Quinta-feira, 14 de setembro de 2023 - 08h26
Usar
palavras para criar impacto na consciência de quem lê pode ser um truque de
linguagem, se a intenção for apenas impactar, como também pode ser um poderoso
instrumento de comunicação. No caso da jornalista e escritora Eliane Brum, as
palavras fortes que ela emprega para os assuntos amazônicos estão à altura da
realidade observada. A Amazônia, por si só, considerando sua amplitude e o
imenso desafio que desdobra perante o Brasil e a humanidade, requer comunicação
marcante.
Para
ela, “o Brasil hoje é a periferia da Amazônia” e há uma guerra para salvar a
floresta. A primeira afirmação inverte a noção predominante de que a floresta é
a periferia. Quando se percebe o tamanho da pobreza, com as grandes metrópoles
do Sul e Sudeste cercadas por um anel de pressão de carências e problemas, de
que a criminalidade e as doenças são as expressões mais severas, fica
impossível não pensar que o potencial de geração de riquezas da Amazônia
poderia ser bem aproveitado e representar o caminho brasileiro para o
desenvolvimento, por meio da bioeconomia.
A Amazônia
rica poderá tirar a periferia brasileira da crise social que se verifica no Rio
Grande do Sul, por exemplo, rumo a tempos áureos jamais vividos ou
desperdiçados, como a economia brasileira ser maior que a dos EUA nos tempos
coloniais e o fastígio da borracha. Mas para isso é preciso vencer a guerra
contra o crime e a prevaricação. Palavras fortes, mas necessárias.
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As paternidades
Como
no passado, os políticos disputam a dentadas as “paternidades” de obras
públicas e com a volta da temática da transposição a coisa se acirra novamente.
Algumas coisas me parecem certas: no caso da ponte binacional de Guajará Mirim,
o ex-senador Valdir Raupp (MDB) e a deputada federal Marinha Raupp (MDB) estão
no pódio. Foram suas as primeiras emendas até para projetos técnicos da autoria
do casal. No caso da transposição dos servidores, um caso de “maternidade”, a
então senadora Fátima Cleide (PT) foi a pioneira no assunto com Dilma. No que
se relaciona ao projeto para a instalação de balsas e posto fiscal alfandegário
em Costa Marques, a paternidade é do Lebrão.
Deu ruim
Enquanto
a construção do novo terminal rodoviário de Porto Velho está indo de vento em
popa e as autoridades municipais prevendo a antecipação da sua inauguração, em
Ariquemes a coisa deu ruim. A empresa contratada para a construção da nova rodoviária
do município não deu conta do recado, a coisa não andou e a prefeita Carla
Redano se viu obrigada a rescindir o contrato para as obras e anunciou um
processo contra a empresa pelos prejuízos causados a municipalidade. Uma nova
licitação está em andamento. A rodoviária de Ariquemes é a mais movimentada do
interior do estado.
Poder feminino
Não
demora para as mulheres conquistarem posições mais relevantes na política
rondoniense, como já foi no passado, com Janilene Melo governadora e Fátima
Cleide senadora. Temos muitas lideranças femininas emergentes, como a
ex-deputada federal Mariana Carvalho, a deputada estadual Ieda Chaves e a deputada
federal Cristiane Lopes em Porto Velho, a prefeita Carla Redano em Ariquemes,
as deputadas Claudia de Jesus (estadual) e Silvia Cristina (federal) em
Ji-Paraná, a deputada estadual Rosane Donadon (Vilhena), Joliane Fúria (Cacoal)
suplente de deputada federal com quase 30 mil votos, entre outras lideranças
representativas.
Meta do vizinho
As
metas de nossos vizinhos são parecidas com as de Rondônia. Vejam o caso do governador
do Amazonas, Wilson Lima, bolsonarista como nosso mandatário Marcos Rocha. É
objetivo na regularização fundiária, a distribuição de 30 mil títulos, uma
cobertura de 100 por cento de água potável e implantação de 25 por cento da
coleta de esgoto no estado. Porto Velho e Manaus tem problemas semelhantes,
embora a capital amazonense seja quase cinco vezes maior em termos demográficos
do que a capital Rondoniense. E ambas vivenciam, a exemplo de Rio Branco também
caos na saúde e na segurança pública.
É nosso inferno!
A
criminalidade avança adoidado em Rondônia. Nos rios Mamoré e Guaporé, um tráfico
intenso de cocaína, com as embarcações lotadas de pó. Pequenos aviões
carregando drogas e armamento deixando as mercadorias em fazendas afastadas
situadas no Vale do Guaporé e Cone Sul rondoniense. Piratas atacando barcos e
balsas ao longo da Hidrovia do Madeira, desde Porto Velho aos municípios amazonenses.
Querem mais? Rondônia, campeã de feminicidios no Brasil, vice em chacinas no
campo, milhares de cirurgias eletivas atrasadas. Tem cirurgia marcada há pelo
menos 2 anos com pacientes fragilizados e pernas quebradas.
Via Direta
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as eleições de 2026 *** Em Rondônia, o
partido tutelado pelo bolsonarismo aguarda com expectativa as decisões do
mandatário tucano *** Trocando de saco para mala: De asas crescidas o vereador
Rafael Fera em Ariquemes, com expressiva votação obtida a deputado federal
no ano passado, deverá entrar na briga
pela prefeitura local no ano que vem ***Ele
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do clã Redano.
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