Segunda-feira, 25 de abril de 2022 - 10h41
Intensificaram-se
na Amazônia as campanhas pelo alistamento eleitoral de jovens após a
constatação de que as eleições causam mais interesse nas bolhas ideológicas que
na sociedade. Elas, porém, não querem alternância no poder, mas vencer uma
eleição e não largar mais osso, usando os mandatos para fins particulares,
fazendo pouco das políticas de Estado e as usando para gerar gordura adicional
ao já inflado Fundão Eleitoral.
Isto
seria evitado se houvesse um amplo centro capaz de não se deixar dominar pelo
governo de plantão e aprovar somente as boas práticas de gestão, dispensando as
manobras (os jabutis) embutidas em projetos de lei cheios de entrelinhas. O
obstáculo está em que o grande centro foi pulverizado em dezenas de partidos
com donos personalistas. Cria-se com isso o vácuo no qual viceja o chamado
Centrão, grupo de interesses suspeitos e até secretos, escondidos do crivo dos
eleitores e da imprensa.
Mesmo
com voto obrigatório muitos preferem pescar no dia da eleição e pagar multas a
escolher representantes que no exercício do poder vão ignorar as urgências do
eleitorado. O problema não está nos jovens que não acreditam, mas no que os
tornou descrentes. As campanhas em favor do alistamento eleitoral não seriam
necessárias se os jovens com 16 anos e um contingente expressivo dos acima dos
18 se interessassem, acreditassem ou fossem de fato representados pelos
eleitos.
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Base de apoio
A
impressão que ficou depois que a Assembleia Legislativa rejeitou o nome recomendado
pelo governador Marcos Rocha – o contabilista Jailson Vieira de Almeida - para
membro do Tribunal de Contas do Estado é que a base de apoio do Executivo se
esfacelou de vez. Mas não é bem assim. Também já não se acredita que Rocha
conte com apoio de trinta prefeitos, porque parte deles nega adesão e depois
que o CPA esvaziou a construção do Hospital Regional de Ariquemes, alguns
alcaides do Vale do Jamari se sentem prejudicados no atendimento das demandas
de saúde na região.
Jogo de cena
Mas
como os deputados estaduais de Rondônia votavam unanimemente nos últimos anos a
favor das propostas de Marcos Rocha na Assembleia Legislativa, existem aqueles incrédulos
como eu, para afirmar que a votação da indicação de Jailson foi tudo um jogo de
cena. O fato é que os parlamentes estão desgastados pelo comportamento avestruz
na Casa de Leis. Formou-se por lá um agrupamento
incapaz de fiscalizar o Executivo e durante todo o tempo se comportando de
forma submissa. Entonces havia a necessidade de tentar projetar uma imagem de autonomia
numa indicação que pode ser negociada. Vai daí que nada deve mudar no
Legislativo.
Renovação implacável
Pela
atuação deficiente nas esferas estaduais e federais teremos uma renovação implacável
dos quadros das Assembleias Legislativas e Câmara dos Deputados em 2022. E que os novos eleitos busquem atuar em
sintonia com as demandas da população rondoniense. Urge buscar mais qualidade
em nossos parlamentos, temos a necessidade de eleger nomes com a ficha limpa,
com propostas de mudança e não para tornar os parlamentos em balcão de negócios
como ocorre atualmente em todos os quadrantes do país. Saudades da qualidade de
Amir Lando, Tomás Correia, Jacob Atalah e tantos outros da primeira legislatura
da nossa ALE.
Os presidenciáveis
Muitos
presidenciáveis vão ficando pelo caminho nesta corrida ao Palácio do Planalto.
Já caíram fora o ex-ministro da Saúde Mandeta, o senador Rodrigo Pacheco, o
ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite
e agora o PSDB sabota a candidatura do seu atual candidato João Dória. Muitos
convencionais prometem votar contra a homologação do postulante tucano em
virtude da sua enorme rejeição, fato que já estaria prejudicando os candidatos
aos governos estaduais do partido, inclusive em São Paulo, onde os tucanos
governam já quase 30 anos.
No meio do caminho
Tratando-se
de Rondônia já ficaram sentados à beira do caminho, o ex-governador Ivo Cassol
(PP), o atual senador Confúcio Moura (MDB) e o ex-prefeito de Porto Velho Hildon
Chaves (PSDB). Mesmo fora da disputa eles terão ungidos para apoiar. No caso de
Ivo Cassol apoiando a candidatura ao governo estadual de Leo Moraes (Podemos), Confúcio
Moura poderá apoiar Daniel Pereira que foi seu vice em 2018 e Hildon Chaves já
está fechado com o projeto de reeleição do governador Marcos Rocha (União
Brasil). Também existe a possibilidade de fusões de candidaturas e assim sendo
outros nomes poderão deixar o páreo.
Via Direta
*** Sob a liderança do Senador Marcos
Rogério, provável candidato a governador pelo Partido Liberal -PL, a nominata a
Câmara dos Deputados pelo partido em Rondônia vem com dois deputados federais,
que são Silvia Cristina e Chisóstomo e
mais um ex-deputado federal Luís Claudio *** Silvia Cristina é egressa do
PDT-Ji-Paraná, Chisostomo procedente do
União Brasil-Porto Velho e Luís Claudio deixou recentemente o PR-Rolim de Moura
*** A legenda ainda não sabe se vai
apoiar ao Senado Jayme Bagatolli (Vilhena) ou Expedito Junior (Rolim de Moura) ***
A decisão vai ser decidida nas convenções do meio do ano *** Enquanto isto, o ex-governador Valdir Raupp (MDB) ressuscitou
politicamente ao ser absolvido da condenação da Lava Jato *** Com isto
teremos certamente mais um candidato ao Senado ou a Câmara dos Deputados na
temporada
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