Segunda-feira, 13 de novembro de 2023 - 08h25
A
balela de que as supervigiadas ongs criaram um “Estado paralelo” no país pode
iludir incautos, mas não oculta a verdade de que é o crime organizado o monstro
paralelo a combater. O sociólogo Bruno Paes Manso, autor do livro A
república das milícias, desvenda com riqueza de informações em sua nova
obra – Fé e Fuzil – a realidade que já não pode ser escondida: há um
poder invisível se impondo e por mais que use símbolos patrióticos, religiosos e
falsos “pastores”, não vem dos céus.
Além
de se ocultar por trás de cores e símbolos positivos, como o jogo do bicho já
havia feito com o futebol e escolas de samba, o crime organizado tem na
floresta seu braço mais dissimulado, cometendo crimes ambientais disfarçados de
progresso e distribuição de renda. Apesar da tolerância que encontrou de
governos, desde o Palácio do Planalto aos estados, esse “Estado paralelo” é o foco
central das GLOs (operações de garantia da lei e da ordem) recentemente
decretadas.
Enraizado
na sociedade mais pobre e sofisticado em toda a linha, o crime de alto coturno
acaba de ganhar inimigos poderosos para o embate. Além das GLOs e os militares,
o projeto “Criminalidade, insegurança e legitimidade: uma abordagem
transdisciplinar”, que une especialistas das áreas de ciência de dados,
computação e ciências sociais, significa que os cientistas, finalmente, também foram
chamados a combater o crime.
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A paternidade
Pela
configuração dos acontecimentos que o ministro dos Transportes Renan Filho está
dando ao novo lançamento do edital da ponte binacional em Guajará Mirim, o novo
pai da ponte é o senador Confúcio Moura (MDB-RO) autor da proposta que concede recursos
da União para o empreendimento. Seria justo o ministro lembrar também do
ex-senador Valdir Raupp e da ex-deputada federal Marinha Raupp autores das primeiras
emendas para a elaboração dos projetos técnicos, que foi o pontapé inicial da
ponte sobre o rio Mamoré, na divisa com a Bolívia.
Estratégias iniciais
Vejam
as estratégias iniciais dos dois principais candidatos à sucessão do governador
Marcos Rocha (União Brasil), que são Jaime Bagatolli (PL-Vilhena) e Hildon
Chaves (União Brasil-Porto Velho). Do lado de Bagatolli se manter no PL, a legenda
do ex-presidente Bolsonaro é uma necessidade, se não conseguir reaver o comando
da legenda, negociar com o senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) uma dobradinha
e naturalmente contar com a benção do ex-presidente a sua campanha. Investir
nas pautas conservadoras, assegurar o apoio do agronegócio e do segmento
evangélico estão nos objetivos do candidato bolsonarista.
Grandes obras
Do lado de Hildon Chaves: ele trabalha com afinco na interiorização do
seu nome através do comando da Associação Rondoniense dos Municípios-AROM. Uma
dobradinha com ele ao governo e Marcos Rocha ao Senado viria a calhar, se o mandatário
não estivesse afiando o punhal da traição, para lançar seu vice Sergio
Gonçalves candidato a governador. Também Hildão se prepara para a inauguração
de grandes obras na capital, reafirmando sua condição de excelente administrador
e exportando esta imagem para o interior do estado. Também precisa definir o
comando de uma legenda para a disputa, já que não tem o domínio do União
Brasil. Provavelmente volte ao PSDB.
As pesquisas
No
momento em que são iniciadas as primeiras pesquisas visando as eleições
municipais do ano que vem, dois segmentos eleitorais precisam também ser melhor
monitorados, já que possuem tendências distintas em Porto Velho. O segmento
evangélico mais conservador, atento as posições sobre aborto e costumes da
família com expressivo número de parlamentares estaduais e federais em
Rondônia. Do outro lado, o eleitorado formado pelo LGBTQIA + (que são os gays e
sapatas) que cresceu muito nos últimos anos e elegendo representantes a Assembleia
Legislativa e a Câmara dos Deputados.
Na capital
Em
Porto Velho o bolsonarismo comparece as urnas em outubro rachado até o talo o
que pode facilitar a condição de um candidato da centro-esquerda a um provável segundo
turno contando com o apoio do presidente Lula, desde que haja uma união dos
partidos da esquerda com a federação Brasil Esperança. No segmento mais conservador
temos os deputados federais Fernando Máximo e Cristiane Lopes (União Brasil),
Leo Moraes (Podemos) e Mariana Carvalho (Progressistas), esta última considerada
uma das favoritas para a peleja, mas que enfrenta alguma resistência no eleitorado
evangélico.
Via Direta
*** O Ministro Flavio Dino liberou recursos
na ordem de R$ 138 milhões para os estados do Amazonas e Roraima para vitaminar
a segurança pública amazônica, combatendo o tráfico de drogas, a criminalidade
ascendente, etc ***
Espera-se que Rondônia, que ficou como o patinho feio nesta liberação, de
verbas posteriormente também seja lembrado. A bancada federal tem que cobrar já
que temos uma enorme fronteira com a Bolívia, pais produtor de drogas e que é sede
de carteis poderosos, liderando o narcotráfico *** Mais uma semana calorenta em Rondônia e muitos estados do País, num
ano que será lembrado pela maior estiagem de todos os tempos *** Golpe dos
consignados com rachadinhas para estourar na aldeia...
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