Quarta-feira, 9 de junho de 2021 - 09h06
Cabe
à ciência mediar o campo extenso aberto entre o valioso conhecimento ancestral dos
povos da floresta sobre plantas medicinais e o charlatanismo, que consiste em
aconselhar e receitar medicações inócuas, inadequadas ou impróprias.
Essa
necessária mediação depende de apoio às pesquisas em andamento ou por iniciar.
No caso da pandemia e suas variantes, o risco de resvalar para receitas sem
comprovação precisa ser evitado para reduzir a mortalidade.
Contornada
a irresponsabilidade criminosa do charlatanismo, a mediação rápida da ciência
terá o poder salutar de incluir no portfólio da bioeconomia regional milhares
de produtos derivados da diversidade amazônica. Bem cotadas, onipresentes nos
conselhos das vovós índias e já com pesquisas bem-sucedidas, há o exemplo de
plantas como a unha-de-gato, anti-inflamatório reconhecido pela Anvisa.
Plantas
menos conhecidas, como o uxi amarelo, ou mais mencionadas, como a Marapuama,
também figuram em projetos de pesquisa com resultados animadores em diversos
campos. Tendo o cuidado de se prevenir contra o charlatanismo, que empurra
itens impróprios, desviando os enfermos da verdadeira cura ou os levando a
quadros de envenenamento por inadequação, só a ciência pode distinguir a
fitoterapia eficaz de um efeito que na pretensão de ser placebo conduz à piora
ou morte dos infelizes e crédulos pacientes/consumidores.
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Na peleja
Com
as malas prontas para o Patriotas e já formando uma coalizão para disputar a
reeleição, o governador Marcos Rocha já tem três grandes candidatos a Câmara
dos Deputados no seu arco de alianças, dentro da sua administração: o secretário
da Agricultura Evandro Padovani, o secretário da Saúde Fernando Máximo e Junior
Gonçalves, afastado da Casa Civil, mas já percorrendo o estado. Seu candidato
para a dobradinha ao Senado ainda não foi definido, mas deve sair de Ji-Paraná,
pelo que se comenta nos círculos políticos.
Obras federais
O
governo Bolsonaro retoma algumas obras em Rondônia neste verão, como é o caso
da dragagem do Rio Madeira, necessário para ampliar o corredor de exportação de
grãos na chamada hidrovia da madeira, ligando os portos de Porto Velho (RO) a
Itacoatiara (AM), pertencente ao arco norte de infraestrutura. Também foi iniciada
a ponte do Araras, que liga Nova Mamoré a Guajará Mirim, cuja ponte de ferro construída
nos idos da Estrada de Ferro Madeira Mamoré no século passado será substituída
e licitada a recuperação da BR 429.
Prévias tucanas
Os
tucanos são indecisos e ficam em cima do muro até para escolher seus candidatos
a presidência da República. Se depender do ex-presidente Fernando Henrique, o
nome a ser escolhido nas prévias que serão realizadas no mês de novembro, será
do senador Tasso Jereissati, alcunhado de Joe Biden brasileiro. Mas o
almofadinha João Dória (SP) e o governador Eduardo Leite (RS) já confirmaram a
intenção de participar do processo de escolha assim como o ex-prefeito de
Manaus Arthur Virgílio.
Polo da Amazônia
Encravado
no meio de Porto Velho e Cuiabá, o município de Vilhena vai se transformando
num dos maiores polos de desenvolvimento da Amazônia. Impulsionado pelo
agronegócio – principalmente pela soja, carne e derivados - o município que
mais cresce no estado se tornou um centro que irradia influencia para uma dúzia
de cidades rondonienses e mais meia dúzia do Mato Grosso. Com a bola toda,
Vilhena reconquistou os voos da empresa Azul pós-covid antes de Ji-Paraná (região
central) e Cacoal (Região do Café) já em operação.
As trajetórias
Vilhena
sobe como um foguete e pelo seu índice de crescimento se tornará o terceiro
maior município do estado nos próximos anos, ultrapassando Ariquemes, depois de
deixar Cacoal para trás. A cidade portal da Amazonia, lembra as trajetórias de
cidades impulsionadas pela soja pelo Brasil afora como Cascavel (PR), Rondonópolis
(MT), Barreiras e Luís Eduardo Magalhães (BA), Dourados (MS), entre tantas
outras. Não bastasse, o prefeito da cidade é muito bom: Eduardo Japonês vacina
até nos feriados ao contrário da maioria dos prefeitos rondonienses preguiçosos
e omissos no combate ao covid.
Via Direta
*** Nem bem foi o encerrado o ciclo de chuvas,
o nosso inverno amazônico e a estiagem já ameaça os estados do Acre e Rondônia *** O nível dos rios
tem caído muito e o lençol freático nas duas regiões já sofrendo as consequências
sinalizando desde já para uma seca severa no Norte do país neste
2021 *** Enquanto isto, em Manaus uma
cheia histórica atinge a metrópole amazônica, num contraponto do que ocorre em
Rondônia e no Acre *** Por lar no Acre o vizinho estado começou o processo
de licitação do seu Centro Administrativo Estadual e já foi obrigado a refazer
o primeiro edital pela justiça *** Muito
bafafá por lá. As obras do CPA estão orçadas em R$ 300 milhões.
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