Domingo, 7 de abril de 2024 - 15h05
A
sigla STF (Supremo Tribunal Federal) paira sobre o Brasil como o Sombra,
personagem do escritor Walter B. Gibson que perguntava: “Quem sabe o mal que se
esconde nos corações humanos?” O Sombra sabia e o STF também tem a presunção de
saber, pois lhe cabe a última palavra sobre as maldades institucionais
brasileiras e penas severas são impostas na atualidade a crimes contra o Estado
e suas instituições.
No
passado, os opositores do regime eram julgados nas masmorras da polícia
política, onde sofriam castigos de torturas, pau de arara e choques elétricos.
Ali não havia juízes de toga. Hoje, em lugar da tortura, direito à defesa e
penas definidas pelo Código Penal. Em vez de choques e espancamentos,
multas.
No
caso das maldades amazônicas, cometidas pelos criminosos ambientais, os omissos
e os prevaricadores, a última palavra do STF pode ter sido a determinação ao
governo federal para tomar medidas de combate ao desmatamento a partir de metas
específicas de prevenção e combate aos incêndios, com recursos cabíveis e
participação das duas casas do Congresso Nacional.
No
mais, valem o já determinado no Plano de Ação para Prevenção e Controle do
Desmatamento na Amazônia e as metas estabelecidas: redução do desmatamento em
80% até 2027 e em 100% até 2030. Não cumprir as metas será o equivalente a
torturar o mundo com a piora dos desastres ambientais.
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Meio do caminho
Seria
uma bela e empolgante largada com uma polarização inicial bem definida entre a
ex-deputada federal Mariana Carvalho e o deputado federal Fernando Máximo na
corrida sucessória ao Prédio do Relógio, sede do poder executivo municipal. No
entanto, para não perder o mandato na Câmara dos Deputados com a troca de
legenda, Máximo recuou da filiação ao PL e permaneceu no União Brasil já afirmando
que desistiu da postulação a prefeito, ficando na beira da estrada. Ao meio de
tudo isto, Mariana Carvalho ingressou no União Brasil e será a candidata do
prefeito Hildon Chaves (PSDB) e do governador Marcos Rocha, expoente do União
Brasil.
Cartas de Mariana
Foram
muitas emoções no final de semana. Agora as cartas na manga da pré-candidata
Mariana Carvalho se constituem no apoio do prefeito Hildon Chaves e do governador
Marcos Rocha. É uma candidatura super chapa branca, contando com o prestigio e
a popularidade do alcaide tucano e possivelmente com a máquina poderosa do
governo estadual. Vai pilotar uma grande coalizão partidária e tem como desafio
unir tantas correntes políticas no mesmo balaio para não ser prejudicada ao
longo da campanha. Hildon e Marcos Rocha vão tentar garantir vitória da ungida
já no primeiro turno.
Opções de Máximo
Como
tem sido lembrado, com receio de perder o cargo com a punição pela troca de
partido, Fernando Máximo permaneceu no União Brasil e sem garantia de contar
com a legenda, já que o partido fechou com a ex-tucana Mariana. Não se sabe
qual será o caminho de Máximo. Sendo adestrado pelo governador Marcos Rocha,
apoiará também Mariana, caso se transforme em rebelde, com mágoa por ter sido
preterido, terá como opção se alinhar a candidatura de Leo Moraes (Podemos). As
especulações se multiplicaram nas últimas horas
Pouco espaço
Nesta
primeira avaliação dos nomes já postos para as convenções partidárias, sem
Fernando Máximo, aumenta geometricamente o espaço para o crescimento de candidaturas
alternativas, como a de Vinicius Miguel (PSB), provavelmente liderando uma
coalizão de esquerda e da surpresa de última hora, de centro, como a juíza
aposentada Euma Tourinho (MDB) galgar o segundo turno, assim como para Benedito
Alves (SOL) e Samuel Costa (Rede). No entanto, se Leo Moraes (Podemos) entrar
no jogo, tudo muda de cabeça para baixo novamente. Ele já entraria na peleja
polarizando com Mariana.
Bolsonarismo
Também
entendo que para a Frente de Esquerda ficar mais competitiva na peleja 2024 com
Vinicius Miguel (PSB) seria necessária uma aliança envolvendo o MDB. Com esta
união de forças, a coalizão poderia funcionar com mais estrutura para o
enfrentamento aos candidatos bolsonaristas – Mariana e provavelmente Leo Moraes
- cujos partidos estão com a carteira recheada com o fundão eleitoral. Sem
Máximo na moita, Vinicius e Euma melhoram suas chances de chegar ao segundo
turno –se tiver! -, desde que Leo Moraes (Podemos) também fique de fora da
disputa. Leo, é o nome mais identificado como oposição ao grupo político do prefeito
Hildon Chaves.
Via Direta
*** No final de tudo esperava-se que o
governador Marcos Rocha (União Brasil) honrasse a palavra de aliança com o
prefeito Hildon Chaves apoiando Mariana Carvalho, desmentindo todos os bocudos *** Este colunista
bocudo chegou a cogitar a possibilidade do mandarim do CPA empunhar o punhal da
traição no alcaide, mas sua decisão foi honrar o compromisso firmado *** E o ex-governador Ivo Cassol entra em cena já
buscando encrenca com o ex-governador Confúcio Moura *** Lembrando que nas
pelejas anteriores, esbravejando que El Carecon
era frouxo e banana, ele levou a pior nas urnas apoiando seu ungido João Cahula
ao governo estadual. Segue a briga.
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