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Carlos Sperança

Centro e Centrão + Base de apoio + Renovação implacável + No meio do caminho


Centro e Centrão + Base de apoio + Renovação implacável + No meio do caminho - Gente de Opinião

Centro e Centrão

Intensificaram-se na Amazônia as campanhas pelo alistamento eleitoral de jovens após a constatação de que as eleições causam mais interesse nas bolhas ideológicas que na sociedade. Elas, porém, não querem alternância no poder, mas vencer uma eleição e não largar mais osso, usando os mandatos para fins particulares, fazendo pouco das políticas de Estado e as usando para gerar gordura adicional ao já inflado Fundão Eleitoral.

Isto seria evitado se houvesse um amplo centro capaz de não se deixar dominar pelo governo de plantão e aprovar somente as boas práticas de gestão, dispensando as manobras (os jabutis) embutidas em projetos de lei cheios de entrelinhas. O obstáculo está em que o grande centro foi pulverizado em dezenas de partidos com donos personalistas. Cria-se com isso o vácuo no qual viceja o chamado Centrão, grupo de interesses suspeitos e até secretos, escondidos do crivo dos eleitores e da imprensa.

Mesmo com voto obrigatório muitos preferem pescar no dia da eleição e pagar multas a escolher representantes que no exercício do poder vão ignorar as urgências do eleitorado. O problema não está nos jovens que não acreditam, mas no que os tornou descrentes. As campanhas em favor do alistamento eleitoral não seriam necessárias se os jovens com 16 anos e um contingente expressivo dos acima dos 18 se interessassem, acreditassem ou fossem de fato representados pelos eleitos.

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Base de apoio

A impressão que ficou depois que a Assembleia Legislativa rejeitou o nome recomendado pelo governador Marcos Rocha – o contabilista Jailson Vieira de Almeida - para membro do Tribunal de Contas do Estado é que a base de apoio do Executivo se esfacelou de vez. Mas não é bem assim. Também já não se acredita que Rocha conte com apoio de trinta prefeitos, porque parte deles nega adesão e depois que o CPA esvaziou a construção do Hospital Regional de Ariquemes, alguns alcaides do Vale do Jamari se sentem prejudicados no atendimento das demandas de saúde na região.

Jogo de cena

Mas como os deputados estaduais de Rondônia votavam unanimemente nos últimos anos a favor das propostas de Marcos Rocha na Assembleia Legislativa, existem aqueles incrédulos como eu, para afirmar que a votação da indicação de Jailson foi tudo um jogo de cena. O fato é que os parlamentes estão desgastados pelo comportamento avestruz na Casa de Leis.  Formou-se por lá um agrupamento incapaz de fiscalizar o Executivo e durante todo o tempo se comportando de forma submissa. Entonces havia a necessidade de tentar projetar uma imagem de autonomia numa indicação que pode ser negociada. Vai daí que nada deve mudar no Legislativo.

Renovação implacável

Pela atuação deficiente nas esferas estaduais e federais teremos uma renovação implacável dos quadros das Assembleias Legislativas e Câmara dos Deputados em 2022.  E que os novos eleitos busquem atuar em sintonia com as demandas da população rondoniense. Urge buscar mais qualidade em nossos parlamentos, temos a necessidade de eleger nomes com a ficha limpa, com propostas de mudança e não para tornar os parlamentos em balcão de negócios como ocorre atualmente em todos os quadrantes do país. Saudades da qualidade de Amir Lando, Tomás Correia, Jacob Atalah e tantos outros da primeira legislatura da nossa ALE.

Os presidenciáveis

Muitos presidenciáveis vão ficando pelo caminho nesta corrida ao Palácio do Planalto. Já caíram fora o ex-ministro da Saúde Mandeta, o senador Rodrigo Pacheco, o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite e agora o PSDB sabota a candidatura do seu atual candidato João Dória. Muitos convencionais prometem votar contra a homologação do postulante tucano em virtude da sua enorme rejeição, fato que já estaria prejudicando os candidatos aos governos estaduais do partido, inclusive em São Paulo, onde os tucanos governam já quase 30 anos.

No meio do caminho

Tratando-se de Rondônia já ficaram sentados à beira do caminho, o ex-governador Ivo Cassol (PP), o atual senador Confúcio Moura (MDB) e o ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB). Mesmo fora da disputa eles terão ungidos para apoiar. No caso de Ivo Cassol apoiando a candidatura ao governo estadual de Leo Moraes (Podemos), Confúcio Moura poderá apoiar Daniel Pereira que foi seu vice em 2018 e Hildon Chaves já está fechado com o projeto de reeleição do governador Marcos Rocha (União Brasil). Também existe a possibilidade de fusões de candidaturas e assim sendo outros nomes poderão deixar o páreo.

Via Direta

*** Sob a liderança do Senador Marcos Rogério, provável candidato a governador pelo Partido Liberal -PL, a nominata a Câmara dos Deputados pelo partido em Rondônia vem com dois deputados federais, que são Silvia Cristina e  Chisóstomo e mais um ex-deputado federal Luís Claudio *** Silvia Cristina é egressa do PDT-Ji-Paraná, Chisostomo  procedente do União Brasil-Porto Velho e Luís Claudio deixou recentemente o PR-Rolim de Moura *** A legenda ainda não sabe se vai apoiar ao Senado Jayme Bagatolli (Vilhena) ou Expedito Junior (Rolim de Moura) *** A decisão vai ser decidida nas convenções do meio do ano *** Enquanto isto, o ex-governador Valdir Raupp (MDB) ressuscitou politicamente ao ser absolvido da condenação da Lava Jato *** Com isto teremos certamente mais um candidato ao Senado ou a Câmara dos Deputados na temporada 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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