Segunda-feira, 5 de dezembro de 2022 - 07h36
Caíram
no descrédito as declarações bombásticas em torno da tese de dar fim à Zona
Franca de Manaus para em seu lugar se erguer um hipotético “Vale do Silício”
amazônico, no qual iriam brotar gigantes tecnológicos. Depois veio a fantasia
do “Plano Dubai”, com propósito semelhante. Agora vem a proposta de criar no
governo Lula 3 um “MIT” da Amazônia. Sendo o MIT (Instituto de Tecnologia de
Massachusetts) uma instituição científica respeitável, o “MIT da Amazônia”
seria uma instituição acadêmico-científica voltado aos assuntos da floresta.
Considerados
apenas em si, sem as intenções benignas ou maliciosas atrás de cada sugestão,
só o fato de agarrar a imagem positiva de instituições alheias para carimbar
uma ideia sem popularidade já não é bom sinal. Pode parecer midiático e
sugestivo, mas o Vale do Silício não surgiu copiando algum outro vale de maravilhas.
E Dubai veio de uma dupla destruição: uma epidemia assassina e um incêndio
devastador.
Não
virá uma “Dubai” amazônica de epidemias ou queimadas. E se a ZF morrer, será
mais uma Transamazônica abandonada. Como já dizia Gandhi, “se queremos
progredir, não devemos repetir a história mas fazer uma história nova”. Nem
silício, nem emirado árabe ou universidade americana: a Amazônia precisa é de
uma história nova, criada por seus povos e não em Brasília. “Não imitarás”
poderia ser um 11º mandamento.
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Enxugando gelo
O
que fazer para desentocar os criminosos instalados no Complexo Habitacional Orgulho
do Madeira e Cristal da Calama na Zona Leste e Morar Melhor, na região do Aeroclube,
na Zona Sul, é um baita desafio para as autoridades de segurança de Porto
Velho. Quando apupados no Orgulho, pulam para o Cristal, apertados no Cristal
se socorrem no populoso Morar Melhor, na Zona Sul da capital. Asfixiar o tráfico
e distribuição de drogas nestes conjuntos seria uma das soluções nestas áreas
onde só se enxuga gelo nos últimos anos e onde as facções criminosas estão
armadas até os dentes.
Menos avestruzes
Quase
a metade dos parlamentares avestruzes da Assembleia Legislativa bailou nas
eleições de outubro. O comportamento de omissão na fiscalização dos atos do
executivo, a opção de nomear parentes e amigos ao invés de cobrar soluções para
esferas carentes – a saúde por exemplo – foi fatal para muitos representantes
que fizeram dos seus respectivos mandatos balcão de negócios. Que fique a lição
para os novos deputados que vão assumir em fevereiro e alguns, com certeza, mais
comprometidos com as causas públicas dos municípios rondonienses.
Desastres naturais
Os
desastres naturais que acontecem atualmente no Paraná, Santa Catarina, Bahia,
Espirito Santo e outros estados não tem sido alvo da atenção as autoridades
federais há muito tempo. Seja nos governos Color, FHC, Lula, Dilma, Temer ou
Bolsonaro, das muitas promessas para atender as vítimas poucas foram cumpridas.
Em Rondônia, por exemplo, ainda existem compromissos não atendidos com a
população com a cheia histórica do Rio Madeira em 2014. Cadê as barreiras de
contenção no Rio Madeira? A elevação de algumas ruas e avenidas propensas as
alagações? Deputados omissos, vereadores frouxos sequer cobram da União o que
foi prometido.
Perdendo folego
O
movimento dos fanáticos bolsonaristas em defesa da anulação da eleição presidencial
e de um golpe militar em favor do atual presidente Bolsonaro vai perdendo
folego em várias regiões do País e até a posse do presidente eleito Luís Inácio
Lula da Silva vai virar fumaça. Nem churrasco, refrigerantes e outros petiscos
atraem novos contingentes e até os acampamentos defronte os quarteis vão se
dissipando. Uma das curiosidades da temporada de protestos foram as ações das
torcidas do Corinthians e do Coritiba que de volta para suas cidades, depois de
jogos fora de casa, desobstruíram as estradas aplicando peias e afugentando os
bolsonaristas empedernidos.
Virando a casaca
Como
já renegaram FHC, Lula e Dilma, os políticos começam a renegar o atual presidente
Jair Messias Bolsonaro, antes que o galo cante. Centenas deles em todo pais, de
vereadores a deputados estaduais, de senadores a dirigentes partidários estão
virando a casaca em massa para a base aliada do novo presidente que já conta
com 16 partidos. Não bastasse, alguns ovos de serpente estão eclodindo, com
projeção de novas lideranças a direita, que de aliados do bolsonarismo vão se
voltar contra ele em futuros pleitos. É aquele velho adágio popular, rei morto,
rei posto.
Via Direta
*** O governador eleito de Rondônia Marcos
Rocha (União Brasil) e do Acre Gledson Cameli seguem a mesma tendência dos governadores
reeleitos: devem disputar cadeira ao Senado no pleito de 2026. Serão duas vagas
em disputa nas próximas eleições o que pode facilitar seus projetos *** Tanto Ivo Cassol
(PP), que legou o cargo a João Cahula, como Confúcio Moura (MDB) que cedeu o posto
para Daniel Pereira em Rondônia se elegeram senadores *** Incrivelmente nenhum deles, embora com a façanha da reeleição, foi
o mais votado: Cassol, favoritíssimo perdeu para Valdir Raupp; Confúcio Moura perdeu
para Marcos Rogério *** Como se vê, El Carecon e o pavãozinho vão ter que
suar muito a camisa para a reeleição em 2026.
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