Segunda-feira, 24 de maio de 2021 - 11h55
Com
sabedoria, o general Omar Zendin, chefe do Centro de Coordenação de Operações
do Comando Militar na Amazônia, disse em recente entrevista que “não existe
vazio na geopolítica”. De fato, nações que não cuidam de seus territórios se
fragilizam e abrem as brechas por onde os inimigos penetram. Inimigos externos,
com interesses econômicos e estratégicos próprios, e internos – aqueles que não
cumprem as leis, prevaricam e causam prejuízos ao país e a seus habitantes.
O
conceito de que a natureza abomina o vácuo vem de longe na filosofia, de
Aristóteles a Spinoza, logo passando para o domínio da Física: o que se imagina
vácuo é preenchido sempre por alguma coisa. Isso também se reflete nos governos.
Negar problemas quando não se sabe ou não se quer resolvê-los ou buscar
soluções superfaturadas jamais caem no vazio. Cedo ou tarde o que se tinha como
vácuo é preenchido com a condenação de quem se julgava com poder demais para
ser apanhado.
Bandidos
de todos os matizes tentaram se aproveitar do que supunham estar vazio e
desocupado na Amazônia. No século XVII, como bem lembrou o general Zendin, Pedro
Teixeira subiu o Rio Amazonas a remo e impediu que holandeses e franceses
ocupassem amplas porções da floresta, que hoje provavelmente nem seria
brasileira. O olho do criador engorda o gado, é certo, mas prestar atenção ao
pasto faz toda a diferença.
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Ovos da serpente
Como
se sabe, os conjuntos habitacionais mais populosos de Porto Velho, como Orgulho
do Madeira (Zona Leste), Morar Melhor (Zona Sul) e Cristal da Calama, na região
do Planalto e Lagoa Azul, se transformaram nos grandes redutos das facções
criminosas que mandam e desmandam por lá. Com o mesmo modus operandi praticado
nos morros cariocas, expulsam moradores de casas e apartamentos para vendas
posteriores e exploram os moradores com pedágios. São os ovos da serpente que
estão eclodindo e se multiplicando.
Cassolismo em peso
Impressiona
como o cassolismo está povoando os quadros do Partido Solidariedade, que tem o
comando no estado de Rondônia do ex-governador Daniel Pereira, hoje superintendente
do Sebrae. Nomes como os dos ex-deputados Tziu Jidaia (Ariquemes), do ex-prefeito
e deputado federal Carlos Magno (Ouro Preto do Oeste), estão entre tantos cassolistas
que ingressaram no partido para futuras disputas. Muita gente estranhou a união
do ex-petista Pereirinha com o cassolimso, mas nada mais assusta. Até Lula e
FHC estão pulando cirandinha.
Filiações expressivas
As
lideranças petistas em Rondônia acreditavam numa grande revoada de filiações ao
partido de Lula depois do recente sucesso nas pesquisas de opinião já apontando
o ex-presidente como principal oponente do atual mandatário Jair Bolsonaro na
disputa pelo Palácio do Planalto em 2022. Mas não foi o que ocorreu até agora.
Nenhuma liderança de expressão no estado se filiou ao partido. Talvez com a
janela partidária se abrindo, permitindo as mudanças pelos deputados de
legendas as coisas mudem de figura.
Corrida ao Senado
A
corrida pela única cadeira ao Senado em Rondônia na eleição do ano que vem já
indica uma série de candidatos examinando as possibilidades de entrar na
peleja. Vejam alguns deles: 1-Jayme Bagatolli (PSL-Vilhena) 2- Expedito Junior
(PSDB-Rolim de Moura) 3- Leo Moraes (Podemos -Porto Velho) 4 –Thiago Flores (Ariquemes)
5- Valdir Raupp (MDB-Rolim de Moura) 6- Jaqueline Cassol (PP-Cacoal) 7-Ramon
Cujui (PT-Porto Velho) entre outros nomes cogitados nos meios políticos.
Pé de guerra
Manaus,
que foi um grande polo bolsonarista no pleito de 2018, ameaça virar a casaca.
Suas principais lideranças acusam o presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ministro
da Saúde Pazuello de ter transformado a metrópole amazônica numa cobaia para o
enfrentamento da pandemia gerando um dos maiores colapsos mundiais da saúde nos
últimos tempos. Bolsonaro vai ter que caprichar na sua lábia e no aumento dos
valores do auxílio social para reverter a situação em terras amazonenses que,
diga-se de passagem, padece com a pior cheia dos últimos anos.
Via Direta
*** Com o verão os insumos da construção
civil sofreram novas altas em Porto Velho. Está tudo o olho da cara, coisa de
louco ***
A população reclama da falta de estrutura dos grandes conjuntos habitacionais
na capital rondoniense, que vai desde segurança pública a creches e postos de
saúde *** O complexo histórico da
Estrada de Ferro Madeira Mamoré foi todo reformado e se tornou um novo cartão
postal de Rondônia, mas sua vizinha, a região do Cai N’Água segue como um
cartão postal às avessas, como é também é a rodoviária da capital ***
Poucas empreiteiras que engabelaram os governos
municipais e do estado em Rondônia abandonando obras, inclusive casas e
apartamentos rachados foram punidas *** É
um grande negócio: os empreiteiros recebem a parte do leão da obra e depois se
mandam...
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