Terça-feira, 22 de setembro de 2020 - 17h13
Boicotar o boicote
A imprensa mundial publicou com estardalhaço que ativistas do Greenpeace escalaram o telhado do prédio da Comissão Europeia, em Bruxelas, e desenrolaram uma bandeira “colossal”, de 40 metros, com as palavras “Incêndios na Amazônia” e “A Europa é culpada” sobre imagens de fogo e fumaça na floresta.
Foi uma surpresa o Greenpeace poupar o governo brasileiro das habituais acusações de relaxo, conivência com o crime e prevaricação, apontando desta vez o dedo flamejante da acusação sobre a própria União Europeia, que o movimento entende como cúmplice da tragédia ambiental e climática.
Haverá no Brasil quem simpatize com os dizeres da imensa faixa. Poupando o presidente Jair Bolsonaro, supõe que a culpa da Europa é não destinar ao Brasil os recursos necessários para proteger melhor a floresta e mantê-la em pé para muitos ganharem e não apenas os contraventores e criminosos.
No entanto, a intenção é propor o boicote aos produtos brasileiros. O Greenpeace se refere a produtos advindos do desmatamento – nada além de uma porção diminuta de soja e carne –, mas o boicote a uma nação mete todos os seus produtos no mesmo balaio, o que não é justo nem sensato. Seria preciso mostrar ao mundo uma bandeira ainda mais “colossal” afirmando que a Amazônia é a salvação da humanidade e que boicotar o Brasil só prejudica seu povo inocente.
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Gostinho amargo
O Ministério dos Transportes já decidiu sobre a privatização da rodovia Marechal Rondon, que liga Cuiabá a Porto Velho, numa com quase 1.500 quilômetros. Pela extensão, comparada ao que rola nos outros estados, teremos pelo menos 10 pontos de pedágios entre as duas capitais e o gostinho amargo de pagar a conta já pode acontecer no ano que vem. No Paraná, a privatização só deu confusão por conta de propinas, tarifas elevadas, com processos atingindo até o então govenador Beto Richa que acabou com sua reputação arruinada.
Formando bases
Já com vistas a 2022, o senador Marcos Rogério está ampliando a organização partidária lançando candidaturas próprias em 16 municípios do estado e com cerca de 300 postulantes a vereança nos 52 municípios. Na capital o partido não terá candidatura própria, se unindo ao projeto de eleição do atual prefeito Hildon Chaves (PSDB), operação que conta com um certo risco futuro porque é avalizada pelo ex-senador escorpião, sempre com o punhal da traição bem afiado!
Aliança 2022
Tão festejada em Porto Velho, a Aliança liderada pelo triunvirato PSDB/DEM/PSD sustentando a candidatura do projeto de reeleição do prefeito Hildon Chaves é poderosa e já projeta um acordo para 2022 com Expedito Junior ao Senado e Marcos Rogério ao governo. Uma aliança que pode se desfazer com Hildon Chaves ganhando o pleito e criando asas para disputar o governo. Perdendo, será um predador a Câmara dos Deputados para os aliados Mariana Carvalho e Expedito Neto. Não querendo voduzar a ninguém...
Grandes vexames
Com tantos candidatos a prefeitura de Porto Velho da estatura política semelhantes aos inspetores de quarteirão, teremos votações vexaminosas neste primeiro turno. Primeiramente porque a maioria dos candidatos lançados não tem bases firmes, em segundo plano porque na reta final do pleito o eleitor oposicionista vai escolher o melhor postulante em condições de enfrentar o prefeito Hildon Chaves, evento que se conhece como voto útil e muito praticado na capital rondoniense. Neste contexto pelo menos oito candidatos caminham para vexames e disputando a lanterninha.
Poder feminino
Conforme alguns videntes – lembrando que os bruxos rondonienses só dão bola fora, mas este aqui citado é capixaba – este é o ano das mulheres na política. Em algumas capitais temos até cinco ou seis candidatas, aumentando a possibilidade desta profecia dar certo. Em Porto Velho, só temos uma candidata e não é favorita, mas em Cacoal existe favoritismo com a atual prefeita Glaucioni Nery em Vilhena com Rosani Donadon (PSC). Zebra mesmo seria a vitória da candidata petista em Jipa, cidade tradicionalmente conservadora.
Via Direta
*** Em Porto Velho, a cidade das surpresas, ainda não dá nesta largada para prospectar eventuais zebras na temporada na eleição de novembro. Mas elas existem na capital, não aparecem nas pesquisas e só despontam nos últimos dias de campanha *** Por falar em pesquisas nenhum instituto – pilantra ou não – veiculou sondagens eleitoral registrada no TRE ***Não querendo azarar ninguém, só lembrando: Grandes alianças também trazem consigo grandes rejeições. Nestes casos, grandes favoritos podem levar pau *** Alguns casos de coalizões que deram xabu: a aliança na capital de Carlinhos com Mauro Nazif, a coligação Rondônia com Fé ao governo (aquela de Chiquilito), etc *** Trocando de saco para mala: Caro leitor, diga não ao candidato do pó na eleição de novembro.
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