nas eleições de 2026. Com grande
votação na eleição passada na sua reeleição, ele está se assanhando para entrar
nesta peleja projetando mudança de partido na próxima janela partidária e já
iniciando composições visando reforçar suas paliçadas nesta jornada. Os redutos
mais importantes de Mosquini são na região de Jaru e Ouro Preto do Oeste, mas
no último pleito obteve boa votação no Vale do Jamari, região central e no Vale
do Guaporé.
Via Direta
***
Cm os preços dos hortigranjeiros as alturas se justifica a nova administração
de Porto Velho fomentar o cinturão verde na região metropolitana como forma de
melhorar e baratear o custo dos legumes
e das hortaliças, dos ovos e frutas nestas bandas *** Os valores nos supermercados de frutas oriundas das Ceasas do Sul
do País estão salgadas demais e a chiadeira dos consumidores é enorme *** A
Assembleia Legislativa se preparando para o recesso, limpando a pauta e o atual
presidente Marcelo Cruz deixando um bom legado para seu sucessor Alex Redano,
que assumirá a presidência da Casa de Leis no ano que vem.
A possível fusão do PSDB com o PSD está causando polemica entre os tucanos da velha guarda
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