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Carlos Sperança

Corrida Migratória: brasileiros que foram, estão voltando para a casa como andorinhas com as asas quebradas


Corrida Migratória: brasileiros que foram, estão voltando para a casa como andorinhas com as asas quebradas - Gente de Opinião

Com pressa, mas cuidado  

Com uma cláusula no projeto de reforma tributária, o debate sobre a regulamentação do mercado dos créditos de carbono já abarca meia dúzia de propostas diferentes sem que os povos da floresta estejam bem integrados às discussões para definir uma política geral para o setor, na qual devem figurar itens essenciais como plano de manejo e a forma de distribuição dos benefícios vindos com a REDD+, mecanismo da ONU criado para confrontar a piora do clima com opções adequadas e rentáveis de uso do solo. 

Assunto no qual o governo anterior fraquejou e o atual ainda bate cabeça diante do cipoal de opções apresentadas, o que vai funcionar será uma política geral que implique boa gestão e clara definição sobre como os diversos atores envolvidos devem agir para que favorecer o interesse geral. O mecanismo em estudo no governo para a reforma tributária é um imposto sobre emissões de carbono, onerando quem polui mais. Válido, se for para financiar a transição energética verde e reduzir as emissões.

“Sem o devido cuidado”, afirmou a agrônoma Ima Vieira, pesquisadora do Museu Emílio Goeldi com doutorado na Inglaterra, “os instrumentos de mercado de carbono não se constituem em oportunidades, mas verdadeiro perigo às comunidades amazônidas e ao patrimônio público”. Há uma justa pressa para definir, mas com a devida cautela para que a fórmula final seja a melhor em benefício da nação e dos povos da floresta.

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As oportunidades

Com a corrida migratória aos Estados Unidos, Portugal, Espanha  e ao Japão já exaurida – e muito brasileiros que foram já voltando para a casa como andorinhas com as asas quebradas e cheia de dor ou expulsos destes países como indesejáveis – os imigrantes rondonienses buscam novas alternativas para deixar o Brasil. Parte do contingente de brasileiros buscando novas oportunidades tem como objetivo agora se fixar no Canadá, carente de mão de obra. Outra opção, mais complicada é a China que já está dificultando os vistos. São filas enormes em busca do visto nos passaportes em São Paulo.

Novas estimativas

A nova estimativa oficial para a construção da nova rodoviária de Porto Velho, para substituir o atual cartão postal às avessas da capital rondoniense, é de dez meses de obras, fato que já jogaria sua entrega a população para 2024. Mas antes do início das obras é necessário reformar os galpões na orla do Rio Madeira, para onde será transferido o terminal provisoriamente, demolir toda a estrutura atual na Av. Jorge Teixeira, para então começar aquele prazo de 10 meses. Gente, já é coisa muito enrolada se as previsões forem confirmadas. Mas nunca se confirmam

As nomeações

Para conquistar a necessária governabilidade, o governo Lula, depois de se acertar com os presidentes da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) e do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e parte do famigerado Centrão, agora se vê obrigado lançar mão de centenas de cargos de segundo escalão para partidos bolsonaristas se quiser aprovar seus projetos de reformas no Congresso Nacional. Até agora as nomeações de cargos federais estavam emperradas. Aqui no Estado de Rondônia poucos cargos foram preenchidos e os partidos da base aliada do presidente petista já estão chiando.

Maior trapalhada

Este reajuste brutal do IPTU em Porto Velho foi a maior trapalhada de todos os tempos nestas bandas. Na sua ação de inconstitucionalidade para acabar de vez com o projeto, o Ministério Publico mostrou evidências de aumento em até 2000 por cento em cima dos pobres contribuintes da capital rondoniense. A trapalhada começou com a empresa contratada para tratar do projeto do aumento, seguiu com a falta de revisão nas secretarias de Fazenda e Planejamento e acabou com a aprovação dos vereadores trapalhões que aprovaram a proposta, a toque de caixa e sem ouvir a população. É coisa de louco!

A mobilização

A mobilização de Porto Velho anti-reajuste, que resultou na ação do Ministério Púbico, foi comandada pela OAB-RO que foi sensível a causa da população. Com ela, várias entidades se uniram se manifestando contra ao que os políticos queriam impor aos contribuintes. Sem toda esta união de esforços a coisa ficaria com esta, com o povo pagando o pato pelas composições políticas palacianas, lembrando a idade média quando os senhores feudais faziam as coisas goelas abaixo dos sofridos aldeões. Na opinião pública se acredita que os vereadores aprovaram a vilania por conta de R$ 1,2 milhão de emendas que vão receber durante 2023 para gastar em suas campanhas de reeleição.

Via Direta

*** Uma temporada que o interior rondoniense esta padecendo horrores com o inverno amazônico. As chuvas têm castigado muito a região o Vale do Jamari, mas outras regiões do estado também estão com suas estradas vicinais em pandarecos *** Os prefeitos acreditam que com os governos itinerantes do governador Marcos Rocha será possível refazer todos os estragos. Muitas pontes foram levadas pelas águas *** Muitos dos deputados estaduais de Porto Velho derrotados no pleito do ano passado vão tentar cadeiras na Câmara de Vereadores no pleito do ano que vem. É uma forma de recomeçar suas carreiras políticas, algumas em franca decadência eleitoral ***Até agora a venda de ovos de páscoa não decolou na capital. Todo mundo a espera de promoções...

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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