Quarta-feira, 4 de outubro de 2023 - 08h26
Pesquisadores
do passado, com a ideia fixa de que os povos primitivos da Amazônia eram pobres
diabos ignorantes, incapazes de criar recursos tecnológicos favoráveis ao
desenvolvimento de sua economia, ficaram intrigados com o que julgaram o
fenômeno das terras escuras da região, chamadas pelos indígenas como “eegepe”,
generosos oásis de fertilidade em uma região cujas terras não são as mais
produtivas do planeta para fins de agricultura moderna.
Pesquisas
conduzidas em áreas do Território Indígena Kuikuro para remontar a história
geológica das terras escuras retroagiram três mil anos no passado para determinar
a época segura em que elas começaram a figurar no mapa da produção regional.
Com
dez vezes mais nutrientes que a média do solo trivial da Amazônia, apresentando
elevadas concentrações de fósforo, potássio, cálcio, magnésio, manganês e zinco,
as terras escuras não foram dadas por ETs ou fantásticas figuras místicas das
religiões e das lendas. Resultaram de experiências desenvolvidas manualmente
pelos povos amazônicos na antiguidade pré-colombiana. Os estudos que levaram a
essa conclusão foram feitos pelo geólogo Taylor Perron, ligado ao Departamento
de Ciências da Terra, Atmosféricas e Planetárias do famoso Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (EUA). Bem terra a terra. Nada de mistérios
ufológicos ou religiosos, portanto.
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A coisa esfriou
Era
tanta gente interessada em ver o governador Marcos Rocha (União Brasil) e o
senador Jaime Bagatoli (PL) cair do poleiro (terem seus mandatos cassados) que
já estavam acreditando em eleições suplementares para ambos cargos. Tinha
candidato até colocando seu bloco na rua para disputar o CPA Rio Madeira,
tantos lustrando as botinas para disputar a cadeira do senador Bagatolli. Mas a
coisa esfriou, Rocha e Bagatolli estão dando sinais de vitalidade nos cargos e
os adversários voduzantes se aquietaram até uma nova investida, porque desistir
eles não desistiram de cutucar nas altas esferas processos pendentes na justiça
eleitoral.
Terras caídas
Nas
grandes secas dos rios da Amazonia temos acompanhado o fenômeno das terras
caídas, que são os grandes desbarrancamentos de rios. Em Porto Velho já ocorreu
um de grandes proporções na década passada, o distrito de Calama tem sido vítima
desta erosão provocada pela infiltração de águas nos barrancos. No Amazonas, o
município de Parintins tem sido o grande atingido pelo fenômeno, mas nesta temporada
foi em Beruri, na comunidade de Arumã, no Rio Purus, a maior tragédia dos
últimos anos com o desmoronamento de quase toda a vila ribeirinha.
Despejos
em PVH
Em
recente audiência pública, a Assembleia Legislativa discutiu a regularização fundiária
e ao meio desta situação alguns despejos tramitando na justiça. Algumas ações justificadas
em vista das invasões a áreas públicas destinadas a construção de escolas,
creches, praças e equipamentos de interesse das comunidades, outras com origem
incentivadas por políticos interessados em angariar votos, causando grandes
problemas sociais. Temos invasões consolidadas, em algumas regiões, como a do Porto
Cristo, Planalto, Cristal da Calama, e novas invasões criando asas, como aquela
da Vila Dnit, depois da ponte do Rio Madeira. Muito problema social para ser
resolvido e muitas famílias ameaçadas de ficar sem seus barracos.
Muitos transtornos
A
seca se agrava ao longo do Rio Madeira em Porto Velho e os transtornos aumentam,
desde prejuízos a pesca, ao transporte de mercadorias na hidrovia Rondônia-Amazonas,
abastecimento de água na própria capital e nos distritos do baixo madeira e
agora a suspensão do funcionamento das turbinas da Hidrelétrica de Santo Antônio
em decorrência da diminuição em 50 por cento do nível do nosso amado Madeirão.
Em 2014 a Usina parou pela monumental cheia, agora pela seca que promete se esticar
até meados de janeiro. É muita desgraceira.
Convenções 2024
Começam
as primeiras tratativas para as convenções municipais que vão homologar as candidaturas
dos postulantes à prefeitura do município de Porto Velho no ano que vem.
Algumas lideranças com posições confortáveis, ante o controle dos convencionais
e suas respectivas comissões executivas dos partidos, outros com dificuldades
em tomar goela abaixo os diretórios municipais, diante de adversários mais
cascudos. A base do governador Marcos Rocha tem vários candidatos, e os
partidos estudam composições, alguns casos acenando desde já para rompimentos.
Via Direta
*** Oportuna a discussão em torno da
necessidade da industrialização em Rondônia. Lembro que o tema vem à baila
desde 1998, na campanha de José Bianco ao governo do estado. Mas as coisas não
prosperaram ***
Porto Velho segue vivendo a economia do contracheque e o Distrito Industrial
criado ainda no governo Oswaldo Piana (aquele do Linhão) relegado pelas
autoridades municipais e estaduais *** Com
o mercado imobiliário em baixa na capital rondoniense, muitos corretores se
obrigaram a buscar emprego no comércio varejista *** Uma situação muito diferente
da situação dos tempos das usinas, quando o mercado atraiu grandes empreiteiras
de todo o País.
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