Segunda-feira, 14 de novembro de 2022 - 09h29
Os
EUA vêm de propor a criação de um comércio de carbono que invista cerca de US$
100 bilhões até o fim da década, com a meta de eliminar entre 1,3 bilhão e 2,3
bilhões de toneladas de poluição climática. É mais um capítulo da novela
“descoberta da pólvora”, pois esse caminho já está indicado pelo menos desde 1771,
quando Joseph Priestley iniciou o estudo da fotossíntese e abriu caminho ao
conhecimento da bomba biológica.
Ano
após ano, como se fosse refrão de samba antigo, a ideia de criar um sistema
eficiente para o comércio de carbono reaparece nas cogitações dos líderes
mundiais. Sabem criticar inimigos reais ou imaginários, soltam no ar propostas humanitárias
e discursam copiosamente sobre pátria e liberdade, mas são omissos em fornecer
meios concretos para efetivar as boas ideias com rapidez, ciência e eficácia
equivalentes aos ataques “cirúrgicos” que matam inimigos via drones e mísseis.
O
que se vê, assim, é o avanço da própria pólvora: a cada dia, por conta da
guerra na Ucrânia e as ameaças de conflito entre China, EUA e Rússia, aparecem
melhores e mais sofisticados instrumentos de guerra. Meios para matar mais
gente surgem do nada, enquanto métodos rápidos e eficazes para privilegiar a
vida, oferecendo estímulo aos povos das florestas, aos produtores rurais e donos
de terras, patinam na areia movediça das boas intenções. Mais vida ou mais
pólvora, eis a questão.
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Nova rodoviária
A
boa notícia em torno da construção da nova rodoviária é que a área já foi
regularizada pela prefeitura de Porto Velho. A má é que a entrega do novo
terminal está prevista para o distante 2024 e como geralmente existem
imprevistos da moléstia já não dá para contar como certa esta conclusão no
prazo anunciado e o exemplo vem das previsões da municipalidade sobre as
reformas do Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, todas furadas até
agora. Para começar as obras da nova rodoviária ela ainda terá que ser
transferida para o antigo terminal de coletivos, que por sua vez ainda precisa
ser reformado. Arre! Vai tempo.
Tigres
no capão
Eu
fico imaginando como será um governo de coalizão em Rondônia, aglutinando
tantos partidos e aliados com interesses dispares para as eleições municipais e
para a sucessão do próprio governador Marcos Rocha em 2026. Serão muitos tigres
no mesmo capão e isto resulta em patadas, ferroadas e unhadas a toda hora. Vai
ser preciso firmeza do governador Marcos Rocha para unificar tantos projetos eleitorais
futuros. Rocha, ele mesmo, como os ex-governadores que se reelegeram- deverá
disputar uma cadeira ao Senado, enfrentando os projetos de reeleição de Marcos
Rogério (PL-Ji-Paraná) e Confúcio Moura (MDB-Ariquemes).
Jogo de estratégia
Já
se sabe desde já que os governistas vão lançar dois candidatos ao Senado em
2026 porque serão duas cadeiras para serem renovadas e estas candidaturas darão
sustentação ao projeto do atual prefeito Hildon Chaves de galgar o Palácio Rio Madeira.
Um destes postulantes, citado acima, será Marcos Rocha, o outro deverá sair de
um “vestibular” entre Leo Moraes (Porto Velho), Mariana Carvalho (Porto Velho),
Alex Redano (Ariquemes) e outros nomes de Ji-Paraná e Cacoal. Enfim, o que se
vê é que Hildon Chaves e Rocha não dormem no ponto e já estão com seus projetos
em andamento.
Marcha municipalista
Mais
uma marcha municipalista será realizada este ano em Brasília, de 27 a 30 de
março, programada para apresentar ao novo presidente, deputados federais e
senadores as grandes demandas dos municípios que já não suportam mais tantos
encargos nas suas costas destinadas por sucessivos governos federais. Desde o início
do mês os prefeitos rondonienses têm viajado para Brasília na caça de recursos
de emendas parlamentares para complementar seus orçamentos apertados. Poucos
municípios de Rondônia sobrevivem com arrecadação própria. Todo mundo de pires
na mão.
Efeito manada
Em
toda eleição rondoniense ocorre pelo menos um “efeito manada” virando as
eleições ao governo de Rondônia ou ao Senado de cabeça para baixo. Em 2022 o fenômeno
ocorreu beneficiando o candidato ao Senado Jaime Bagatolli (PL-Vilhena) num fantástico
vira-vira sobre Mariana Carvalho. Entender como funciona o efeito manada é que
são elas. Se a população de Rondônia, com maioria bolsonarista, escolheu um
político da extrema direita ao Senado, acreditava-se que aconteceria o mesmo ao
governo. Rogério até saltou na frente no início do segundo turno, mas em seguida,
mesmo beneficiado por uma debandada de lideranças governistas, (no caso
qualificado por Junior Gonçalves de “ratos traidores”) ele levou a virada de
Rocha do bolsonarismo suave.
Via Direta
*** Mesmo com o início do inverno
amazônico a estiagem castiga grande parte dos municípios do vizinho estado do
Amazonas com efeitos na sua economia, principalmente no transporte de
mercadorias pelos rios com problemas de navegação para as embarcações *** Uma nova
subvariante do coronavirus está causando aumento da incidência da doença em
todo o País. São Paulo e estados do Nordeste já sofrem as consequências *** Ninguém denúncia receptadores de cabos elétricos
roubados em Porto Velho mesmo com oferta de recompensa de R$ 5 mil. E para
complicar a situação os bueiros nas ruas também estão sendo roubados aos montes
pela cidade *** Num governo de alianças, o governador Marcos Rocha está
selecionando indicações dos seus novos aliados, como do clã Cassol e o deputado
federal Leo Moraes. Vem aí um novo secretariado num governo de coalizão.
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