Terça-feira, 18 de maio de 2021 - 09h09
A
dívida pública brasileira tende a chegar a 98,4% do PIB este ano, segundo
estimativa do FMI, mas não se vê potência do hemisfério Norte apontando o dedo
acusador nesse caso porque há nações que devem proporção ainda maior, além de
100%, como Japão, França, EUA e Reino Unido. O foco da cobrança sobre o Brasil ainda
está no clima e meio ambiente, mas nos últimos anos o mundo envergonhado começa
a pensar na dívida social decorrente do genocídio cometido contra os índios.
A
dívida do Brasil com os povos amazônidas, por exemplo, não tem como ser paga em
valores, seja na proporção do PIB ou em percentuais orçamentários. Só uma
atitude de respeito, inclusão, obediência à Constituição e democracia real,
social e econômica, começará a resgatar essa imensa e longa dívida.
A
cobrança da dívida com os povos amazônidas aumentou por três fatos recentes de
grande impacto: a organização política dos índios sul-americanos, o Sínodo da
Amazônia promovido pela Igreja Católica e a eleição de Kamala Harris,
descendente de índios, para a vice-presidência dos EUA. Ela já está de olho na
situação dos povos da Amazônia e a cobrança vai aumentar. Aliás, como se fala
muito em CPI, já se fez inquéritos a respeito, como a investigação de 2008
sobre as causas – e responsáveis – pela morte de crianças indígenas, por
subnutrição. A mortandade continuou e o assunto ficou para um depois ainda não
veio.
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Os entendimentos
Sendo
confirmada a candidatura do ex-governador Ivo Cassol – que se admita foi um
grande governador, mas como senador foi horrível – a postulação da deputada
federal Jaqueline Cassol (PP) ao Senado poderá ser revista pelo seu partido.
Esta mudança poderia facilitar alianças com outras siglas para a corrida de Ivo
ao CPA e desta forma Jaqueline disputaria a reeleição. Tudo depende das
revisões que estão ocorrendo no Supremo e que pode permitir a elegibilidade do
ex-mandatário em 2022. A dobradinha preferencial ao Senado de Ivo seria com Leo
Moraes, reforçando as paliçadas na capital.
Tucanos rachados
No
cenário nacional os tucanos estão bem rachados quanto a disputa presidencial já
programando a realização de prévias aos governos estaduais no ano que vem, cujas
pelejas já estão causando divergências. Asfixiado pela máquina partidária do
govenador João Dória em São Paulo, o ex-governador Geraldo Alckmin anuncia que
depois de décadas de militância tucana trocará de legenda. Em Rondônia, o
ex-senador Expedito Junior pode migrar para o PSD, já controlado pelo seu
filho, o deputado Expedito Neto visando a
disputa ao Senado em 2022.
Poderio bolsonarista
Os
bolsonaristas que foram a Brasília, numa manifestação de apoio ao presidente da
República, voltaram animados e otimistas com relação a reeleição do presidente Jair
Bolsonaro. O grande líder rondoniense do bolsonarismo Jayme Bagatoli, provável candidato
ao governo de Rondônia pelo PSL e adversário feroz do atual governador Marcos
Rocha, retornou motivado para futuras pelejas. Ele ainda decide se sairá ao
governo ou ao Senado, dependendo das “conjuminâncias” políticas do cone sul
rondoniense, Zona da Mata e Região do café, suas principais bases.
Sinuca de bico
Com
tantos candidatos bolsonaristas em Rondônia, a pergunta que se faz é quem o presidente
vai apoiar ao governo de Rondônia. De um lado, um amigo da caserna, o coronel
Marcos Rocha, de outro o senador Marcos Rogério, importante aliado da sua base
eleitoral no Congresso. Ainda tem Ivo Cassol, um nome poderoso e consolidado e
Jayme Bagatolli. É muito tigre para o mesmo capão. Tem postulantes que devem
sair arranhados até o talo desta disputa autofágica havendo choro e ranger de
dentes. Dependendo da decepção, os rejeitados podem virar até oposição.
As punições
Até
agora não se sabe quais serão as punições para deputados estaduais faltosos,
estabelecidas pela comissão de ética da Assembleia Legislativa de Rondônia,
como Eurípedes Lebrão (MDB-São Francisco), no caso das propinas, Geraldo da Rondônia
por falta de decoro parlamentar. No entanto, já se sabe, que os deputados
cassados, Aelcio da TV (PP-Porto Velho) e Edson Martins (MDB-Urupá) deverão deixar
o poleiro em breve, cedendo as cadeiras para os suplentes Ribamar Araújo (Porto
Velho) e Saulo Moreira (Ariquemes).
Via Direta
*** Segue o entrevero entre o governo
estadual de Rondônia e a Associação dos Médicos por conta da contratação de profissionais
sem o chamado revalida, um registro obrigatório no Brasil para o médico que se
forma no exterior, aprovado recentemente
na Assembleia Legislativa *** A pendenga foi parar na justiça *** Mas que alternativa o governador Marcos Rocha teria para enfrentar
a pandemia se os médicos formados em Rondônia estão debandando para os estados
do sul que pagam quase o dobro dos salários daqui?***Além do mais, os
médicos rondonienses não querem trabalhar em localidades distantes da capital e
regiões quilombolas ***Uma tarefa que os
médicos cubanos cumprem com satisfação contratados ainda nos idos da presidente
Dilma Rousseff.
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