Quinta-feira, 27 de agosto de 2020 - 11h19
Lidando
com as coisas da Amazônia não só agora, quando exerce a presidência do
Conselhão da Amazônia, o vice-presidente Hamilton Mourão reconheceu que a
ausência do Estado no cumprimento de suas obrigações é um dos grandes problemas
da região. Nem se trata da velha conversa sobre o tamanho: o que está em
questão é a eficiência.
No
caso da floresta, a ausência do Estado é percebida, dentre outros fatores,
pelos que enchem a boca de palavras sobre soberania mas não combatem a
prevaricação que deixa o crime tomar conta, em todas as suas variantes. A
Constituição traz, até em pormenores, a receita para um Estado eficiente.
Começa pelo cumprimento, sem evasivas nem tergiversações, dos termos inscritos
na própria Carta Magna: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e,
sem nenhuma dúvida, eficiência.
Legalidade
é obedecer à lei sem distorcê-la por interesses de pessoas ou grupos.
Impessoalidade não é fazer do gestor o beneficiário do poder. Moralidade não é
arrogância preconceituosa. Publicidade não é propaganda. E eficiência não é
volume de gastos, mas, dentre outras coisas básicas, a relação custo/benefício.
A ausência do Estado será ainda pior com a ausência dos entes privados e da
sociedade no equacionamento dos problemas. Sendo o sol o melhor desinfetante,
expor os problemas franca e abertamente será o começo da solução.
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A retomada
A retomada
da popularidade do prefeito Hildon Chaves, El Barbudón, está deixando eufórico
o atual alcaide e assessores. Ele que tinha iniciado a gestão como um foguete,
aclamado como um novo Chiquilito, decaiu tanto no meião da sua gestão que
chegou até ficar deprimido. Mas ao contrário das expectativas, Chaves retomou o
prestígio, sua aceitação se multiplicou geometricamente nos últimos meses e ele
vai deixar o prédio do relógio em alta podendo almejar outras conquistas a
partir de 2022.
Fora da tumba!
Posso
considerar a recuperação política de Hildon Chaves um caso raro na capital
rondoniense, cujo eleitorado está acostumado a fritar prefeitos em fogo alto.
Lembro de ex-prefeitos como Tomás Correia, José Guedes e Carlinhos Camurça que
caíram para a série B da política local e não conseguiram mais se erguer. Vejam
também o caso do ex-alcaide Mauro Nazif que teve dificuldades em se eleger
deputado federal em 2018, mas se safando da vala comum. El Barbudón, então fica
de fora daquele ditado popular local de que a prefeitura de Porto Velho é “uma
tumba de políticos”.
As
projeções
A
eleição de 2022 já tem três prováveis candidatos ao governo do estado e eles já
estão agindo por Rondônia afora. Na verdade, as eleições municipais serão pano
de fundo para o confronto entre os caciques, o governador Marcos Rocha (sem
partido), senador Marcos Rogério (DEM) e deputado federal Lucio Mosquini, o
ungido de Confúcio Moura e o MDB para a peleja. Outros políticos já estão se
coçando também, entre eles o atual vice-governador já afiando o punhal da traição
para 2022. Já são pelo menos quatro.
Vacas de presépio
Com
a maioria funcionando como vacas de presépio na legislatura, os atuais vereadores
de Porto Velho são ameaçados agora pelo desejo de renovação do eleitorado. No
pleito de 15 de novembro mais da metade deve sucumbir nas urnas pela
ineficiência constatada nos últimos anos. Incompetentes na fiscalização do
Executivo, omissos em questão relevantes. Só pensavam no próprio umbigo e em
armar impeachments para negociar.
Novos caminhos
Os caciques, ex-senador Expedito Júnior (PSDB)
e o senador Marcos Rogério (DEM) estão tomando caminhos diferentes na disputa
da prefeitura da capital já revelando possíveis lados opostos no pleito de
2022. Em Porto Velho, Expedito e o
prefeito Hildon Chaves, apoiando o ex-secretário Thiago Tessari, e o senador Marcos
Rogério, apostando em Fabricio Jurado, um nome novo na política, filho de
família tradicional nestas paragens.
Via Direta
*** O clã Cassol segue
com o nome de Cristiane Lopes na peleja da prefeitura na capital. Já, os Raupps
perdoaram o pupilo Pimentel pelo punhal da traição levado na convenção do ano
passado e devem apoiá-lo na sua segunda tentativa de conquistar o Paço Tancredo
Neves, transferido para o prédio do relógio *** Está em gestação a coalizão liderada pelo PSD/PSDB. A composição
está lançando um nome novo na política, repetindo o que foi feito com Hildon
Chaves *** Constato, nas minhas primeiras sondagens de campo alguns nomes
realmente com baixa rejeição na peleja da prefeitura da capital *** São os casos de Vinicius Miguel
(Cidadania), Thiago Tessari (PSD), Fabricio Jurado (DEM) e Cristiane Lopes (PP)
*** Na reta final a baixa rejeição ajuda muito, pode até virar o jogo como
já ocorreu em pleitos anteriores. Amanhã falo dos mais rejeitados e El
Pilantroviski da Universal está no meio.
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