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Carlos Sperança

Descapitalizar o crime + Trunfo de Lula + Os pré-candidatos + Senado disputado


Descapitalizar o crime + Trunfo de Lula + Os pré-candidatos + Senado disputado - Gente de Opinião

Descapitalizar o crime

O governo é formado por alas que no geral funcionam como entidades à parte nos ministérios e setores que receberam do núcleo duro do poder. Quando não se combinam em torno de propósitos comuns colidem em ruidosos choques. É por conta da fragmentação e falta de unidade que o presidente Jair Bolsonaro não consegue aprovar muitos projetos encaminhados. As colisões mais ruidosas ocorrem entre a burocracia estatal e a ala “ideológica”. Quando elas coincidem, o governo consegue aprovar matérias sem recorrer ao “varejão” do Congresso.

Diante da péssima imagem do Brasil no exterior, a burocracia e a ideologia parecem convergir para a necessidade de mostrar ao mundo que o Brasil não está indiferente aos crimes ambientais e decidiu de fato combater o desmatamento ilegal.

É o que se deduz da importante decisão, no âmbito do Ministério da Justiça, de definir o plano de ação da segunda fase da operação Guardiões do Bioma. Com a participação da Força Nacional, polícias em geral, Ibama e órgãos ambientais dos estados, o foco da operação indica sua importância e urgência.

Com ações previstas já para janeiro, o Ministério da Justiça avisa que a intenção é “identificar e responsabilizar os financiadores, descapitalizar as organizações criminosas envolvidas nesses crimes e intensificar o policiamento em áreas críticas de quatro estados”. Se der certo, o mundo vai aplaudir.

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Trunfo de Lula

Com o ex-presidente Lula pulando muito a frente nas pesquisas presidenciais numa disputa polarizada com o atual presidente Jair Messias Bolsonaro já se vê boas condições do PT rondoniense lançar uma candidatura exequível ao Palácio Rio Madeira. A janela partidária deve tornar mais viva esta possibilidade e se o candidato petista local não galgar um previsível segundo turno contra os bolsonaristas Marcos Rocha, Ivo Cassol e Marcos Rogério, Lula terá na mão por aqui o ex-governador Confúcio Moura (MDB), o único nome antibolsonarista de expressão nestas bandas na peleja estadual, como uma boa carta na manga.

Nos estados

Indaga-se por aí se a nova onda Lula teria condições de eleger nomes petistas ou de partidos alinhados ao Senado e ao governo do estado em Rondônia, onde o partido se desmoronou nos últimos anos. Os nomes mais tradicionais petistas em Rondônia são Roberto Sobrinho, Fátima Cleide, Lazinho da Fetrago e Anselmo de Jesus, ou novatos como Ramon Cujuí. Lembrando que a prioridade dos partidos nesta eleição de 2022 é emplacar deputados federais já que o novo rateio do fundão eleitoral vai depender da representatividade dos 32 partidos no Congresso Nacional. Sem federais, sem dinheiro no bolso.

Os pré-candidatos

Começam os preparativos para os secretários estaduais e municipais deixarem as pastas para disputar os cargos eletivos nas eleições do ano que vem. No governo estadual nomes do quilate do secretário da Agricultura Evandro Padovani, do secretário chefe da Casa Civil Junior Gonçalves, do secretário da Saúde Fernando Máximo, entre outros. Na prefeitura de Porto Velho entram na peleja o coronel Ronaldo Flores, o professor Vinicius Miguel, o superintendente de Distritos Luís Claudio, entre outros nomes cogitados para 2022. O governador Marcos Rocha e o prefeito Hildon Chaves já pensam nas devidas substituições.

Senado disputado

Teremos uma disputa acirrada pelo Senado em Rondônia na eleição 2022. A coisa começa com os ex-senadores Valdir Raupp (MDB) e Expedito Junior (PSD), vai com Jayme Bagatolli (PL), passa pelo ex-governador Daniel Pereira (Solidariedade), o deputado federal Leo Moraes (Podemos), o ex-ministro da Previdência Amir Lando, a ex-senadora Fatima Cleide (PT), o atual presidente da Assembleia Legislativa Alex Redano (Progressistas). Um cenário de muita pulverização de votos com a regionalização das candidaturas. Quem fizer o dever de casa, ganhando bem na sua região leva, desde que não faça feio na capital, onde está um terço do eleitorado rondoniense.

 Tem favoritos

Neste cenário descrito acima sobre o pleito temos dois favoritos para a única cadeira ao Senado. Valdir Raupp, reconciliado com Confúcio é muito forte na peleja. Igualmente Expedito Junior que tem obtido grandes votações nos pequenos e médios municípios do estado e tem como aliados Marcos Rogério e Hildon Chaves. Mas o calcanhar de Aquiles dos dois rolimorenses é Porto Velho, onde o grande nome nesta disputa é o deputado federal Leo Moraes. Este padece ainda de folego no interior. Algo que pode ser compensado pela dobradinha com o candidato ao governo Ivo Cassol. Segue o jogo com chances para todos devido fragmentação do eleitorado.

 

Via Direta

*** Agora, se tudo der certo – e pelo rumo das coisas dificilmente dará - até 2023 teremos uma nova rodoviária a ser construída no mesmo lugar do atual terminal rodoviário conforme o prefeito Hildon Chaves *** Infelizmente o local da rodoviária foi definido sem audiências públicas, consultas a Câmara de Vereadores e a população e isto vai dar mais problemas mais adiante  **** Nem começou o ano eleitoral e a política vai se acirrando e com possíveis alterações no quadro de candidaturas para 2022 *** A aproximação Lula (PT) com Ciro Gomes (PDT) antevê os dois juntos num eventual segundo turno *** Em Rondônia o ex-governador Daniel Pereira começa a movimentar o seu partido, o Solidariedade, com encontros regionais. Ele articula uma grande aliança para o ano que vem *** A semana foi de muita chuva e muita alagação nos bairros de Porto Velho. Impressiona também o número de telhados residenciais e de prédios comerciais danificados pelas ventanias.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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