Terça-feira, 3 de janeiro de 2023 - 08h58
Lições que salvam
Desqualificar
críticas alegando que são intrigas da oposição nunca dá bom resultado. O
lulismo esteve a um passo do aniquilamento com a cassação da presidente Dilma
Rousseff e a Operação Lava Jato. Já seria uma página virada se não fosse o erro
de afastar Dilma sob falso pretexto (as pedaladas) quando ela já estava perdida
por si mesma, e os escorregões da Justiça em absurdos processuais dos quais
Lula saiu abalado, mas forte.
Agora
é o bolsonarismo que está em palpos de aranha. Ao contrário de acolher as
críticas e corrigir falhas, o governo se pautou pelo radicalismo, com
seguidores cometendo trapalhadas infantis que levaram o governo a colher
derrotas no Congresso e na Justiça. O governo poderia ter focado na economia,
onde mais acertou, aproveitado o correto hábito do presidente Jair Bolsonaro de
voltar atrás nas situações em que desfez equívocos e fez boas escolhas (como na
vacinação), mas se pautou pela negatividade das futricas. Usando a propaganda para
ataques a opositores, deixou de reforçar resultados positivos e perdeu para si
mesmo.
Para
não cometer os mesmos erros, o governo Lula 3 deveria ouvir o lamento de
Altamira em relação a Belo Monte. Em tempo de polarização, com o PT minando a
Frente Ampla de união nacional, deveria aprender as lições da história. O
florianismo, o getulismo e o janismo se arruinaram por não as seguir, mas o lulismo
e o bolsonarismo ainda têm chances para virar a chave.
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Grandes desafios
Já
empossado desde domingo com seu vice Sergio Gonçalves e mantendo quase todo seu
secretariado da sua gestão anterior, o governador Marcos Rocha, que apostou num
bolsonarismo mais suave e por isto acabou levando o apoio até do PT no segundo
turno, assume com grandes desafios pela frente nas esferas da saúde e da
segurança pública, setores onde faltou eficiência. Na saúde ele acredita que a
construção do Euro poderá resolver a coisa (mas se for assim teremos mais uns
dois anos de espera pela frente). Na segurança pública tem o compromisso de
reforçar os quadros e equipar as policias civil e militar.
Nas fronteiras
Com
as fronteiras rondonienses apinhadas de traficantes e alvo do tráfico internacional
de drogas e de armas pesadas, Rondônia não tem como reduzir a violência sem
enfrentar as facções criminosas. A esfera federal é, de fato, responsável pelo
combate ao narcotráfico, mas não tem revelado competência para sozinha resolver
este drama da sociedade rondoniense. Os presídios estão lotados de traficantes,
as facções criminosas disputando território palmo a palmo nas regiões mais
populosas. Porto Velho tem sido palco de uma disputa sangrenta e com embates terríveis
com tantas execuções. Asfixiar o narcotráfico é preciso.
O inverno amazônico
Inimigo
dos governadores e dos prefeitos rondonienses – principalmente de Porto Velho –
o período do inverno amazônico geralmente de chuvas torrenciais e alagações - não poupa nem as mãezinhas das autoridades. Mas
por incrível que pareça tanto o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves como o
governador Marcos Rocha se reelegeram na estação das chuvas. Ao lado da redução
das chuvas nas últimas temporadas, também tem a favor no caso da capital, o
avanço das ações de macrodrenagens pelas regiões mais baixas da cidade.
Região central
Quem
vê bairros alagados em Porto Velho e a região central mais saneada não é capaz
de acreditar que também o centro da capital penou muito tempo com lamaçais nas
ruas alagadas. Em primeiro lugar porque chovia cinco vezes mais nos primórdios
dos anos 80. Chovia dias inteiros, semanas inteiras sem parar. Os prefeitos
Francisco Paiva e SebastiãoValadaes, trabalharam pesado na macrodrenagem na
época, mas não contavam com recursos para avançar em coleta e tratamento de
esgoto. Seus sucessores também. Por isto até hoje temos ruas e avenidas com
fezes pululando. Saneamento é outro grande desafio do prefeito Hildon e do governador
Marcos Rocha.
A expectativa
Também
rola uma grande expectativa nesta união política entre o prefeito Hildon Chaves
e o governador Marcos Rocha com relação a construção do novo terminal rodoviário
de Porto Velho, coisa enrolada há muitos anos. Sucessivos governadores e prefeitos
prometeram e não cumpriram. Já foi um mandato inteiro de Rocha e Hildon Chaves
já está no segundo mandato e até agora as obras não foram iniciadas. É uma obra
que a população só vai acreditar quando for inaugurada, já farta de enrolação da
classe política. Deputados e vereadores da capital não cobram nada. São
avestruzes domesticadas.
Via Direta
*** Lula volta ao poder, Bolsonaro em autoexílio
nos Estados Unidos em busca de abrigo junto ao seu ídolo, o ex-presidente Donald Trump *** E ambos em maus lençóis
com a justiça de seus países, pelo comportamento extremista *** De Lula espera-se um governo de conciliação
nacional já que assumiu ainda com os ânimos da direita exaltados ***Na Assembleia
Legislativa a expectativa agora é pela eleição do novo presidente da casa de
leis. A bolsa de apostas já está rolando entre Marcelo Cruz, Alex Redano e o
ex-presidente Laerte Gomes *** Mas a
composição da nova mesa diretora já está pronta e com as bênçãos da articulação
do governador Marcos Rocha para manter os parlamentares dóceis mais quatro anos
*** Assim sendo, não teremos oposição e nem fiscalização em mais uma legislatura.
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