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Carlos Sperança

Assunto de polícia + As especulações para 2022 + Pardais orfeões + Porteira aberta


Assunto de polícia + As especulações para 2022 + Pardais orfeões + Porteira aberta - Gente de Opinião

Assunto de polícia

Há verdades que permanecem ocultas e só a inspiração de gênios ou a transpiração de pesquisadores dedicados consegue trazê-las à tona. No caso dos tijolinhos feitos de ar pelo inventor indiano Angad Daryani, o gênio e a dedicação se somaram à asma que o afligia para um feito que se fosse prometido poderia levá-lo ao rótulo de louco: criar produtos sólidos tirando a matéria-prima do ar. Se para Karl Marx “tudo que é sólido desmancha no ar”, solidificar o ar foi natural para Daryani ao captar fuligem e partículas poluentes espalhadas na atmosfera para produzir com sucesso ladrilhos usados na construção civil.

O problema que mais polui a imagem do Brasil é o desmatamento da grande floresta tropical. Na Amazônia estão a saída para o apocalipse climático e as riquezas que vão dar um fim à situação de pobreza e atraso em que o país se encontra, depois de cair na armadilha da renda média e perder o bônus demográfico. A pergunta-chave que o mundo faz é: por que o desmatamento criminoso só aumenta se o futuro da humanidade e a prosperidade do Brasil dependem da floresta?

Quem chegou enfim à resposta-chave foi o ministro Carlos França, das Relações Exteriores, ao afirmar que o desmatamento está conectado a outros crimes, como infrações trabalhistas, evasão fiscal e lavagem de dinheiro. É, disse ele ao jornal Financial Times, “um assunto de polícia”. Agora já se sabe.

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As especulações

Especula-se desde já as dobradinhas ao Senado dos candidatos ao governo em Rondônia. Do mandatário Marcos Rocha (base Porto Velho) a aposta é no presidente da Assembleia Legislativa Alex Redano (Ariquemes). Do ex-governador Ivo Cassol (Rolim de M oura) a preferência recai sobre o deputado federal Leo Moraes (Porto Velho). Com relação a Marcos Rogério (Ji-Paraná) seu companheiro de chapa ao Senado já está definido há muito tempo: o ex-senador Expedito Junior (Rolim de Moura). Já o ex-governador Confúcio Moura (Ariquemes) sinaliza para ter como seu candidato ao Senado, o ex-senador Valdir Raupp (Rolim de Moura).

Pardais orfeões

Como pardais orfeões ao Senado de candidatos ao governo estão alguns nomes   de proa na política rondoniense. Jayme Bagatolli (Vilhena), possivelmente ingressando no PL de Jair Bolsonaro, ainda não escolheu um candidato a govenador para chamar de seu, mas não será o atual governador Marcos Rocha de quem se tornou adversário. Também o ex-ministro da Previdência Amir Lando ainda carece de um acordo para celebrar dobradinha. Os entendimentos devem se aprofundar neste início de janeiro correndo até o início da janela partidária aberta em março.

Porteira aberta

Rondônia se transformou nos últimos anos numa porteira aberta para o narcotráfico, descaminho, tráfico de armas e de de insumos agrícolas. Seja pelos rios Mamoré e Guaporé, de Costa Marques a Guajará Mirim, ou pela BR 364 da ponta do Abunã até Vilhena e até no espaço aéreo a coisa degringolou de vez. Não bastasse ter aumentado os roubos de maquinários nas fazendas e sobremaneira de caminhonetes para serem trocadas por cocaína e armas na região fronteiriça de Guajará Mirim com a Bolívia. A polícia trabalha, mas a coisa é como enxugar gelo. Tem passado boi, passado boiada.

Uma dúzia

 Já temos pelo menos uma dúzia de possíveis pré-candidatos a presidência da Republica. A fragmentação de votos colabora com a polarização iniciada pelo atual presidente Jair Messias Bolsonaro e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva para a eleição do ano que vem e pelo menos dois nomes já se destacaram para a chamada terceira via: O ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) e o ex-governador Ciro Gomes (PDT). Também buscam a condição de terceira via o governador de São Paulo João Dória (PSB), a senadora Simone Tebet (MDB), o presidente do senado Rodrigo Pacheco (PSD). Temos uma oposição bem fragmentada.

Ações tímidas

 Existe uma tímida ação conjunta entre o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves e o govenador de Rondônia Marcos Rocha pela construção do novo terminal rodoviário tão reclamado pela população.  A grande verdade é que a coisa anda em ritmo de corrida de tartarugas.  Para se ter uma ideia da coisa, ainda não existe sequer um local definido para o novo projeto. Lembrando que a área escolhida ainda vai necessitar de licenças ambientais - que demoram uma enormidade para liberação. Por conseguinte, não podemos contar com uma nova rodoviária tão cedo nestas paragens.

Via Direta

*** Enquanto que a covid volta a incomodar em Rondônia as esferas municipais e estaduais de saúde também voltam a se trombar com comportamentos diferentes para o enfrentamento da pandemia ***  No Poder Legislativo estadual ainda falta a aprovação do orçamento anual para a Assembleia Legislativa entrar em recesso e o afastamento do deputado Geraldo da Rondônia foi chutado para o ano que vem *** Em todos os casos de cassações de mandatos a casa de leis de Rondônia catimba o jogo em favor dos infratores *** No episódio das propinas envolvendo o deputado Lebrão (MDB-São Francisco do Guaporé) o Poder Legislativo sequer se pronunciou na Comissão de Ética criada ***. E assim caminha a humanidade. Todo mundo se fazendo de “gato morto”...

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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