Quarta-feira, 2 de junho de 2021 - 08h28
Não
é honesto a qualquer nação impor a outras seus costumes, modo de vida ou
interesses. Seria justo o Brasil romper acordos firmados com a França por
discordar da forma com que o presidente Emmanuel Macron trata os coletes
amarelos? Não, mas o ministro francês do Comércio Exterior, Franck Riester,
orientou seu governo a não assinar o acordo Mercosul–União Europeia porque a
seu ver o presidente Jair Bolsonaro não se comporta como ele gostaria nos
assuntos amazônicos.
A diplomacia
brasileira precisa com urgência contornar esse tipo de atrito, readquirindo a
capacidade de negociar elementos simples e objetivos, começando por entender
que não se deve misturar assuntos de governo com eleições. Essa mistura causa
confusões e prejuízos. Preservar as políticas de Estado das brigas das bolhas
eleitorais é um dever das forças vivas de uma nação.
O
mau exemplo vem do próprio presidente Macron, com olhos fixos nas eleições do
ano que vem. Como fera acuada pela popularidade em queda, sente-se pressionado
pelos movimentos verdes, que cresceram nas últimas eleições, e pelos militares,
que temem uma guerra civil por conta do comportamento personalista do
presidente. Como a França pesa muito na Europa, será difícil, por ora, salvar o
acordo Mercosul-EU, vítima da incapacidade dos homens públicos de separar
interesses próprios das políticas de Estado, que são permanentes.
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Mais próximo
O
governador de Rondônia Marcos Rocha vai acompanhar a família Bolsonaro na filiação
aos Patriotas. Os eventos começaram com o ingresso do senador Flávio Bolsonaro,
filho do presidente. Com isto o mandatário rondoniense tem a expectativa de
contar com o apoio presidencial em Rondônia, levando a melhor na disputa com o
concorrente Marcos Rogério que se notabilizou pela defesa do governo federal na
CPI da Covid. Os outros possíveis candidatos bolsonaristas por aqui são Ivo Cassol
(PP) e Jayme Bagatoli (PSL).
Baita otimismo!
Largando
na ponteira nas primeiras sondagens para a eleição ao governo do estado no ano
que vem, o ex-governador Ivo Cassol não esconde o otimismo, se sente ungido por
Deus e assegura que de cada 100 pessoas nada mais nada menos do que 80 estão
com ele nesta peleja sucessória. Ninguém duvida da sua liderança, mas 80 por
cento é um exagero e na capital menos da metade disto. E depois Rondônia é a
terra das grandes viradas, grandes favoritos já tombaram pesadamente por aqui e
ainda mais, concorrendo sub-judice, a disputa será muito desgastante
Nos municípios
Na
avaliação do governo de Rondônia, o estado está entre os últimos em termos de
vacinação contra o coronavirus no País por conta das administrações municipais.
O próprio secretário de Estado da Saúde Fernando Máximo abre o jogo sobre a
morosidade que ocorre nos municípios cujas pastas da saúde não estão bem ajustadas
ao Plano Nacional de Imunização, pois chegam a paralisar as atividades nos
domingos e feriados. De fato, estamos numa guerra nacional contra a peste do
covid e não se justifica fechar os postos de vacinação nos feriados.
Os bolsonaristas
Além
de prefeitos e secretários da saúde municipais preguiçosos que não querem vacinar
nos domingos e feriados, se vê os estados de governadores bolsonaristas, como
Rondônia, Acre e Roraima, patinando na vacinação e ocupando os últimos lugares
no ranking dos estados mais atuantes no Plano Nacional de Imunização. Com a
terceira onda do covid chegando, os alcaides deveriam se preocupar mais com a
pandemia, pois a continuidade da doença representa mais vítimas e mais retração
da economia nos municípios.
Numa fria
Os
quatro deputados estaduais eleitos com votos evangélicos querem se livrar da
concorrência do ex-presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia Maurão de Carvalho
(MDB) estimulando uma nova candidatura do representante da região do Café ao
governo do estado. Maurão, que entrou numa fria ao postular o CPA em 2018,
pegando um MDB rachado, diz que vai examinar com cuidado a proposta, mas seu projeto
original é se eleger deputado estadual e voltar ao comando da Assembleia Legislativa.
Via Direta
*** Pelo que se viu durante a semana
passada o clã Carvalho aderiu ao bolsonarismo em Rondônia *** Mesmo barrados no
baile na fronteira mexicana, imigrantes rondonienses que desejavam se instalar
nos Estados Unidos, prometem voltar assim que for possível *** Agora a tentativa vai ficar mais difícil, pois os EUA fechou acordo
com o governo mexicano para barrar os brasileiros já nos aeroportos daquele
País*** Não bastasse o covid, a dengue voltou com tudo em algumas regiões
do estado*** Vai ser um ano difícil para
os rondonienses já que o aumento das queimadas vai acelerar as queimadas nestas
bandas *** O pior de tudo é que a fumaceira de Rondônia se junta com a
boliviana, a do MT, do AC e do sul do Amazonas por aqui. É coisa de louco!
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