Sábado, 7 de novembro de 2020 - 06h02
Por
que há tantos indecisos e descrentes nesta campanha eleitoral em Porto Velho,
em Rondônia e neste País? Com eleições diretas para todos os cargos desde 1989,
ainda há eleitores ingênuos ou indiferentes, mas a impressão geral é que o
eleito não perde o mandato se não cumprir as promessas feitas e ao se corromper
se livra pagando bons advogados. Não é surpresa, nesse caso, que haja tantos
eleitores descrentes com as eleições. Vendidas como se fossem a vontade do povo,
põem em risco a respeitabilidade da própria democracia. Sem precisar cumprir promessas,
os eleitos podem prometer à vontade na campanha eleitoral, comandada por especialistas
em manipular consciências e sentimentos.
Estudando
os públicos, os marqueteiros criam iscas para atrair atenções e convencer a
audiência. Capturando massas de eleitores que vão às urnas votar no que foi prometido
e nas imagens maquiadas pelos estrategistas publicitários, o eleito raramente
corresponde ao “produto” que a propaganda vendeu.
A margarina
ruim será evitada na próxima compra, mas o eleito ficará traindo o voto por quatro
ou oito anos. Mesmo que se corrompa, com boa retaguarda jurídica, paga pelos
contribuintes, poderá desviar recursos e usar o tráfico de influência durante o
mandato, esconder o que der e se apanhado devolver um pouco, anos depois, via
delação premiada. Sem o mandato revogável, a desconfiança só vai aumentar.
.....................................................................
Reta final
Temos
dois fatores que podem causar desequilíbrio na eleição de Porto Velho e que já ocorreram
em pleitos anteriores. O efeito Manada, aquela tendência do eleitorado agir em
bando, atuando em favor de determinado candidato e o chamado voto útil, no caso
a escolha do candidato oposicionista pelo eleitor em melhores condições de
bater o poder dominante, leia-se o comando do alcaide Hildon Chaves e seu guru
Expedito Junior. E quando ocorre o voto útil podem desabar outros candidatos oposicionistas
até então bem posicionados.
O invisível
Disputando
a eleição na capital rondoniense em condições de fragilidade, já que substituiu
Ted Wilson, recentemente, que teve o registro da sua candidatura impugnado,
Leonardo da Luz entrou numa fria e é o nome mais invisível da atual campanha.
Não tem sido colocado até em pesquisas, cujos institutos chegaram a ignorá-lo.
Para marcar presença o PRTB fez questão de manter uma candidatura majoritária e
mandou Leonardo da Luz para a escuridão.
Guerra de pupilos
Temos
todo tipo de rusgas na eleição em Porto Velho. Uma delas é entre os pupilos do
governador Marcos Rocha, Breno Mendes (Avante) e Lúcio Mosquini (MDB), pupilo
do senador Confúcio Moura e ungido para disputar o governo do estado em 2022.
Breno Mendes defendendo a bandeira de Marcos Rocha, Mosquini a escuderia de Williames
Pimentel. Tudo começou quando Breno atacou a bancada federal com seu coordenador
Mosquini se arrepiando todo.
Situação cômoda
Sem
dúvida a situação mais cômoda dos candidatos a reeleição em Rondônia é a do delegado
Araújo em Pimenta Bueno. Ele assumiu a municipalidade em situação adversa e
ninguém quer pegar a “bomba”, por isto tornou-se o único interessado no Palácio
Barão do Melgaço considerado tumba de prefeitos. Por lá já foram cassados uns
três desde a sua criação ao final da década de 70. A cidade que já teve lideranças
fortes, do porte de Vicente Homem Sobrinho, hoje padece de força política para
projetar a Princesinha da BR.
Terra Legal
Da
mesma forma em que o ex-governador Confúcio Moura (MDB) abriu sua campanha à
reeleição, priorizando a regularização fundiária em todo o estado, o atual
governador Marcos Rocha (sem partido) deu início a sua, anunciando o projeto
“Meu Imóvel Legal”, uma versão estadual do Programa Terra Legal, da esfera
nacional, que não funcionou. Pagar salários em dia do funcionalismo e cumprir
com as obrigações com os credores e mais a regularização fundiária, foram armas
dos governos anteriores para o sucesso. Confúcio também foi bem-sucedido com
habitação popular no seu governo.
Via Direta
*** No afunilamento da campanha, os
candidatos a vereança na capital rondoniense aceleram o ritmo de visitações em
busca dos indecisos ***
O Dr. Bandeira (PSB) investe na Zona Leste, Alex Palitot (PTB) é forte no
funcionalismo público, Carlinhos Maracanã perante o setor cultural *** E na bolsa das apostas, Edwilson Negreiros
é considerado nome de ponteira nesta peleja, com grande estrutura de campanha e
o apoio unificado de todo clã Negreiros. É pódio certo *** O marketing
tucano acertou a mão na campanha a reeleição do prefeito Hildon Chaves e mostrou
prestigio: O alcaide chegou a trocar seu jatinho intercontinental acostumado a
voar a Buenos Ayres e Miami, por ônibus de transporte coletivo na
terceiro-mundista Porto Velho *** Cutucadas
a parte, a tarifa única foi uma grande sacada tucana. Pegou legal, colou.
Retaliações ao ex-prefeito Hildon Chaves é uma perda de tempo
O item que faltaQuando alguém se dispõe a investigar as razões pelas quais o turismo amazônico não consegue atrair tantos turistas quanto o arruina
O prefeito Leo Moraes começa sua gestão com uma grande faxina em Porto Velho
Culpas repartidasNo Sul, onde uma minoria desmoralizada dissemina racismo e ódio ao Norte e Nordeste, já predomina a noção sábia de que a grandeza
Acabaram as alagações do Hildão, chegaram as alagações da era Leo Moraes
O papel do NorteNão é uma ideia nova a hipótese de surgir um “Vale do Silício” do Brasil. Houve a suposição de que seria São Paulo, na crença em qu
O corpo de secretários do prefeito Leo Moraes não é eminentemente técnico como foi anunciado
Amazônia giganteAquilo que não é descoberto nem mostrado é como se fosse invisível. Até se identificar a maior árvore da América Latina e a quarta