Quarta-feira, 10 de julho de 2024 - 07h40
“Direita”
e “esquerda” são conceitos sem correspondência na realidade. Até existem em definições
intelectuais, mas na gestão pública não fazem qualquer sentido. O ex-presidente
Jair Bolsonaro tentou fazer um governo de “direita”, mas esbarrou na
Constituição liberal, que ele chamava de “quatro linhas”, das quais não poderia
sair sob pena de cassação do mandato. Ou de prisão e condenações severas para
quem quis sair delas, como se viu no vandalismo de 8 de janeiro de 2023. O
presidente Lula da Silva nunca tentou fazer um governo de “esquerda” por saber que
discurso dá votos, mas não garante governabilidade.
O
que sobra da demolição dos conceitos é um mar de contradições. Gente que se
acredita de direita jurando que é contra o “sistema”, ou seja, os ricos do
mundo, que sempre foram a direita. Adeptos de esquerda defendendo as políticas
negociadas com o Centrão não é só o meio de campo embolado: é uma grande
mistura, na qual os conceitos se diluem.
Há
pouco, o presidente Lula disse que não vê contradição entre o discurso
ambiental e o projeto de explorar petróleo e gás na Margem Equatorial. Isso
porque ele mistura tudo: “O Brasil não vai jogar fora a oportunidade de
explorar suas riquezas naturais”. Ou seja, vai continuar com o discurso
ambiental e ao mesmo tempo explorar o petróleo até onde é arriscado. Faz uma sopa
de “direita” e “esquerda” – a “esquerdeita”.
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Grande campeão
O
grande campeão de liberação de recursos de emendas parlamentares para Rondônia,
na gestão Lula, é o senador Confúcio Moura (MDB), o político rondoniense mais
influente na esfera federal. Cabe a ele a recepção de ministros, liberação de recursos
junto aos prefeitos e o atendimento das demandas dos municípios. Mas tudo isto
ainda não impulsiona o suficiente uma candidatura de Confúcio de volta ao CPA.
Está mais perto de garantir mais uma eleição ao Senado do que um terceiro
mandato no Palácio Rio Madeira. Macaco velho, Confúcio está atento aos
desdobramentos das eleições municipais em outubro.
Apoio decisivo
Um
site destacou recentemente a importância do apoio decisivo do ex-senador Expedito
Junior na campanha à prefeitura de Porto Velho em favor de Mariana Carvalho.
Expedito, realmente tem seus méritos, com uma bela trajetória como deputado federal,
secretário de estado e senador, além de ter lançado candidaturas vitoriosas
como do governador Ivo Cassol e do prefeito Hildon Chaves. Por isto não se
entende, porque a campanha de Mariana esconder o nome de Expedito e seu PSD
nesta campanha, já que foi uma pata de coelho da sorte para Ivo e Hildon, aliás,
dois ingratos, que depois o renegaram em alianças.
Uma tendência
A tendência
neste momento é que se firmem entre seis a sete candidaturas à prefeitura de
Porto Velho, um número expressivo, fracionando o eleitorado para provocar
eleições em dois turnos. Nos quarteis generais de campanha, temos conclusões
diferentes: no forte do clã Carvalho se aposta em vitória em primeiro turno,
com as recentes adesões do presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz (já
anunciado) e o apoio de Fernando Máximo, para ser anunciado como “surpresa”
mais à frente. Na oposição existe a unanimidade de que quem seguir em frente entre
os candidatos oposicionistas para o segundo turno com Mariana, leva a melhor.
Por enquanto é Leo Moraes (Podemos) a bola da vez.
Vejam os candidatos
Com as desistências já confirmadas temos ainda
oito nomes em campo na disputa dos 330 mil eleitores de Porto Velho nas eleições
de outubro. Confiram a lista:1- ex-deputada federal Mariana Carvalho (União
Brasil) 2- Ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos) 3-Euma Tourinho (MDB) 4-Célio
Lopes (PDT e Frente Democrática) 5- Valdir Vargas (PP) 6- Benedito Alves (Solidariedade)
7 –Samuel Costa (Rede) 8-Vinicis Miguel (PSB) São nomes para serem confirmados
nas convenções partidárias que já começam no próximo dia 20. Um ou outro candidato
pode desistir para aderir algum candidato de ponteira, caso de Vinicius Miguel
Novela de Ariquemes
Se
em Porto Velho a empreiteira contratada para construir a nova rodoviária de
Porto Velho pediu mais dinheiro e um prazo maior para a entrega do terminal
rodoviário (já se fala em inauguração no final de ano), em Ariquemes a coisa
foi pior ainda. A construtora contratada pela prefeita Carla Redano, deu cano
na municipalidade que foi obrigada a começar tudo de novo, com nova licitação.
Resultado é que o Vale do Jamari ainda vê distante um novo terminal rodoviário
naquelas bandas em condições de suprir a maior demanda de passageiros no
interior do estado.
Via Direta
*** Antes que o cara-pálida internauta encaminhe
impropérios para os donos de caçambas que recolhem entulhos, cobrando a razão
de R$ 450,00 cada retirada em Porto Velho,
lembre-se que a empresa contratada pela prefeitura da capital cobra em torno de
R$ 250,00 para receber os entulhos e resíduos sólidos *** Muita gente
apelando por jogar entulhos no meio do mato, em calçadas e até nos igarapés com
uma tarifa tão escorchante *** Mesmo com
muita gente indo embora e centenas de imóveis colocados à venda na capital, a
demanda de imóveis para alugar ainda é grande e as imobiliárias lançando novos
edifícios, apostando na venda de apartamentos novos na cidade. Pelo menos cinco
prédios foram lançados nos últimos meses.
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