Quinta-feira, 8 de outubro de 2020 - 11h22
O
já esperado sucesso da Conecta Sebrae Agrolab Amazônia trouxe uma certeza: o
modelo veio para ficar. Cerca de 60 mil visitas a pavilhões com a possibilidade
de contato direto com os responsáveis a qualquer instante nem sempre seria
possível em feira presencial. Os leilões virtuais de gado, rodadas de negócios
e experiências trocadas completaram o sucesso da Agrolab.
É
preciso que as comunidades amazônicas privilegiem atividades positivas como a
Agrolab, descoladas do ambiente de rancor, insultos e mau humor que turvam o
debate sobre o clima e o futuro da Amazônia. A péssima imagem do Brasil não vem
das atividades positivas e de sucesso empreendidas aqui dentro. Resultam do
negacionismo improdutivo e da arrogância de não aceitar críticas, recusar o
debate e a cooperação.
A
tese da soberania nacional não funciona, porque não há uma só nação contra.
Também é inútil a tese da “cobiça”. As críticas aos erros do governo brasileiro
na proteção e aproveitamento da região vêm de estrangeiros que “cobiçam” a
Amazônia ou a má imagem do país lá fora é um desastre causado aqui mesmo, por
prevaricação e ineficiência? Considerando que o mundo inteiro cobiça o Vale do
Silício, essa região deveria ter uma péssima imagem em todo o mundo, mas isso
não acontece. A Amazônia é o nosso Vale do Silício. A péssima imagem do Brasil
não é culpa de quem cobiça a Amazônia, mas de quem a maltrata.
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Pé de guerra
Com
posições antagônicas na capital, o prefeito Hildon Chaves (PSDB) e o govenador
Marcos Rocha (Patriotas) começaram a se estranhar nesta temporada. O prefeito
tucano é candidato a reeleição e o governador apoia Breno Mendes (Avante). Por
conta das diferenças, até a máquina de asfaltamento emprestada pelo DER a gestão
tucana por Confúcio foi retirada, sem cerimônia, de madrugada. Até suspeição de
roubo foi registrada em BO. A rusga desgasta ambas as partes e os adversários
comemoram a brigarada.
Vem de longe
A
retaliação a prefeitos, possíveis predadores dos governadores, vem de longe. Jerônimo
Santana, que foi prefeito de Porto Velho, asfixiou o seu vice que assumiu,
Tomás Correia que foi tratado a pão e água. Jerônimo preferiu estabelecer uma relação
de confiança, com um adversário, o prefeito Chiquilito Erse. O governador Piana
também não deu mole para José Guedes, Valdir Raupp idem. Cassol e Carlinhos viviam
às turras, Confúcio até que se entendeu com Mauro Nazif e agora Marcos Rocha e
Chaves entram em confronto.
O congestionamento
Alguns
setores da sociedade estão congestionados na disputa a vereança nos principais
municípios rondonienses e esta fragmentação de votos poderá lascar a vida dos
candidatos considerados competitivos. Chovem candidaturas na esfera militar, o
segmento evangélico está repleto de postulantes, a área de saúde também, bem
como a dos comunicadores. É tanto radialista e apresentador de TV, donos de
jornais eletrônicos disputando a vereança, que a coisa pode desandar nas urnas.
Grandes desafios
Os
15 candidatos ao Palácio Tancredo Neves, sede do governo municipal, instalado
no Prédio do Relógio começam a debater no horário gratuito os grandes problemas
de Porto Velho sobejamente conhecidos pela sofrida população, como saneamento
básico, com apenas a metade da população atendida recebendo água encanada e 4 por cento de cobertura
de esgoto. O combate as alagações, um problema histórico que tem se prolongado
por várias gestões. Saúde, educação, mobilidade urbana, aterro sanitário, nova
rodoviária, centro de convenções, um novo plano diretor, etc, etc.
O agravamento
Ante
o agravamento dos conflitos agrários em Rondônia, mais o assassinato de militares
na região de Mutum Paraná, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) conclamou o Ministério
da Justiça para resolver as questões e evitar novas vítimas no campo. Ao mesmo
tempo, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) veio a Rondônia para colher
subsídios a respeito na área conflitada a pedido do próprio presidente Jair
Bolsonaro. O Numero1 deve ter
aproveitado para gravar programas eleitorais para os aliados.
Via Direta
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As candidaturas laranjas que povoaram os partidos políticos nas eleições de
2018 estão de volta. Muitos partidos recorreram ao expediente novamente para
formatar os quadros partidários para disputa a vereança *** Já tinha adiantado nesta coluna que Vinicius Miguel, dando pinta de
favorito e predador, seria vítima de fakes News na temporada *** Não demoraram
para as armações ilimitadas aparecerem, mas acabou dando efeito contrário *** Explorando as mídias sociais, os candidatos
da era da pandemia seguem em frente na disputa dos cargos eletivos *** O
melhor espaço para o horário gratuito ficou para o prefeito Hildon Chaves
(PSDB) em Porto Velho *** Vai precisar
mesmo, porque o pau começa a cantar no tucano. Sorte mesmo foi o tucano barbudo
escapar dos debates no primeiro turno *** Mas no segundo, o bicho pega.
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