Quinta-feira, 1 de outubro de 2020 - 08h54
Haverá
algo de pobre no reino da Noruega? A nação europeia, que o Brasil tem como
nação próspera e amiga, socialmente a mais desenvolvida do mundo, foi chamada a
explicar a contradição entre financiar a preservação ambiental na Amazônia e ao
mesmo tempo prejudicar a floresta.
Apanhar
contradições entre discurso e prática dos políticos brasileiros investidos em
funções administrativas não requer esforço. O que sai da boca não bate com as
contas e planilhas. Quem atira pedras no presidente Jair Bolsonaro por tentar
vender uma imagem menos ruim do Brasil em seu discurso na ONU deveria também
atirá-las nos governadores e prefeitos que fazem das tripas coração tentando fazer
a gestão real corresponder às promessas feitas nas campanhas eleitorais.
A
verdade, porém, é melhor que a fantasia. A primeira, embora difícil de aceitar,
leva logo à busca de soluções, enquanto fantasiar equivale a jogar a sujeira
para baixo do tapete até o mau cheiro obrigar alguém a ver o que se esconde por
baixo dele e abrir processo de impeachment.
O
livro A luta pela floresta: Como a
Noruega ajuda a proteger e a destruir o meio ambiente no Brasil, de Torkjell
Leira, é polêmico desde o título. Só uma leitura atenta poderá responder se
existe algo de pobre no reino da Noruega. Por aqui sobra pobreza e a Noruega
certamente pode ajudar a reduzi-la.
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A surpresa
Em Porto
Velho, a terra das surpresas, a primeira já surgiu na largada. Trata-se do
coronel Ronaldo Flores (Solidariedade), que uniu no mesmo palanque o ex-governador
Daniel Pereira e o deputado federal Mauro Nazif (PSB) antigos aliados que
separados eram presas frágeis nesta peleja, mas unidos são fortes. Nos últimos
dias Flores recebeu o apoio de uma carrada de vereadores de outros partidos e é
o candidato que mais somou reforços nesta largada.
O engajamento
Em Porto
Velho, O Diretório Municipal do PDT desistiu da candidatura de Ruy Motta, para
apoiar o emergente Vinicius Miguel, candidato do Cidadania, que pilota uma
aliança de três partidos, incluindo o Novo. O engajamento pedetista tem o
mérito de garantir maior tempo de televisão na propaganda gratuita e a adesão
do forte movimento negro da sigla brizolista, muito bem articulado e com uma
militância combativa já nas as ruas. Um grande
trunfo do jovem Vinicius que já está encantado com este apoio.
Taca-lhe o pau!
Nos
meios políticos, um dos primeiros critérios para se saber se o candidato está
bem é quando leva bordoadas de todo lado. Levar cacete quer dizer que o cara
largou bem, que incomoda os adversários. Na largada da corrida sucessória na
capital, os três que estão levando mais pedradas são o prefeito Hildon Chaves
(PSDB), Vinicius Miguel (Cidadania) e Eyder Brasil (PSL). Quando perceberem o
avanço de Ronaldo Flores vai sobrar para ele também.
Pau no predador
Em Porto
Velho é assim, quando um político dá pinta de predador, como Vinicius, logo os
adversários se unem, não deixam o cara sequer tirar a cabeça da toca e o cara
já leva umas boas pancadas. É uma tradição política, os antigos caciques locais
já faziam isto. Por isto, os parlamentares federais rondonienses estão em outros
palanques: Mariana com Hildon, Crisóstomo com Eyder Brasil, Mauro Nazif com
Ronaldo Flores, Leo Moraes ainda se decidindo, mas não vai apoiar Vinicius, Confúcio
com Willians Pimentel, etc, etc.
Difícil punição
Existem
vários pedidos para a punição do deputado estadual Lebrão (MDB), por causa do
escândalo das propinas em São Francisco do Guaporé que redundou na prisão da
sua filha Lebrinha - e rolei de dar risadas. Na Assembleia Legislativa de Rondônia
para rolar cassação de um parlamentar é necessária uma penosa e prolongada
negociação. É preciso quase suplicar para que o parlamentar aceite a punição
como já ocorreu em ocasiões anteriores. Porque tudo isto? Porque senão o
cassado abre o bico. É mais fácil um afastamento temporário, para inglês ver.
Via Direta
*** Com a maior bancada de deputados federais
no Congresso Nacional, o PT mostra força disputando as eleições em 4 mil
municípios brasileiros *** Em Porto Velho, o PT se uniu para eleger Ramon Cajui a
prefeitura, um nome até então desconhecido na praça *** Eleições 2020: Páreo equilibrado em Vilhena entre o preito Eduardo
Japonês (PV) e a ex-prefeita Rosani Donadon (PSC) *** Um resultado imprevisível nesta
revanche no cone sul rondoniense, sempre repleto de rivalidades tribais *** Já em Cacoal, com a prefeita Glauciony
Nery presa e afastada por 120 dias, o deputado estadual Fúria está nadando de
braçadas para chegar ao Palácio do Café *** Com a recente operação nacional
da Policia Federal, fica explicado a existência de tantas farmácias em Porto
Velho de redes nacionais. È coisa de louco!
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