Segunda-feira, 18 de novembro de 2024 - 07h55
Em todo
o mundo se tornou obrigatória a pergunta “e agora, com a eleição de Trump nos
EUA?” Mao Tsé-tung disse que se os chineses pulassem ao mesmo tempo o mundo
tremeria, mas o pulo que Trump deu ao esmagar a candidata democrata fez o mundo
se assustar. Ampliando a pergunta, como ficará a Amazônia com Trump de volta?
Melhor ou pior que hoje?
A
índole dos democratas é meter o bedelho em tudo, em todo o mundo, como se viu
na desastrosa guerra na Ucrânia, que poderia ser evitada com simples bom-senso
diplomático. Com a Amazônia não foi diferente: o fracassado presidente Joe
Biden também quis interferir na floresta, mas sua prioridade foi a guerra – com
isso, cedeu migalhas para a Amazônia em risco e fortunas para alimentar um
conflito sem nenhuma razão ou utilidade a não ser para os interesses da máquina
industrial da guerra e para um filho dele com estranhos negócios na Ucrânia.
Já
Trump, em seu primeiro governo, ignorou a Amazônia. Foi coerente com o
pensamento tradicional dos republicanos, que priorizam os assuntos domésticos.
Com os EUA em grave crise, a tendência é Trump se fechar no protecionismo,
deixando a Europa de lado e fechando o país aos concorrentes estrangeiros, como
a China. O mercado brasileiro, com a Amazônia inclusa, pode se beneficiar dessa
tendência. Biden finge, Trump não liga, mas já é impossível ignorar que a
Amazônia está no jogo – e nos negócios.
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Pé na estrada
Aproveitando
sua presença no poder com a viagem do titular ao exterior, o vice-governador Sergio
Gonçalves, pré-candidato ao Palácio Rio Madeira em 2026 colocou o pé na estrada,
antecipando o processo da corrida eleitoral ao CPA em 2026. Ele tem como triunfos
sobre os possíveis oponentes a máquina azeitada da atual administração, o bom
relacionamento com prefeitos, vereadores e deputados estaduais, e um legado
razoável do atual mandatário Marcos Rocha (União Brasil). Como empecilho, um
bolsonarismo rachado, já que os senadores Marcos Rogério e Jaime Bagatolli – além
do deputado federal coronel Chisostomo - não rezam a mesma cartilha dos palacianos
do CPA.
Natal e Ano Novo
No
final do ano as atividades políticas sofrem alguma redução em Porto Velho, mas
ao menos com especulações do secretariado do prefeito eleito Leo Moraes (Podemos),
a eleição do próximo presidente da Câmara de Vereadores – já acertado pelo
grupo majoritário com Gideon Negreiros na presidência – e a despedida do
prefeito atual Hildon Chaves (PSDB) que vai deixar saudades. Quer largar o Prédio do Relógio em grande estilo,
inaugurando a nova rodoviária ainda no final deste mês de novembro ou em meados
de dezembro. Já arrasou com a iluminação de Natal no Parque da Cidade. Mas quem
decola no Natal é o Papai Noel, no carnaval o Rei Momo.
Contratações
Com
muito dinheiro injetado neste final de ano em Porto Velho, as lojas já começam
a trabalhar com contratações temporárias com vistas ao Natal e Ano Novo. Mas dá
pena de ver a situação a Av, 7 de setembro, a mais tradicional, no centro
antigo da capital rondoniense. Muitas lojas fechadas outras tantas fechando,
tantas ainda resistindo uma situação que só vem se deteriorando pela falta de
vagas de estacionamento e de segurança com tantos drogados e mendigos
arrombando estabelecimentos pela madrugada. Tem comerciante que já teve as
vitrines quebradas uma dúzia de vezes só no decorrer deste ano. É coisa de
louco!
Preocupação
Mesmo
com milhares de financiamentos pré-aprovados para aquisição da casa própria, a
Caixa Econômica Federal-CEF não está conseguindo disponibilizar recursos para
as operações almejadas pelos mutuários. Os financiamentos, que no ano passado desde
os meados de 2024 eram liberados em menos de 45 dias agora se espicham
indefinidamente com grande chance dos interessados levarem a porta na cara. O
brutal recuo de depósitos na caderneta de poupança seria o principal motivo das
medidas restritivas adotadas pela instituição bancária para aprovação de novos
processos.
Asas crescidas
Prestem
atenção em três prefeitos eleitos nesta temporada em Rondônia. Estão de asas
crescidas e podem disputar cargos ao governo estadual ou ao Senado nas eleições
de 2026: 1- Adailton Fúria (PSD) que foi reeleito em Cacoal. 2-Afonso Cândido (PL)
em Ji-Paraná e Flori Cordeiro (Podemos) em Vilhena, também reeleito. Esta
geração de alcaides lembra uma geração de alcaides nos anos 80/90 que teve grande
projeção no cenário estadual que são os casos de Melki Donadon (Vilhena), Divino
Cardoso (Cacoal), José Bianco (Ji-Paraná), Ernandes Amorim (Ariquemes) e Chiquilito
Erse em Porto Velho.
Inspeções necessárias
Enquanto
o atual prefeito Hildon Chaves (PSDB) vai se despedindo do prédio do relógio,
investindo em publicidade dos seus feitos administrativos – e muitos deles
realmente de relevância – o prefeito eleito Leo Moraes (Podemos) desenvolve uma
série de visitas as creches, postos de saúde e outros órgãos públicos para se
inteirar da real situação da Prefeitura de Porto Velho. Mesmo com um legado
positivo, da atual gestão, Leo está envolto em desafios de grande monta,
principalmente no combate as alagações. Reconfigurar o sistema de drenagem
fluvial, também é preciso colocar em andamento a implantação do sistema de saneamento
(água e esgoto), necessidades urgentes.
Parte do acordo
Parte
do acordo envolvendo o atual governador Marcos Rocha (União Brasil) e o vice-governador
Sergio Gonçalves, para as eleições 2026, que redundou no punhal da traição de
ambos em Mariana Carvalho, é que Rocha vai disputar o Senado, Gonçalves o
governo estadual e que Junior Gonçalves apoie a primeira dama Luana Rocha para
uma cadeira a Câmara dos Deputados. A primeira parte do acordo será facilmente
cumprido, o segundo, ainda existem dúvidas pois os manos Gonçalves têm o
controle do União Brasil e Junior já trabalha em ritmo de candidato a um cargo
eletivo em 2026
Via Direta
*** Na semana o colunista que vos fala
entra em recesso para tratamento de saúde, ficando fora dos meandros políticos durante
pelo menos uma semana. Já perto dos 70, preciso de uma recauchutagem para ficar
voduzando os políticos pilantras ***A Rema TV queria promover um debate entre os
candidatos a presidência da OAB, -RO, mas o candidato da oposição refugou o confronto.
Os adversários aproveitam para taxa-lo de fujão *** Fugir os debates não é boa estratégia, Mariana por exemplo se deu
mal na peleja pela prefeitura fugindo da maioria dos embates *** Trocando
de saco para mala, a rede de supermercados Gonçalves não está dando mole para a
concorrência. Se espichou mais ainda na Zona Leste e já chegou até a Vila
Mariana.
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