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Carlos Sperança

Contradição nórdica + A terra das surpresas + Taca-lhe o pau! + Difícil punição


Contradição nórdica + A terra das surpresas + Taca-lhe o pau! + Difícil punição  - Gente de Opinião

Contradição nórdica

Haverá algo de pobre no reino da Noruega? A nação europeia, que o Brasil tem como nação próspera e amiga, socialmente a mais desenvolvida do mundo, foi chamada a explicar a contradição entre financiar a preservação ambiental na Amazônia e ao mesmo tempo prejudicar a floresta.

Apanhar contradições entre discurso e prática dos políticos brasileiros investidos em funções administrativas não requer esforço. O que sai da boca não bate com as contas e planilhas. Quem atira pedras no presidente Jair Bolsonaro por tentar vender uma imagem menos ruim do Brasil em seu discurso na ONU deveria também atirá-las nos governadores e prefeitos que fazem das tripas coração tentando fazer a gestão real corresponder às promessas feitas nas campanhas eleitorais.

A verdade, porém, é melhor que a fantasia. A primeira, embora difícil de aceitar, leva logo à busca de soluções, enquanto fantasiar equivale a jogar a sujeira para baixo do tapete até o mau cheiro obrigar alguém a ver o que se esconde por baixo dele e abrir processo de impeachment.

O livro A luta pela floresta: Como a Noruega ajuda a proteger e a destruir o meio ambiente no Brasil, de Torkjell Leira, é polêmico desde o título. Só uma leitura atenta poderá responder se existe algo de pobre no reino da Noruega. Por aqui sobra pobreza e a Noruega certamente pode ajudar a reduzi-la. 

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A surpresa

Em Porto Velho, a terra das surpresas, a primeira já surgiu na largada. Trata-se do coronel Ronaldo Flores (Solidariedade), que uniu no mesmo palanque o ex-governador Daniel Pereira e o deputado federal Mauro Nazif (PSB) antigos aliados que separados eram presas frágeis nesta peleja, mas unidos são fortes. Nos últimos dias Flores recebeu o apoio de uma carrada de vereadores de outros partidos e é o candidato que mais somou reforços nesta largada.

O engajamento

Em Porto Velho, O Diretório Municipal do PDT desistiu da candidatura de Ruy Motta, para apoiar o emergente Vinicius Miguel, candidato do Cidadania, que pilota uma aliança de três partidos, incluindo o Novo. O engajamento pedetista tem o mérito de garantir maior tempo de televisão na propaganda gratuita e a adesão do forte movimento negro da sigla brizolista, muito bem articulado e com uma militância combativa já nas as ruas.  Um grande trunfo do jovem Vinicius que já está encantado com este apoio.

Taca-lhe o pau!

Nos meios políticos, um dos primeiros critérios para se saber se o candidato está bem é quando leva bordoadas de todo lado. Levar cacete quer dizer que o cara largou bem, que incomoda os adversários. Na largada da corrida sucessória na capital, os três que estão levando mais pedradas são o prefeito Hildon Chaves (PSDB), Vinicius Miguel (Cidadania) e Eyder Brasil (PSL). Quando perceberem o avanço de Ronaldo Flores vai sobrar para ele também.

Pau no predador

Em Porto Velho é assim, quando um político dá pinta de predador, como Vinicius, logo os adversários se unem, não deixam o cara sequer tirar a cabeça da toca e o cara já leva umas boas pancadas. É uma tradição política, os antigos caciques locais já faziam isto. Por isto, os parlamentares federais rondonienses estão em outros palanques: Mariana com Hildon, Crisóstomo com Eyder Brasil, Mauro Nazif com Ronaldo Flores, Leo Moraes ainda se decidindo, mas não vai apoiar Vinicius, Confúcio com Willians Pimentel, etc, etc.

Difícil punição

Existem vários pedidos para a punição do deputado estadual Lebrão (MDB), por causa do escândalo das propinas em São Francisco do Guaporé que redundou na prisão da sua filha Lebrinha - e rolei de dar risadas. Na Assembleia Legislativa de Rondônia para rolar cassação de um parlamentar é necessária uma penosa e prolongada negociação. É preciso quase suplicar para que o parlamentar aceite a punição como já ocorreu em ocasiões anteriores. Porque tudo isto? Porque senão o cassado abre o bico. É mais fácil um afastamento temporário, para inglês ver.

 

Via Direta

*** Com a maior bancada de deputados federais no Congresso Nacional, o PT mostra força disputando as eleições em 4 mil municípios brasileiros *** Em Porto Velho, o PT se uniu para eleger Ramon Cajui a prefeitura, um nome até então desconhecido na praça *** Eleições 2020: Páreo equilibrado em Vilhena entre o preito Eduardo Japonês (PV) e a ex-prefeita Rosani Donadon (PSC)  *** Um resultado imprevisível nesta revanche no cone sul rondoniense, sempre repleto de rivalidades tribais *** Já em Cacoal, com a prefeita Glauciony Nery presa e afastada por 120 dias, o deputado estadual Fúria está nadando de braçadas para chegar ao Palácio do Café *** Com a recente operação nacional da Policia Federal, fica explicado a existência de tantas farmácias em Porto Velho de redes nacionais. È coisa de louco!

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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