Terça-feira, 15 de março de 2022 - 09h28
Uma
guerra não é feita só com bombas. Uma guerrilha inimiga pode se camuflar com
sucesso e promover golpes rápidos, voltando a um estado de ausência simulada
até empreender um novo ataque. Pela pertinácia dos ataques, é difícil não reconhecer
que já existe uma guerra – ou a soma de várias guerrilhas – na Amazônia.
Até já se fala em uma Chernobyl brasileira, que
seria Barcarena, no Pará. Há ocupação territorial, observada nas invasões de
terras públicas, principal causa do desmatamento ilegal que causa ao mundo o
temor de piora no clima. As queimadas terroristas, sem necessidade, feitas para
desafiar, afora os recentes ataques incendiários contra helicópteros do Ibama, uma
sistemática ofensiva contra a Justiça e a desobediência às leis são sinais de
uma guerra mais que virtual.
Há
também uma guerra contra a biodiversidade regional e sua integridade, revelada
pela disseminação solerte de pragas exóticas que atingem a produção amazônica –
a mais recente delas revelada no cultivo da goiaba pela cochonilha Capulinia
linarosae. Os cientistas não estão alheios às chamadas pragas quarentenárias, animais
ou vegetais de fora que podem pôr em risco a economia de um local. Mas é preciso
também não tapar os olhos para as guerrilhas reais que além de afrontar as leis
naturais agridem as leis brasileiras. A começar pela Constituição.
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Eleições 2022
Como
a necessidade faz o sapo pular e alguns partidos estão com a sobrevivência ameaçada
diante das cláusulas de barreira, a primeira federação foi confirmada,
envolvendo a moderada REDE com o radical PSOL. A partir de agora veremos como
vai funcionar este modelo com algumas diferenças ideológicas. As lideranças da Rede
mais comedidas, as do PSOL mais radicais, lembrando o PT dos primórdios mais a
esquerda que se encaminhava para os fronts com discursos mais pesados contra a
direita e os governos que Sarney, Collor e FHC.
A canibalização
Também
a Região da Zona da Mata, polarizada por Rolim de Moura, está ficando congestionada
de candidatos a Câmara dos Deputados. Além do deputado federal e Expedito Neto
(PSD), voltará a carga no pleito 2022 o ex-deputado federal Luiz Claudio (PP) e
mais recentemente, o vice-governador Zé Jordan (União Brasil) entrando nas
paradas. Não bastasse ainda existe a possibilidade de Valdir ou Marinha Raupp
também entrar nesta peleja. Como se vê garantir uma cadeira Câmara dos Deputados
na região é algo para os fortes e a coisa pode piorar mais ainda se Jaqueline
Cassol disputar reeleição.
Vale do Jamari
Também rolando canibalização geral na região de
Ariquemes na peleja da Câmara dos Deputados e em todo o prospero Vale do Jamari
com o ex-vice-prefeito Lucas Folador, o ex-prefeito de Ariquemes Thiago Flores,
o ex-senador Ernandes Amorim entre outros nomes também especulados para a
disputa. O congestionamento é bravo, já que existem novas lideranças lançadas
também pelas regiões de Buritis e Machadinho do Oeste. Até agora o cacique Neodi
Carlos não definiu seu projeto para o pleito deste ano e é mais um nome forte
ventilado até para disputar o Senado.
Armando paliçadas
O caro leitor já deve ter observado em quantos
anda a eleição na capital rondoniense, com um terço do eleitorado do estado. Para início de conversa, quase todos
os candidatos derrotados na eleição a prefeito em Porto Velho em 2018 estão se
escalando para a disputa de cargos eletivos em outubro. São os casos de Cristiane Lopes (PP),
Vinicius Miguel (Cidadania) e Breno Mendes (Avante) além do coronel Ronaldo
Flores (PSB) e Eyder Brasil (PL). A maioria vai se dedicar as cadeiras da ALE, mas
Cristiane Lopes e Breno Mendes a Câmara dos Deputados e Vinicius Miguel ao
governo do estado.
A terceira via
Com
a desistência da candidatura presidencial do senador Rodrigo Pacheco (MG) e a possível
filiação do governador gaúcho Eduardo Leite ao PSD, temos mais um nome de peso
na disputa pela chamada terceira via, que é mais uma opção as candidaturas do
atual presidente Jair Bolsonaro e ao ex-presidente Lula. Por enquanto estão
melhores colocados em relação a atual polarização, o ex-ministro da Justiça
Sérgio Moro (Podemos) e o ex- governador do Ceará Ciro Gomes (PDT). Os demais candidatos
até agora – mesmo João Dória – não conseguiam decolar.
Via Direta
*** Num ano climático atípico, onde
Porto Velho foi poupado pela cheia, o interior de Rondônia padeceu com
enchentes significativas nas regiões de Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal e Rolim de
Moura ***
Porto Velho e Guajará Mirim banhados
pelo Rio Madeira ficaram longe dos transbordamentos mesmo com índices
pluviométricos expressivos *** Na
economia, mesmo com coronavirus os ramos de supermercados e farmácias seguem em
alta na capital rondoniense com novas unidades inauguradas na região
metropolitana *** Mas nem tudo foram flores na economia: o segmento do
pescado – leia-se a expansão dos tanques d criação e comércio do tambaqui - que
vinha numa crescente nos últimos anos sofreu retrações e
muita gente ficou com a corda no pescoço *** No entanto existe um clima de otimismo com a volta da exportação
para o Peru.
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