Segunda-feira, 17 de agosto de 2020 - 08h49
A
melhor maneira de não chegar a lugar algum é a troca áspera de insultos. É uma
tentação acusar a Noruega por mil e um males ambientais que já ocorreram por lá
para responder ao movimento de investidores e clientes noruegueses que
pretendem boicotar o Brasil se o Brasil não cuidar de si mesmo.
É
fácil ceder à tentação, pois nenhum país que explora há séculos seus recursos
naturais cumpriu os protocolos exigidos hoje para a preservação e a
sustentabilidade. Como toda tentação induz ao pecado, a sensatez e a intenção
de melhorar a imagem do Brasil precisam prevalecer, evitando o negacionismo e a
resposta ríspida. Negar dá a impressão de apoio aos crimes ambientais. Retrucar
só funciona se embutir uma solução concreta para os problemas apontados.
A atitude
correta é usar o obstáculo como ponto de apoio para a alavanca do debate sereno.
Só o esclarecimento, a troca de ideias, acatar boas sugestões e construir parceria
em ações pode produzir bons resultados. Um governo coeso, sem bate-cabeça entre
ministros, pode ter sucesso em selecionar interlocutores sensatos e dispostos
ao diálogo, para não confundir e embolar ainda mais o que já é emaranhado e
complexo. O melhor a fazer com a pressão de investidores e clientes
estrangeiros é a dupla e eficaz ação de corrigir os erros existentes e propor
cooperação. A fina arte da diplomacia precisa voltar ao horizonte nacional.
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As razões
Procuram-se
as explicações para o prefeito Hildon Chaves (PSDB) adiar o anuncio a
desistência do projeto de eleição. Não seriam poucas. Seria porque: 1- O PSDB, que é o seu
partido, não decidiu ainda quem será o candidato tucano: o vereador Maurício
Carvalho ou o também vereador Alan Queiroz. Se quiser, Mauricio sai na frente.
Tem mais apoio no Diretório Municipal 2- Quando um prefeito ou o governador não
disputa a reeleição seu poder acaba se esvaindo. Todas as atenções ficam
voltadas para a eleição do próximo alcaide e seu poder some.
Base rachada
Não
bastasse tantas indefinições para anunciar sua desistência, o prefeito Hildon
Chaves vê sua base de vários partidos rachar. De um lado, Lindomar Garçom
(Republicanos), de outro Tessari do Expedito (PSD) – que é o nome apoiado pelo senador
tucano Expedito Junior - já com os nomes lançados para a peleja. O próprio PP
da sua base aliada tem a vereadora Cristiane Lopes lançada a disputa do Prédio
do Relógio. Enfim ninguém vai acompanhar Hildon com os tucanos. É cada um por
si e Deus por todos!
As
visitas
Na
capital, aos poucos os candidatos a prefeito e vereadores vem visitando o
Diário para falar das suas propostas para o pleito de novembro. Samuel Costa
(PC do B), Ruy Motta (PDT). Mas vejo o novato petista Ramon Cajuí, bem
articulado, podendo dar trabalho nos debates e na campanha já que os petistas
estão bem unidos nesta temporada. É que
a necessidade faz o sapo pular, os petistas estão longe das bocadas municipais
e estaduais há um bom tempo.
Tudo dominado!
Como
fez nos governos Lula, Dilma e Temer, os partidos do “Centrão” tomaram conta do
governo Jair Bolsonaro. A maior parte dos integrantes desta nova base de
sustentação do Planalto é formada por pilantras envolvidos na Operação Lava
Jato – do PP ao MDB – e não são confiáveis. Se a popularidade do presidente
cair, todo mundo pula fora do barco e os
“centrões” a vida seriam os primeiros a clamar
por impeachment do presidente como se não tivessem nada com as falcatruas que que
fazem a décadas.
Para vice
Nos
bastidores acredita-se piamente que o lançamento do nome de Willians Pimentel a
prefeitura de Porto Velho é para torna-lo vice de algum candidato de ponteira.
Pimentel é cria dos Raupps, rebelou-se, apunhalou o senador barbudo juntamente com Emerson Castro, outro ex-devoto do raupismo,
deixou o criador na mão e agora está sob as asas do senador Confúcio Moura, El
Carecón. O MDB já elegeu vários vices através de composições na capital.
Via Direta
*** Com 333 mil eleitores, Porto Velho
vai eleger o sucessor o prefeito Hildon Chaves na eleição de 15 de novembro com
olhos em soluções de problemas ainda insolúveis *** A capital
rondoniense padece com o drama das alagações, abastecimento de água, coleta de
esgoto, segue com o sistema de transportes coletivos deficiente, etc *** Algumas questões avançaram em Porto Velho
nos últimos anos como moradia –foram inaugurados muitos conjuntos habitacionais
– e pavimentação *** A deputada federal
Jaqueline Cassol (PP) ainda não confirmou suas candidaturas a prefeitura de Cacoal
*** Lá em Cacoal, funciona um regime de
matriarcado político: lá já se elegeram Sueli Aragão (foi reeleita) e tem
atualmente a prefeita Glaucioni Nery (MDB) buscando a eleição e agora pode
eleger Jaqueline Cassol.
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