Sexta-feira, 3 de novembro de 2023 - 08h25
Mitos
e mentiras dificilmente desaparecem, no máximo ganham detalhes fantasiosos e
assustadores. Por isso é possível que a autorização concedida pelo presidente
Lula da Silva à entrada de 294 militares dos EUA para participar de um
exercício conjunto com o Exército Brasileiro, pela primeira vez na Amazônia,
venha a alimentar ainda mais as teorias da conspiração pseudonacionalistas que
veem o fim da soberania brasileira na região desde mapas astrais até a borra do
café.
A
tradição militar dos EUA de meter o nariz em todo lugar que interessa ao
governo gringo é um forte auxiliar de tais teorias. A lista de países aos quais
os EUA deslocaram seus militares com resultados trágicos é enorme, mas neste
caso não é uma intervenção motivada por ambição de conquista territorial, mas
de um exercício anual que por ser realizado pela primeira vez na Amazônia
parecerá aos desinformados algo novo e ameaçador.
A
notícia vai silenciar por alguns dias os deputados radicais do Partido
Republicano dos EUA que detestam o Brasil soberano. No plano interno, ninguém
tem argumentos sérios para contrariar os exercícios. Foram autorizados pelo
governo Dilma, em 2015, e realizados sem chiliques durante os quatro anos de
Bolsonaro. Em uma região cheia de problemas sociais e escrutinada metro a metro
por satélites, resmungar contra exercícios militares definidos em acordo entre
dois países amigos é como secar a seca.
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Comando petista
O
PT está elegendo seu novo comando para definir candidaturas próprias ou
alianças nas eleições municipais do ano que vem em Rondônia. O partido vem de
uma série de derrotas depois de uma década bem-sucedida, quando elegeu prefeito
na capital, uma senadora, dois deputados federais e quatro estaduais. Hoje em
dia tem apenas uma deputada estadual, Claudia de Jesus, diga-se de passagem a
deputada mais atuante da Assembleia legislativa que é lotada de machões bolsonaristas
conservadores. A primeira avaliação é de candidatura própria nos principais
polos regionais, casos de Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena.
Em Caravana
Lideranças
amazonenses e rondonienses estão em caravana para Brasília para pressionar o
governo federal e o Ministério dos Transportes para a pavimentação integral da
BR 319, que conecta Manaus a Porto Velho, num trecho de quase 900 quilômetros,
sendo que 450 deles, o chamado meião, totalmente deteriorado necessitando de
asfaltamento. Além disto existem duas pontes para serem restauradas, arrebentadas
durante o inverno amazônico passado. Com a estiagem, a navegação da hidrovia da
madeira prejudicada, o abastecimento do Amazonas depende agora apenas do modal rodoviário.
Base governista
Com
a base governista do mandarim Marcos Rocha repleta de postulantes à prefeitura
de Porto Velho fica difícil para se encontrar um nome que seja de consenso com
o aliado Hildon Chaves, prefeito de Poro Velho. Sabe-se que se depender de
Rocha, seu candidato seria Fernando Máximo (UB), do lado de Hildon Chaves ele
tem como aliada a ex-deputada federal Mariana Carvalho (Progressistas). Mas
ainda na base do govenador existem os nomes de Leo Moraes (Podemos) e Marcelo
Cruz (Patriotas) e a deputada federal Cristiane Lopes (UB). E juntar todos no
mesmo palanque será difícil.
Mudanças climáticas
Temos
uma estiagem severa em Rondônia, Acre e Amazonas, a desertificação no Piauí, as
enchentes nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná,
acompanhadas de tornados cada vez mais frequentes sinalizam as mudanças climáticas
se alternando entre tsunamis e grandes incêndios florestais, sejam nos países
da América do Sul, ou mesmo na Europa. Em Porto Velho, nos 43 anos vivenciando
por aqui, este é o ano mais quente no período. E se a cada dez anos temos
grandes cheias no Rio Madeira, no ano que vem, teremos mais uma de grandes
proporções.
Fundão eleitoral
A
fome dos políticos é realmente difícil de saciar. Não bastasse R$ 4,9 bilhões
do fundo eleitoral, as gordas emendas parlamentares, rachadinhas, indicações de
apaniguados para as esferas municipais, estaduais e federais, agora os partidos
projetam ampliar para R$ 6 bilhões os recursos do fundão eleitoral para as
eleições municipais do ano que vem. A classe política é realmente insaciável e
a cada legislatura nas câmaras municipais, Assembleias Legislativas e no Congresso
Nacional se vê muitos recursos indo para o ralo que poderiam ser investidos em
saúde, educação e segurança pública.
Via Direta
*** Em vista do grande aumento no tráfico
de drogas em Rondônia, a fiscalização das autoridades aumenta no aeroporto internacional
Jorge Teixeira, na região do Aeroclube, na região portuária e nas rodovias
federais ***
Os cartéis tem usado Rondônia como uma verdadeira “Ceasa” das drogas, como
centro distribuir para os estados com conexões para o sul e nordeste do País ***O deputado Adjuto Afonso (União Brasil-AM)
apresentou projeto de lei para regularizar o garimpo do ouro em Humaitá e
Manicoré *** Ele atende reivindicação dos prefeitos e vereadores dos respectivos
municípios amazonenses que apoiam a atividade garimpeira nas águas barrentas do
Rio Madeira.
Importantes causas rondonienses não foram para frente nos últimos anos
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