Quinta-feira, 1 de dezembro de 2022 - 08h20
O
que torna imprescindível vencer de uma vez por todas a polarização eleitoral é
o prejuízo que ela causa ao país. Copiada dos EUA, por lá já abala a liderança
mundial da nação norte-americana, que até o início do século parecia sólida e
invencível. Para o Brasil, já destroçou a imagem positiva que o país tinha no
exterior, resultando em sérios prejuízos para a economia, livre trânsito para
as doenças, recaída na pobreza, manutenção do atraso relativo e sofrimentos
estendidos aos povos da floresta.
Passadas
as eleições, o Brasil deveria estar unido, mas ainda não tem orçamento nem políticas
claras para 2023 e anos seguintes. O desmatamento ilegal continua e o governo
estadunidense está prestes a pôr em prática as chamadas Sanções de Magnitsky.
A pretexto (ou intenção) de reprimir os criminosos por trás do desmatamento na Amazônia,
se elas forem de fato deflagradas agentes americanos autorizados pelo governo de
lá vão meter a colher nos nossos assuntos do mesmo jeito que sempre fazem no
Oriente Médio, por exemplo.
Cada
novo dado sobre piora no desmatamento apertará novos gatilhos nas Magnitsky.
Claro que a espertíssima diplomacia dos EUA é mestre em dourar a pílula e
sempre que possível consegue colaboração interna nas áreas em que age. Algumas
sanções são congelar ativos dos EUA e impedir seus cidadãos e empresas de negociar
com quem for carimbado como inimigo.
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Crimes na fronteira
Vem
aí mais um ministro da Justiça, agora sob a escuderia do PT e aliados, contando
com a simpatia dos militares. Quiçá seu comportamento seja diferente dos
antecessores que passaram por aqui que se limitavam a visitar o Forte Príncipe
da Beira em Costa Marques e se esqueciam das mazelas na fronteira com a Bolívia,
que se tornou um monumental polo internacional dos carteis do tráfico de
cocaína, de armas e contrabando de cigarros. Precisamos de grande apoio do novo
ministro para asfixiar o crime organizado que tomou conta do estado.
A nova base
Na
nova base aliada do presidente Lula, além do PP e legendas do chamado
“Centrão”, teremos siglas como o União Brasil – onde está alojado o ex-ministro
da Justiça Sergio Moro – o PSD de Gilberto Kassab que apoiou Tarcísio de
Freitas ao governo de São Paulo e o MDB de Michel Temer. Para garantir a governabilidade,
o novo gestor do Palácio do Planalto já tem aproximadamente 16 legendas e com
isto, garantida a necessária governabilidade para o próximo governo, mesmo sob
chiadeira dos bolsonaristas raivosos. Com forças políticas tão dispares serão necessários
líderes do Congresso bem articulados para evitar desvios da boiada.
Repartindo o butim
Fico
imaginando como será dividido o butim da nova base governista em Rondônia, com
tantos partidos. Até o PSD, que em Rondônia apoiou o bolsonarista Leo Moraes
(Podemos) terá seu quinhão e já tem até um nome na Comissão de Transição que é
Expedito Neto. O União Brasil é um novo aliado e também vai querer sua fatia.
Menos indicações, portanto, para os aliados históricos, como o PT, o PDT, o
PSB, o PC do B alinhados desde o início da campanha eleitoral. Em Rondônia
existem cargos federais apetitosos para indicação e as articulações neste
sentido já começaram.
Novos rumos
Com
a eleição do governador eleito Eduardo Leite (RS) a presidência nacional do
PSDB, os tucanos ganham novos rumos e desde já tem um provável candidato a presidência
da república na sucessão de Luís Inácio Lula da Silva. Novas perspectivas
também para o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (União Brasil-PR), eleito senador
pelo Paraná. Seu partido está se aliando a base aliada do novo presidente e ele
acabará isolado na legenda na defesa do bolsonarismo. Talvez se veja na contingência
de trocar de legenda ingressando no PL de Jair Bolsonaro com quem ficou
amiguinho,
Temor ruralista
Os
ruralistas bolsonaristas de Rondônia estão aflitos com a possibilidade da
nomeação da deputada federal eleita por São Paulo Marina Silva para o
Ministério do Meio Ambiente no governo Lula. Temem até a paralisação da pavimentação
da BR 319 com novos entraves ambientais. Também os bolsonaristas do meio rural
e aqueles que acompanham as manifestações defronte o quartel da 17 BIS em Porto
Velho, revelam temores com a volta de invasões de propriedades como ocorriam
com os sem-terra em décadas passadas. Por último, receiam ainda que o comunismo
se instale do País com uma ditadura de esquerda.
Via Direta
*** Os designados “ratos traidores” na
campanha do governador Marcos Rocha começam a ser substituídos. O primeiro
deles foi o deputado estadual Luizinho Goebel (PSC-Vilhena) na liderança do
governo n Assembleia Legislativa *** Em seu lugar foi indicado o deputado estadual
Alan Queiroz (Podemos-Porto Velho) que deverá continuar na nova legislatura que
começa em fevereiro *** E seu sogro, o ex-secretário
Evandro Padovani não vai nem ter direito nem passar perto da Secretaria da Agricultura
no próximo governo *** Os senadores Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) e Jayme
Bagatoli (PL-Vilhena) farão oposição ao futuro governo Lula. Já, o senador Confúcio
Moura (MDB) vai integrar a base parlamentar de sustentação de Luís Inácio Lula
da Silva *** Na Câmara dos Deputados,
Coronel Crisostomo (PL-Porto Velho) e Silvia Cristina (PL-Ji-Paraná) estarão no
bloco oposicionista ao Planalto.
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