Terça-feira, 1 de setembro de 2020 - 10h50
Sinais
que vêm da Alemanha apontam dificuldades quase insuperáveis para a ratificação
do acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. A causa é o
desmatamento na floresta amazônica. Ambientalistas saíram recentemente de
reunião com a líder alemã, Ângela Merkel, comemorando sua rejeição ao acordo.
No entanto, em política a expressão “quase insuperáveis” deixa margem a
negociações. “Quase” está mais próximo do “não”, mas não descarta aproximação
com o “sim”.
O
que não funciona, se existe a real intenção de que a União Europeia em peso
ratifique o acordo com o Mercosul, é negar o óbvio e dizer que tudo vai bem na Amazônia.
Narrativas, ofensas ou ironias de zap podem até funcionar aqui dentro, mas não servirão
para convencer o governo alemão de que tudo está bem. Nem tudo está perdido,
mas requer objetividade, compromisso e ação firme e concreta, sem evasivas ou
caneladas.
É
hora da política com P maiúsculo, em que discurso e ação se casam sem deixar
dúvidas. Narrativas, jeitinhos, tergiversações e negacionismo não têm como
convencer sequer as mais de duas mil pessoas – inclusive 500 bebês – internadas
por conta de doenças respiratórias produzidas ou agravadas pela fumaceira das
queimadas. Dona Ângela nem sentiu esse cheiro de queimado e já está hesitante.
O que seria capaz de convencê-la? Essa é uma tarefa para políticos e diplomatas
de qualidade.
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É coisa de louco !
Depois
que foi descoberto – e confirmado! – que grandes traficantes e baitas
criminosos do colarinho branco estão morando em condomínios de luxo para não
serem molestados, os vizinhos começam a ficar desconfiados a cada nova mansão
construída nestas bandas, algumas
cinematográficas. Os barões da soja e a turma do ourosoçaite e funcionários
públicos do alto escalão não querem ser confundidos com o pessoal do crime
organizado e com os novos “ricos” que estão aparecendo por conta de tanta
propina que rola na terrinha.
Faltariam vagas
Se
a justiça fosse a fundo para prender tantos foragidos perambulando em Porto Velho
– estima-se em mais de 2 mil mandados de prisão – não haveria vagas suficientes
nos presídios rondonienses. E se a Polícia Civil fosse prender os vendedores de
papelotes de maconha, cocaína e crack na capital rondoniense, a situação dos presídios
entraria em colapso, já que são milhares, a coisa é como enxugar gelo. Prende
um e aparece logo mais dois para ocupar o posto do cara que foi preso.
Nas capitais
Alguns
prefeitos das capitais seguem pontuando bem nas primeiras pesquisas eleitorais
2020. São os casos de Rafael Grecca (Curitiba), Nelson Marquezam (Porto
Alegre), Bruno Covas (São Paulo). Se fosse candidato, porque já sinaliza desistência,
o atual prefeito de Porto Velho Hildon Chaves enfrentaria segundo turno com Leo
Moraes (Podemos), no entanto ambos caminham para a desistência deixando o
cenário local nebuloso.
As desistências
Por
conta de alianças em andamento e novas avaliações do cenário político local
teremos uma onda de desistências durante a semana e na próxima antecedendo as
convenções partidárias. Ocorre que alguns dos 20 nomes lançados na verdade
queriam ser vices de candidatos de ponteira, como Hildon Chaves (PSDB), Leo Moraes
(Podemos) e Mauro Nazif (PSB), todos os três caminhando para a desistência do
pleito de 15 de novembro.
Poder feminino
Três
candidatas entram nas paradas das eleições municipais com chances de eleição,
polarizando o pleito em Rondônia. Cristiane Lopes (PP) em Porto Velho, Glaucione
Nery (MDB) a reeleição em Cacoal e Rosane Donadon (PDT) em Vilhena. Alguns
municípios têm vocação para o matriarcado político, como em Cacoal onde duas
mulheres polarizam a disputa, no caso Jaqueline Cassol (PP) contra a emedebista
Glaucione.
Reduto firme
Outra
característica interessante de Cacoal, a capital do café, é a de ser um reduto
firme e tradicional do MDB. De lá já surgiram lideranças importantes como o
senador Ronaldo Aragão, a prefeita Sueli Aragão (com grande desempenho) e o
ex-governador Valdir Raupp nunca perdeu eleição por lá, nem nos momentos mais
difíceis de sua carreira política só abalada com a derrota em 2018 na reeleição
ao Senado. Mantendo o quadro, dificilmente Glaucione perde a reeleição por lá.
Via Direta
*** A nova empresa de transportes
coletivos, a JTP já deu as caras e anuncia 143 ônibus bem equipados para
atender a cidade de Porto Velho com cerca de 600 mil habitantes ***Uma tarefa inglória
que até hoje as empresas concessionárias não deram conta do recado e as aglomerações
e atrasos foram a marca do sistema na capital rondoniense nos últimos anos *** A nova empresa já é beneficiada por um reajuste
da tarifa que vai para R$ 4.05 que é um preço médio em cidades do mesmo tamanho
e população como a de Porto Velho *** Trocando de saco para mala: as exigências
ambientais devem travar ainda mais a construção da Usina Hidrelétrica de
Tabajara em Machadinho do Oeste *** Os
políticos já falam na construção de uma ponte binacional com a Bolívia em Costa
Marques, mas a de Guajará Mirim aguardada
a mais de 30 anos ainda nem saiu do papel.
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