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Carlos Sperança

Das vacinas ao 5G + Caso Lebrão + Nova rodoviária + A estratégia


Das vacinas ao 5G + Caso Lebrão + Nova rodoviária + A estratégia - Gente de Opinião

Das vacinas ao 5G

Ao expulsar seu candidato a prefeito em São Paulo, Filipe Sabará, o Partido Novo enfrenta o velho problema de todos os demais partidos, que na grande maioria nunca se fizeram respeitar exigindo fidelidade a princípios, programas, ética e moralidade. Ao sair atirando, Sabará denunciou o cacique João Amoêdo pela pretensão de ser o dono do partido.

O velho problema consiste em que os candidatos escolhem uma sigla e a emprestam, alugam ou até compram para a candidatura. Depois de eleitos a descartam, nas janelas legais ou à espera de melhores ofertas. No fundo, não se trata mais de política, mas de meros negócios. Comprar, vender e alugar são práticas fáceis de explicar com um vasto arsenal de recursos “filosóficos”. Na falta destes, basta acusar algum desafeto de algo escabroso para justificar as traições e encerrar o assunto.        

Também não é política líderes com mandatos, deveres patrióticos e de Estado bancar garotos-propaganda de produtos ou empresas, seja no caso de vacinas, remédios para dor de barriga ou empresas para a rede 5G. Política é a atitude republicana de favorecer o amplo debate para que as comunidades técnica e científica apresentem estudos e motivos para embasar uma decisão de Estado, que leve em conta os interesses gerais da sociedade e não de seitas. Muito do que andam chamando de “política”, na verdade, é o contrário dela.

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Caso Lebrão

Com um cipoal de rabos amarrados, existem dificuldades em punir o deputado estadual Eurípedes Lebrão (MDB) no caso das propinas. Terão que pedir por favor, implorar para que ele aceite pelo menos um afastamentozinho. Ocorre que se ele for contrariado, pode abrir o bico e isto não interessa a ninguém naquelas bandas. Interessante, que em caso anterior semelhante, o atual acusado pela sua outrora integridade foi escolhido na Comissão de Ética para a expedição punitiva e teve que negociar dentro deste mesmo modus operandi com faltosos.

A punição

Numa antiga punição de parlamentares sabe-se que uma legisladora, depois de muito negociar sua cassação, aceitou uma importância em dinheiro, muitos cargos comissionados para apadrinhados e tantas outras indicações no governo do estado para capitular. Na época ainda se dava uma resposta a sociedade. Ela berrava para todo mundo ouvir que se fosse cassada ia junto com ela mais uma dúzia para a degola. Não sei se é o mesmo caso atualmente, mas tudo caminha para pizza, com apenas um afastamento temporário – e negociado.

Nova rodoviária

O prefeito Hildon Chaves (PSDB) começou a se explicar sobre um dos pontos de desgastes na sua campanha a reeleição que é a construção da nova rodoviária prometida na campanha passada pelo alcaide e não cumprida, sequer iniciada. Ele afirma que a responsabilidade da obra é do governador do estado e já cobrou do mandatário três vezes uma posição e não obteve resposta. Na opinião pública se acredita que ele e o governador estão num jogo de empurra e os dois vão pagar esta conta em pleitos futuros, em 15 de novembro deste ano e depois em 2022.

A estratégia

O candidato do PSL a prefeitura de Porto Velho Eyder Brasil e o do Avante Breno Mendes fazem uma campanha agressiva contra a atual administração municipal. O objetivo é quebrar a polarização existente entre o prefeito tucano Hildon Chaves e o postulante da Cidadania Vinicius Miguel. A eleição está chegando e o jovem Vinicius também leva pau, com muitos fakes News nas mídias sociais. Mas é como massa de pão, quando mais leva cacete, mais cresce.

Nas capitais

Nas capitais, alguns candidatos a reeleição ameaçam ganhar a parada em primeiro turno, como os casos dos prefeitos   Kalil (Belo Horizonte) e Rafael Grecca (Curitiba). Já, em Porto Velho a situação é diferente e o tucano Hildon Chaves vai ter que suar a camisa assim como seus colegas de tucanato Bruno Covas (SP) e Nelson Marquezan (Porto Alegre), para se manter mais quatro anos no prédio do relógio, já que seu teto inicial é muito baixo para enfrentar a oposição num já previsível segundo turno. Hildon precisa se vitaminar e minimizar os desgastes.

Via Direta

 *** Diante de performances pálidas, na campanha da capital rondoniense, tem candidato a prefeitura de Porto Velho pensando em jogar a toalha. Faltam recursos e as pesquisas não ajudam nos seus QGs *** Eleição 2020 em Rondônia: Em Vilhena o coronel Rildo Flores já ameaça o favoritismo do prefeito Eduardo Japonês (PV) e Rosani Donadon (PSC) *** Witzel no Rio de Janeiro e Carlos Moisés em Santa Catarina foram os dois primeiros governadores alvo de impeachment da atual fornada eleita em 2018. *** E segue processo de afastamento também contra o governador do Amazonas, ainda sem desfecho *** Os candidatos a vereança na capital rondoniense choram como andorinhas com as asas quebradas e pardais órfãos. Segundo eles, falta ajuda dos postulantes majoritários. É coisa de louco!   

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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