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Carlos Sperança

As guerrilhas reais + A canibalização + Armando paliçadas + Vale do Jamari


As guerrilhas reais + A canibalização + Armando paliçadas + Vale do Jamari - Gente de Opinião

As guerrilhas reais

Uma guerra não é feita só com bombas. Uma guerrilha inimiga pode se camuflar com sucesso e promover golpes rápidos, voltando a um estado de ausência simulada até empreender um novo ataque. Pela pertinácia dos ataques, é difícil não reconhecer que já existe uma guerra – ou a soma de várias guerrilhas – na Amazônia.

 Até já se fala em uma Chernobyl brasileira, que seria Barcarena, no Pará. Há ocupação territorial, observada nas invasões de terras públicas, principal causa do desmatamento ilegal que causa ao mundo o temor de piora no clima. As queimadas terroristas, sem necessidade, feitas para desafiar, afora os recentes ataques incendiários contra helicópteros do Ibama, uma sistemática ofensiva contra a Justiça e a desobediência às leis são sinais de uma guerra mais que virtual.

Há também uma guerra contra a biodiversidade regional e sua integridade, revelada pela disseminação solerte de pragas exóticas que atingem a produção amazônica – a mais recente delas revelada no cultivo da goiaba pela cochonilha Capulinia linarosae. Os cientistas não estão alheios às chamadas pragas quarentenárias, animais ou vegetais de fora que podem pôr em risco a economia de um local. Mas é preciso também não tapar os olhos para as guerrilhas reais que além de afrontar as leis naturais agridem as leis brasileiras. A começar pela Constituição.

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Eleições 2022

Como a necessidade faz o sapo pular e alguns partidos estão com a sobrevivência ameaçada diante das cláusulas de barreira, a primeira federação foi confirmada, envolvendo a moderada REDE com o radical PSOL. A partir de agora veremos como vai funcionar este modelo com algumas diferenças ideológicas. As lideranças da Rede mais comedidas, as do PSOL mais radicais, lembrando o PT dos primórdios mais a esquerda que se encaminhava para os fronts com discursos mais pesados contra a direita e os governos que Sarney, Collor e FHC.

A canibalização

Também a Região da Zona da Mata, polarizada por Rolim de Moura, está ficando congestionada de candidatos a Câmara dos Deputados. Além do deputado federal e Expedito Neto (PSD), voltará a carga no pleito 2022 o ex-deputado federal Luiz Claudio (PP) e mais recentemente, o vice-governador Zé Jordan (União Brasil) entrando nas paradas. Não bastasse ainda existe a possibilidade de Valdir ou Marinha Raupp também entrar nesta peleja. Como se vê garantir uma cadeira Câmara dos Deputados na região é algo para os fortes e a coisa pode piorar mais ainda se Jaqueline Cassol disputar reeleição.

Vale do Jamari

 Também rolando canibalização geral na região de Ariquemes na peleja da Câmara dos Deputados e em todo o prospero Vale do Jamari com o ex-vice-prefeito Lucas Folador, o ex-prefeito de Ariquemes Thiago Flores, o ex-senador Ernandes Amorim entre outros nomes também especulados para a disputa. O congestionamento é bravo, já que existem novas lideranças lançadas também pelas regiões de Buritis e Machadinho do Oeste. Até agora o cacique Neodi Carlos não definiu seu projeto para o pleito deste ano e é mais um nome forte ventilado até para disputar o Senado.

Armando paliçadas

   O caro leitor já deve ter observado em quantos anda a eleição na capital rondoniense, com um terço do eleitorado do estado. Para início de conversa, quase todos os candidatos derrotados na eleição a prefeito em Porto Velho em 2018 estão se escalando para a disputa de cargos eletivos em outubro.  São os casos de Cristiane Lopes (PP), Vinicius Miguel (Cidadania) e Breno Mendes (Avante) além do coronel Ronaldo Flores (PSB) e Eyder Brasil (PL). A maioria vai se dedicar as cadeiras da ALE, mas Cristiane Lopes e Breno Mendes a Câmara dos Deputados e Vinicius Miguel ao governo do estado.

A terceira via

Com a desistência da candidatura presidencial do senador Rodrigo Pacheco (MG) e a possível filiação do governador gaúcho Eduardo Leite ao PSD, temos mais um nome de peso na disputa pela chamada terceira via, que é mais uma opção as candidaturas do atual presidente Jair Bolsonaro e ao ex-presidente Lula. Por enquanto estão melhores colocados em relação a atual polarização, o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (Podemos) e o ex- governador do Ceará Ciro Gomes (PDT). Os demais candidatos até agora – mesmo João Dória – não conseguiam decolar.

Via Direta

*** Num ano climático atípico, onde Porto Velho foi poupado pela cheia, o interior de Rondônia padeceu com enchentes significativas nas regiões de Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal e Rolim de Moura *** Porto Velho e Guajará Mirim  banhados pelo Rio Madeira ficaram longe dos transbordamentos mesmo com índices pluviométricos expressivos *** Na economia, mesmo com coronavirus os ramos de supermercados e farmácias seguem em alta na capital rondoniense com novas unidades inauguradas na região metropolitana *** Mas nem tudo foram flores na economia: o segmento do pescado – leia-se a expansão dos tanques d criação e comércio do tambaqui - que vinha numa crescente nos últimos anos sofreu retrações  e  muita gente ficou com a corda no pescoço *** No entanto existe um clima de otimismo com a volta da exportação para o Peru.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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