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Carlos Sperança

Em Ariquemes a coisa deu ruim e o poder feminino


Em Ariquemes a coisa deu ruim e o poder feminino - Gente de Opinião

Onde é a periferia?

Usar palavras para criar impacto na consciência de quem lê pode ser um truque de linguagem, se a intenção for apenas impactar, como também pode ser um poderoso instrumento de comunicação. No caso da jornalista e escritora Eliane Brum, as palavras fortes que ela emprega para os assuntos amazônicos estão à altura da realidade observada. A Amazônia, por si só, considerando sua amplitude e o imenso desafio que desdobra perante o Brasil e a humanidade, requer comunicação marcante.

Para ela, “o Brasil hoje é a periferia da Amazônia” e há uma guerra para salvar a floresta. A primeira afirmação inverte a noção predominante de que a floresta é a periferia. Quando se percebe o tamanho da pobreza, com as grandes metrópoles do Sul e Sudeste cercadas por um anel de pressão de carências e problemas, de que a criminalidade e as doenças são as expressões mais severas, fica impossível não pensar que o potencial de geração de riquezas da Amazônia poderia ser bem aproveitado e representar o caminho brasileiro para o desenvolvimento, por meio da bioeconomia.

A Amazônia rica poderá tirar a periferia brasileira da crise social que se verifica no Rio Grande do Sul, por exemplo, rumo a tempos áureos jamais vividos ou desperdiçados, como a economia brasileira ser maior que a dos EUA nos tempos coloniais e o fastígio da borracha. Mas para isso é preciso vencer a guerra contra o crime e a prevaricação. Palavras fortes, mas necessárias.

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As paternidades

Como no passado, os políticos disputam a dentadas as “paternidades” de obras públicas e com a volta da temática da transposição a coisa se acirra novamente. Algumas coisas me parecem certas: no caso da ponte binacional de Guajará Mirim, o ex-senador Valdir Raupp (MDB) e a deputada federal Marinha Raupp (MDB) estão no pódio. Foram suas as primeiras emendas até para projetos técnicos da autoria do casal. No caso da transposição dos servidores, um caso de “maternidade”, a então senadora Fátima Cleide (PT) foi a pioneira no assunto com Dilma. No que se relaciona ao projeto para a instalação de balsas e posto fiscal alfandegário em Costa Marques, a paternidade é do Lebrão.

Deu ruim

Enquanto a construção do novo terminal rodoviário de Porto Velho está indo de vento em popa e as autoridades municipais prevendo a antecipação da sua inauguração, em Ariquemes a coisa deu ruim. A empresa contratada para a construção da nova rodoviária do município não deu conta do recado, a coisa não andou e a prefeita Carla Redano se viu obrigada a rescindir o contrato para as obras e anunciou um processo contra a empresa pelos prejuízos causados a municipalidade. Uma nova licitação está em andamento. A rodoviária de Ariquemes é a mais movimentada do interior do estado.

Poder feminino

Não demora para as mulheres conquistarem posições mais relevantes na política rondoniense, como já foi no passado, com Janilene Melo governadora e Fátima Cleide senadora. Temos muitas lideranças femininas emergentes, como a ex-deputada federal Mariana Carvalho, a deputada estadual Ieda Chaves e a deputada federal Cristiane Lopes em Porto Velho, a prefeita Carla Redano em Ariquemes, as deputadas Claudia de Jesus (estadual) e Silvia Cristina (federal) em Ji-Paraná, a deputada estadual Rosane Donadon (Vilhena), Joliane Fúria (Cacoal) suplente de deputada federal com quase 30 mil votos, entre outras lideranças representativas.

Meta do vizinho

As metas de nossos vizinhos são parecidas com as de Rondônia. Vejam o caso do governador do Amazonas, Wilson Lima, bolsonarista como nosso mandatário Marcos Rocha. É objetivo na regularização fundiária, a distribuição de 30 mil títulos, uma cobertura de 100 por cento de água potável e implantação de 25 por cento da coleta de esgoto no estado. Porto Velho e Manaus tem problemas semelhantes, embora a capital amazonense seja quase cinco vezes maior em termos demográficos do que a capital Rondoniense. E ambas vivenciam, a exemplo de Rio Branco também caos na saúde e na segurança pública.

É nosso inferno!

A criminalidade avança adoidado em Rondônia. Nos rios Mamoré e Guaporé, um tráfico intenso de cocaína, com as embarcações lotadas de pó. Pequenos aviões carregando drogas e armamento deixando as mercadorias em fazendas afastadas situadas no Vale do Guaporé e Cone Sul rondoniense. Piratas atacando barcos e balsas ao longo da Hidrovia do Madeira, desde Porto Velho aos municípios amazonenses. Querem mais? Rondônia, campeã de feminicidios no Brasil, vice em chacinas no campo, milhares de cirurgias eletivas atrasadas. Tem cirurgia marcada há pelo menos 2 anos com pacientes fragilizados e pernas quebradas.

Via Direta

*** O afastamento provisório do presidente nacional do PSDB, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite não deverá afetar as mudanças na legenda pelos estados *** O PSDB fará novas eleições e Leite deverá ser reconduzido ao cargo e seguir como o presidenciável da legenda para as eleições de 2026 *** Em Rondônia, o partido tutelado pelo bolsonarismo aguarda com expectativa as decisões do mandatário tucano *** Trocando de saco para mala: De asas crescidas o vereador Rafael Fera em Ariquemes, com expressiva votação obtida a deputado federal no  ano passado, deverá entrar na briga pela prefeitura local no ano que vem ***Ele trava oposição cerrada contra a atual administração do Paço Municipal nas mãos do clã Redano.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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