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Carlos Sperança

É preciso cobrar + A grande definição de candidatos + Paliçadas reforçadas + Imagem abalada


É preciso cobrar + A grande definição de candidatos + Paliçadas reforçadas + Imagem abalada - Gente de Opinião

É preciso cobrar

Cobram da Rússia que não destrua a Ucrânia e do Brasil que não deixe os criminosos ambientais destruir a Amazônia, mas há raros países sem problemas graves. Alguns temem ter as fronteiras derrubadas por inimigos poderosos e outros se apegam a uma ilusória “soberania” enquanto distribuem nas sombras nacos de seus territórios a interesses externos.

Há os que se desdobram para se blindar das pandemias, os que enfrentam concorrentes sem ética, os que naufragam na pobreza e os que, como o Brasil, de grande extensão territorial, vivem às voltas com tantos desafios que um problema extra é ser cobrado a entregar ao mundo um clima saudável. No entanto, apesar dos criminosos impunes e da prevaricação de agentes do Estado que se julgam no direito de lesar a Pátria crendo que nunca sofrerão castigo, poucas nações podem se orgulhar de contribuir com a mesma proporção do Brasil à proteção do clima. 

Há grande cobrança pela captura de carbono, mas é hora de também cobrar das nações de tecnologia desenvolvida meios qualificados de fazer a floresta em pé render mais. Uma análise feita por cientistas holandeses em 40 projetos mostrou que 32 são ineficazes para evitar que o CO² suba aos céus. Alguns trocam seis por meia dúzia: devolvem gás à medida que o retiram do ar. Por um mundo melhor, que os russos deixem logo a Ucrânia e surjam formas de fato eficazes de proteger o clima.

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A grande definição

A maior parte do quadro de candidatos ao governo de Rondônia só será definida a partir do julgamento sobre a elegibilidade do ex-governador Ivo Cassol, possivelmente nesta quarta-feira. Se for liberado, de cara teremos pelo menos dois candidatos ao CPA desistindo: 1- Leo Moraes (Podemos) umbilicalmente ligado ao cassolismo, mas ciscando para um acordo com o MDB 2- Marcos Rogério (PL) que rejeitaria o confronto com o favoritismo do ex-governador. Enquanto não sair a definição sobre Cassol tudo seguirá catimbado. As conversações seguem, mas com carência de definições estratégicas.

Paliçadas reforçadas

Alheio as definições dos oposicionistas, o governador Marcos Rocha (União Brasil) vai reforçando suas paliçadas voltadas principalmente ao front da capital, que conta com um terço do eleitorado de Rondônia. Depois de conquistar o apoio da ex-vereadora Cristiane Lopes (agora no União Brasil), foi reforçado pelo apoio do prefeito Hildon Chaves (PSDB) e já se fala que a candidatura ao Senado da sua aliança poderá ser a deputada federal Mariana Carvalho. Para concluir a chapa só faltaria a indicação do seu candidato a vice-governador, possivelmente alguém de Ji-Paraná, Ariquemes ou Vilhena.

Coisas enroladas

Vejam a que ponto estão as coisas estão enroladas em Rondônia. Para o MDB ter um candidato para chamar de seu ao governo estadual, só se Ivo Cassol seguir inelegível. Leo Moraes não vai abandonar seu guru caso ele seja absolvido e dispute – na condição de favorito mais uma vez o Palácio estadual. Neste caso, o MDB de Confúcio Moura se veria obrigado a recrutar um outro candidato para disputar o CPA. E boas alternativas estão escassas no partido, mas que já teria seu postulante ao Senado acertado: o ex-ministro da Previdência Amir Lando.

Imagem abalada

Concluo que está difícil de acreditar neste momento na candidatura do senador Marcos Rogério (PL) ao CPA. Esta desacreditado com o presidente Bolsonaro, que prefere apoiar o projeto de reeleição do governador Marcos Rocha. Também o senador bolsonarista não obteve sucesso na indicação para ser líder do governo no Congresso e tampouco conseguiu ser indicado para algum Ministério como propagou. Não bastasse perdeu o apoio do principal aliado na capital, o prefeito Hildon Chaves (PSDB) e uma provável vice Yeda Chaves. E por último seu candidato ao Senado, Expedito Junior já está prospectando outras alianças.

Com cuidado

Com a janela partidária já aberta, permitindo a troca de legendas sem a punição da perda dos mandatos, temos ainda poucos deputados estaduais e federais se definindo a troca de legendas partidárias. Sabe-se que na sigla do governador Marcos Rocha, o União Brasil e o PL do presidente Bolsonaro receberão uma boa carga de filiações nos próximos dias. Na esquerda, o deputado Lazinho da Fetagro está deixando o PT e ingressando no PSB. Fala-se também, que será o mesmo caminho do ex-prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho que é convocado para disputar uma cadeira a Câmara dos Deputados.

Via Direta

*** O deputado federal Coronel Chisóstomo e o candidato ao Senado Jaime Bagatolli já estão com um pé no PL, partido liderado no pais pelo presidente Jair Messias Bolsonaro *** Visando novas adesões para tocar seu projeto de reeleição, o governador Marcos Rocha (União Brasil) estende suas negociações a  direita, a esquerda e ao centro *** Até agora os articuladores do mandatário têm sido bem sucedido atraindo lideranças importantes para seu palanque *** O ex-governador Valdir Raupp (MDB) até agora não definiu se disputa a eleição em 2022 *** Desde o racha do MDB em 2018 o barbudo queixada tem mantido silencio sobre seus projetos futuros. Seria um forte candidato ao Senado, se quisesse, mas também tem campo aberto para emplacar uma cadeira a Câmara dos Deputados.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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