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Carlos Sperança

Choque x apagão + Ecos da polarização + Risco de extinção de Partidos + Efeitos climáticos


Choque x apagão + Ecos da polarização + Risco de extinção de Partidos + Efeitos climáticos - Gente de Opinião

Choque x apagão

Gaby Amarantos saltou do brega para o cult com seu novo álbum, Purakê, inspirado no desejo de uma Amazônia futura rica, justa e avançada. O título remete ao peixe elétrico e à ideia de purê, apuro, aprimoramento.

A estrela paraense não é uma oportunista que namora com a notoriedade atual da Amazônia no mundo, nesta hora tão difícil, em que os dramas ambientais geram o medo de que um Apocalipse climático se aproxima. Ao imaginar futuras “canoas voadoras”, Gaby se aproxima do conceito de que índio não quer apito, mas usar a tecnologia a seu favor. Seu “apito” será o Programa Amazônia Conectada. A internet se expandindo pela região por redes óticas nos leitos dos rios é como canoa voando.

A intenção de melhorar a imagem do Brasil no exterior depende muito das ações do mundo cultural. Na música, no cinema, na literatura, na tecnologia e na pesquisa científica, é urgente projetar um Brasil livre da gritaria “ideológica” retardada que apresenta a Amazônia como o inferno e não como a salvação do mundo que realmente é. Gaby, no passado, falava em balas perdidas, assunto diário na imprensa, como outras tragédias cotidianas. Com o novo disco ela defende a “positividade realista”. Um choque de poraquê necessário para resolver problemas e fazer o Brasil emergir dos escombros com liberdade, democracia e, de uma vez por todas, desenvolvimento.

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Ecos da polarização

Até hoje os bolsonaristas comemoram as manifestações ocorridas no Dia da Independência a favor do presidente Jair Bolsonaro. Enquanto o bolsonarismo faz contas de vitória em 2022, a oposição minimiza, faz as suas próprias contas, e sentencia que a movimentação custeada pelos governistas e grandes fazendeiros conservadores não decolou e precisou do recrutamento de populares com a contratação de centenas de ônibus para levar público ovacionar o presidente no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Nas capitais dos estados bolsonaristas, como Rondônia e Acre, as concentrações foram expressivas, sem a necessidade de caravanas contratadas no interior.

A pacificação

Por ser considerado um estado bolsonarista, em virtude do grande sucesso nas urnas do atual presidente nas eleições de 2018, em Rondônia existem três possíveis candidatos ao governo estadual afiando as garras para o pleito de 2022. São os casos do atual governador Marcos Rocha (ainda sem partido), do senador Marcos Rogério (DEM) e do ex-governador Ivo Cassol (PP). A articulação presidencial vai ter que agir para conter as rivalidades tribais pois ninguém está disposto de renunciar cabeça de chapa para o ano que vem.

Risco de extinção

Com o recente veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao projeto de lei que permitia as federações partidárias pelo menos 16 siglas que não cumpriram as cláusulas de barreira nas eleições de 2018 estão sob risco de extinção. A grita é enorme porque estas agremiações mantinham a esperança de se unir no pleito do ano que vem visando a sobrevivência com a eleição de representantes no Congresso. No rol das legendas ameaçadas estão o Novo, PC do B, PV, entre outros. Uma situação difícil para os pequenos no próximo pleito já que serão prejudicados no bolo de recursos do fundão eleitoral.

Censo 2022

Depois de ficar patinando com a escassez de recursos, o IBGE começa os primeiros movimentos em torno do Censo 2022, o primeiro na era do governo Bolsonaro que já adiou dois anos a contagem censitária. Como sempre, haverá depois de coletados os resultados, grande chororô dos prefeitos cujos municípios perdem densidade demográfica e com isto queda na distribuição de recursos no orçamento da União. Já, os municípios que mais cresceram no estado, como Vilhena, Buritis, Candeias e Nova Mamoré terão o que comemorar, com mais recursos em caixa.

Efeitos climáticos

 Os efeitos climáticos, que neste ano foram refletidos no aumento das queimadas em Rondônia, estão chegando cada ano mais fortes no Brasil. A longa estiagem nas regiões do Sul e Sudeste já causam graves prejuízos ao agronegócio brasileiro, ao aumento a energia e a própria carestia. Lembrando que o agronegócio é responsável pelo aumento do PÌB brasileiro e por elevado número de empregos com carteira assinada e em Rondônia é o que tem mantido a economia do Estado em alta permitindo condições ao governo estadual e aos municípios do pagamento do funcionalismo em dia

Via Direta

*** A construção civil continua bombando na capital rondoniense. Pelo menos nos condomínios de luxo as obras não param com novos palacetes sendo erguidos em que pese a alta dos materiais *** O preço do ferro disparou nos primeiros meses do ano. O cobre tem sido o sonho de consumo de rapinadores de fiação elétrica nas residências, colégios e logradouros públicos *** Os prefeitos beneficiados com os programas estaduais do Tchau Poeira e Regularização Fundiária tendem a firmar posição ao lado do governador Marcos Rocha no seu projeto de reeleição no ano que vem *** Alcaides dos principais polos regionais tem manifestado está tendência, mas não dá para acreditar em todo mundo *** Prefeito é um bicho com DNA de traíra e para trair é só se coçar....

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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