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Carlos Sperança

As pressões externas + Ninho de lideranças + Predominância do eleitorado + Levaram pau


As pressões externas + Ninho de lideranças + Predominância do eleitorado + Levaram pau - Gente de Opinião

As pressões externas 

Com o desenvolvimento de milhares de novas frentes de pesquisa já se tornou fenômeno corriqueiro os cientistas se deparando surpresos com alguma das maravilhas da Amazônia que ainda permaneciam desconhecidas, como interessantes fungos luminescentes que são como que vagalumes plantados.

Descobertas assim animam os defensores da floresta a intensificar os esforços pela preservação, mas tais lutas precisam ser levadas com responsabilidade. Legítimas, é até justificável que pressionem o governo a ser mais verdadeiro e eficaz na proteção ambiental, mas não é aceitável que prejudiquem a economia nacional em processos cujas origens se assemelham à asfixia econômica de Cuba: começam pressionando o governo e quando este alega soberania partem para boicotes e ameaças.

Estudo do professor Raoni Rajão (UFMG) apontou que as exportações de um quinto da soja brasileira estarão sob risco se forem aprovadas na Europa regras restritivas até a produtos provenientes de desmatamento legal. Justifica-se a pressão sobre marcas de moda que usam couro vindo de áreas criminosamente desmatadas, mas o jogo fica pesado quando senadores estadunidenses pretendem criar problemas ao Brasil por não gostarem da vinculação do presidente brasileiro Jair Bolsonaro com o vencido ex-presidente Donald Trump. Tudo tem limite. Uma nação não pode ser prejudicada por melindres políticos.

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Os governadores

O estado de Rondônia vai eleger em 2022 seu décimo governador pelo voto direto. Até então, desde os idos do Território Federal, eles eram nomeados, como Jorge Teixeira (PDS) e Ângelo Angelim (MDB). O primeiro governador do estado eleito pelo voto direto foi o goiano Jeronimo Santana (MDB) em 1986 (que também foi o primeiro prefeito pelo voto direto de Porto Velho na era estado). O segundo govenador eleito foi o rondoniense Oswaldo Piana em 1990, e no pleito seguinte, de 1994 foi a vez do catarinense Valdir Raupp, em 1998 o paranaense José de Abreu Bianco. Veja os demais abaixo.

Voto Direto

Em 2002 foi ungido pelas urnas o catarinense Ivo Cassol, sendo o primeiro reeleito, no pleito de 2006. Na eleição seguinte, em 2010, o goiano Confúcio Moura que também foi reeleito em 2014. O nono governador eleito pelo voto direto foi o nosso atual, o carioca Marcos Rocha, em 2018 que pleiteia a reeleição no ano que vem. A eleição mais marcante foi a de Ivo Cassol em 2006 que enfrentou e derrotou a maior coalizão de oposição já feita neste estado, juntando no mesmo balaio quase todos os partidos unidos na tentativa de tirar Ivo do poleiro. Inesquecíveis também a reviravolta de Raupp sobre Chiquilito em 1994 e as viradas de Confúcio Moura na década seguinte.

Ninho de lideranças

Desde as primeiras eleições gerais do estado em 1982, a Assembleia Legislativa de Rondônia tem sido o grande ninho de lideranças políticas. De lá emergiram dois governadores, que foram presidentes do legislativo estadual: o médico Oswaldo Piana Filho (em 90 com base eleitoral em Porto Velho) e o advogado José de Abreu Bianco (em 1998, com domicilio eleitoral em Ji-Paraná). Também despontaram senadores como Ronaldo Aragão (Cacoal), Amir Lando (Porto Velho) e Ernandes Amorim (Ariquemes). Da casa de leis foi eleita uma verdadeira penca de prefeitos e deputados federais até nos dias de hoje.

A predominância

Por contar com uma predominância do eleitorado do estado, já que dois terços dos eleitores estão radicados no interior, a maioria dos governadores eleitos até agora são da roça. Não é a toa que os favoritos para a peleja de 2022 são interioranos, os ex-governadores Ivo Cassol (Rolim de Moura) e Confúcio Moura (Ariquemes). Vilhena já teve seu governador, Ângelo Angelim nomeado em 1985. Dos polos regionais mais importantes de Rondônia apenas Cacoal – esteve mais perto da façanha com Divino Cardoso que desistiu da empreitada – não elegeu governador.

Levaram pau

Outra curiosidade sobre as eleições em Rondônia é que todos os ex-prefeitos da capital que disputaram o então Palácio Presidente Vargas levaram pau. Seja prefeitos advindos dos idos do Território Federal como Odacir Soares e Jacob Atalah, ou já na era estado, como José Guedes e o saudoso Chiquilito Erse, ou Carlinhos Camurça. Guedes depois de prefeito tinha sido um recordista de votos a deputado federal, com quase 60 por cento dos votos da capital e não vingou. Chiquilito era um verdadeiro ídolo, mas pegou virada  na fracassada aliança Rondônia com Fé. O próximo a se arriscar, pelo jeito é Hildon Chaves (PSDB) com a missão de quebrar este tabu.

Via Direta

*** Nesta quinta-feira, dia 16, o grande dia da eleição da Associação Rondoniense de Municípios-AROM com dois candidatos. Na situação o atual presidente Celio Lang, na oposição o prefeito professor Ribamar, de Colorado do Oeste *** Os dois lados com cartas na manga e otimistas numa grande vitória. Vamos ver quem tem razão nas estimativas proferidas *** Com apoio da Assembleia Legislativa os garimpeiros estão criando asas para se instalar no Rio Madeira nos arredores de Porto Velho e nos distritos. A recente audiência pública turbinou as expectativas da categoria ***A decoração natalina em 2021 está resumida a região central da capital por contenção de despesas, mas se vê alguma coisa em outros bairros também por inciativa de famílias mais tradicionais.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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