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Carlos Sperança

As paternidades e o olho clinico


As paternidades e o olho clinico - Gente de Opinião

Quanto custa?

Um mundo melhor só seria possível se os povos, proprietários de terras e empresas da Amazônia fossem adequadamente remunerados pela prestação geral de serviços ambientais da floresta. Não se trata de uma utopia, pois esse mundo melhor é de fato possível, seja por um exercício de lógica ou de economia.

Com base em um estudo promovido por uma equipe de pesquisadores coordenada pelo professor José Maria Cardoso da Silva, da Universidade de Miami, conservar 3,5 milhões de km² da floresta, área necessária para preservar suas funções ecológicas, custaria de 1,7 a 2,8 bilhões de dólares anuais.

Se maximizar o custo em 3 bilhões de dólares, que seria um excelente emprego dos recursos, e confrontá-lo com os cerca de 3 trilhões de dólares já gastos na guerra da Ucrânia inutilmente, e projetando ainda gastos elevadíssimos com a futura reconstrução –, ficaria claro que são valores irrisórios, facilmente disponíveis para os donos do mundo, nos governos e nas finanças.

Além da impossibilidade de pôr preço e repor as vidas de milhares de jovens ucranianos e russos tombados em mais essa loucura desumana, até em memória dos que morreram sem razão e para satisfação mínima de suas famílias, a relação custo/benefício de aplicar tais trilhões na regeneração do clima mundial seria equivalente a tornar a Terra o paraíso com o qual todas as religiões sonham sem conseguir concretizar.

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As paternidades

Escolhido pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, para ser seu homem de confiança em Rondônia, o senador Confúcio Moura (MDB) tem se transformado no porta voz do Palácio do Planalto no anuncio das grandes obras para o estado. Foi assim com as obras do PAC rondoniense, com a licitação da ponte binacional em Guajará Mirim com recursos incluídos no orçamento da União pelo próprio parlamentar e agora ao comunicar a concessão da Rodovia Marechal Rondon, a nossa BR 364, ligando Porto Velho a Vilhena, numa extensão de quase 750 quilômetros. Confúcio é o cara.

Olho clinico

Com olho clíníco para a projeção de novas lideranças, o ex-senador Expedito Junior, mentor do lançamento do empresário Ivo Cassol (que depois virou prefeito, governador e senador) e de Hildon Chaves (prefeito eleito e reeleito na capital) se prepara para projetar mais um nome nas pelejas eleitorais rondonienses. Desta vez, pelo PSD, com o ex-conselheiro Benedito Alves, que já está animado para disputar o prédio do relógio. Conhecido como um escorpião no passado, nos dias de hoje é ele a vítima dos punhais da traição. Levou um pé de Cassol e depois de Hildon Chaves, seus ex-pupilos.

Na história

Ainda falando em termos da trajetória de Expedito, quando ele esperava apoio de Cassol para disputar o governo, Ivo preferiu perder a eleição apoiando João Cahula do que se alinhar com seu até então aliado. No caso de Hildon Chaves, a mesma coisa, quando Expedito precisou do apoio do alcaide que era até seu sócio, para disputar uma cadeira ao Senado, Chaves farejou  que esta união era uma furada e caiu fora da aliança. Não é preciso nem relembrar, que Cassol e Hildon se deram bem e Expedito acabou se ferrando. Mas não está morto quem peleia, como dizem os gaúchos. Expedito já está pronto para novas jornadas.

As comemorações

Com a faísca atrasada, a Assembleia Legislativa de Rondônia começa a comemorar neste mês de novembro os 40 anos da primeira constituição do estado (promulgada em agosto de 1983). Dos principais artífices da Carta Magna, permanecem ainda vivos e fortes os então deputados constituintes, o presidente José de Abreu Bianco (PDS-Ji-Paraná), Amir Lando (MDB-Porto Velho), Tomás Correia (MDB-Porto Velho), sendo que o relator Amizael Silva (PDS-Porto Velho), já falecido, assim como parlamentares expoentes como Ronaldo Aragão (MDB-Cacoal). Jacob Atalah (PDS-Porto Velho), Cloter Motta (MDB-Porto Velho), João Dias (MDB-Ji-Paraná), Jô Sato (PDS-Colorado), entre outros

Nosso turismo

Com o Complexo Turístico Histórico da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, nossa maior referência turística ainda com as portas fechadas por imbróglios entre a prefeitura de Porto Velho com as esferas federais, a gestão do prefeito Hildon Chaves promove um evento sobre turismo em Porto Velho no decorrer da semana que vem. Em Rondônia, o turismo engatinha.  Nada ajuda. Com péssimo atendimento nos restaurantes, e nas lojas fica difícil de garantir novas visitas de turistas, ainda mais com o preço das passagens aéreas inacessíveis e com Manaus e Belém com melhores atrativos para o turismo nacional e internacional.

A temperatura

Que aldeão de Porto Velho seria capaz de imaginar, que nossa amada terrinha, alvo de um calor dos infernos nesta temporada já curtiu frio de 7,4 graus nas costas? O evento aconteceu em julho de 1975. Lembro que foi um ano que nevou no sul do País, os cafezais do Norte do Paraná foram dizimados com a chamada “geada negra”, abrindo a corrida de migrantes para cá, principalmente em cidades como Vilhena, Cacoal, Ouro Preto, Ji-Paraná e Ariquemes. As estatísticas levantadas apontam para a temperatura mais elevada na  história da capital rondoniense em agosto de 1969, com 40,9 graus.

Via Direta

*** Nesta entressafra estamos consumindo bananas maçã e nanica procedente da Bahia em alguns supermercados *** Porto Velho padece pela falta de um cinturão verde produzindo hortifrutigranjeiros. Não fosse a zona ribeirinha nem melancia tinha no comercio local *** Trocando de saco para mala: que gangorra é esta prefeitura de Candeias do Jamari. Com a posse de Aussomir Almeida já é o terceiro prefeito em um ano. Coisa de louco *** O Expresso Porto ficou sem recursos do PAC e com isto sua conclusão será adiada. Era uma obra prioritária desde a década passada *** E mais um adiamento da inauguração da reforma da EFMM. Até quando?

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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