Terça-feira, 6 de julho de 2021 - 09h18
Desde
a cassação de Dilma Rousseff por suas pedaladas o Brasil vive em permanente
clima de campanha eleitoral irregular e impune, baseada na propaganda em torno
de pessoas. Seja um parlamentar com décadas de mandato, ex-governante, astro da
TV ou pregador religioso, vale mais a personalidade do candidato que suas ideias,
habilidades ou propostas.
Mesmo
que mude de um partido para seu oposto, o chefe leva consigo seu exército de
fiéis, para os quais não importa o que ele faça ou diga, desde que vença as
eleições e dívida com os apaniguados o butim conquistado – cargos, verbas e
contratos possíveis. Assim fica possível até criar um partido composto só pelos
convertidos, comprar ou alugar algum já existente e tocar o barco dos
interesses do grupo, seita ou ideologia.
A
questão está em até quando o cinismo personalista vai persistir sem que os
eleitores desconfiem que são manipulados pela fabricação publicitária de
imagens, reputações e conceitos que depois a prática vai desmentir no exercício
dos cargos.
No
Brasil, no segundo turno das eleições de 2020, mesmo com o voto obrigatório, 29,5%
dos eleitores não foram às urnas. Na França, há pouco, houve uma abstenção
jamais vista, de 66,1%. A pandemia exauriu a paciência e a campanha incessante
causa exaustão no eleitor, que não sente mais a mística do pleito: a sensação
de que ao votar mudará a situação para melhor
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Cenário nebuloso
É
bem nublado e repleto de incertezas o cenário político rondoniense com relação
as candidaturas majoritárias. Mas já existe a certeza de que o governador
Marcos Rocha, ainda sem partido, está reforçando suas paliçadas para a reeleição,
e se vitaminando com o apoio de prefeitos importantes e com sua base na ALE,
onde conta com o apoio de muitos deputados. Os demais candidatos dependem de
acordos para a peleja ou de reverter situações na justiça eleitoral para conquistar
a elegibilidade para disputar o CPA no ano que vem. E uma Frente de Esquerda
pode lançar a ex-senadora Fatima Cleide (PT), surfando numa possível onda vermelha.
Confira, abaixo, os principais candidatos.
Ivo Cassol (PP)
O
ex-governador larga bem na corrida sucessória –inclusive com grande margem de
aceitação em Porto Velho o que é uma surpresa já que foi muito contestado na
capital em duas gestões – e suas administrações trazem boas recordações com grandes
índices de crescimento do PIB rondoniense. Sendo candidato ao governo estadual
seu nome predileto para a dobradinha ao Senado é do deputado federal Leo Moraes
(Podemos) e neste caso sua irmã Jaqueline seria deslocada para disputar a
reeleição. Seu entrave é a inelegibilidade, mas ele tem recursos correndo no
Supremo.
Marcos Rogério (DEM)
O
senador bolsonarista só não será candidato ao governo de Rondônia caso consiga
realizar seu sonho de ser ministro. Existe acenos do Palácio do Planalto neste
sentido e ele cumpre fielmente sua parte defendendo o governo federal com unhas
e dentes no Congresso Nacional, se sobressaindo como o grande nome governista
na CPI da Covid. Com Rogério fora da
disputa, já está combinado que o candidato ao governo da aliança DEM/PSDB/PSD
seria o atual prefeito de Porto Velho Hildon Chaves. Tanto para Marcos Rogério
como para Hildon o candidato ao Senado acertado é Expedito Junior (PSDB).
Leo Moraes (Podemos)
Na
impossibilidade do ex-governador Ivo Cassol disputar o CPA Rio Madeira, o nome cogitado
pelo grupo político cassolista é do deputado federal Leo Moraes (Podemos). Nesta
situação, a irmã do governador Ivo Cassol, a deputada federal Jaqueline seria a
candidata ao Senado da coalizão PP/Podemos. Caberia ao ex-governador, detentor
de grande força eleitoral no estado indicar o vice do deputado Leo Moraes que nas
primeiras sondagens na capital - sem Hildon Chaves nas paradas – largaria com grande
vantagem sobre seus oponentes na busca de uma vaga num provável segundo turno.
Jayme Bagattoli (PSL)
O
agronegócio rondoniense projeta colocar nos próximos anos no Palácio Rio Madeira,
sede do governo estadual, o empresário Jayme Bagattoli (PSL), um dos mais ricos
do estado e que custeou a campanha do atual governador Marcos Rocha e que
depois acabou se desentendendo na composição dos cargos do primeiro escalão
estadual. Ele disputaria o cargo com as bênçãos do presidente Jair Bolsonaro na
peleja com o atual governador Marcos Rocha e o senador Marcos Rogério, nomes
também cotados pelo mandatário máximo do Brasil.
Via Direta
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Como se viu acima, a disputa pelo guarda-chuva do presidente Jair Bolsonaro em
Rondônia começa a se intensificar. Pelo menos quatro pretendentes ao Palácio
Rio Madeira mantém a esperança de contar com esta aliança *** Reduzindo
os impostos do querosene de avião, o governador
Marcos Rocha possibilitou ao interior rondoniense a retomada dos voos regulares
nos aeroportos de Vilhena e Ji-Paraná ***
O próximo polo regional a ser beneficiado cm voos é o de Cacoal, com o
aeroporto do Café recebendo as aeronaves da empresa Azul no mês que vem *** Guajará Mirim, na fronteira com a Bolívia,
também sonha com voos regulares para Porto Velho, o que poderia beneficiar o turismo
em todo Vale do Guaporé *** Também existe
enorme expectativa quanto a prometida ponte internacional sobre o Rio Mamoré na
fronte
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