Terça-feira, 10 de janeiro de 2023 - 08h12
Ditado
popular bem conhecido, “uma andorinha não faz verão” significa que não se pode ter
certeza de alguma coisa sem detalhes mais amplos e determinantes. Só querer não
basta. Na vasta Amazônia e no ainda mais vasto mundo, uma preocupada observação
sobre a presença de andorinhas-azuis indica que os espaços de reprodução e
sobrevivência delas se estreitou muito, limitados à pequena ilha do Comaru, que se supõe ser o ponto de
partida para menos de dez milhões de andorinhas que migram anualmente para a
América do Norte.
Lá a
população dessas aves caiu 25% desde 1966 e em algumas áreas desapareceriam –
nelas, não há mais andorinhas anunciando o verão. É um terrível pesadelo supor
que algum desastre possa acontecer com a minúscula ilha do Rio Negro na qual as
andorinhas-azuis se concentram atualmente, já certo que se trata de um dos
maiores refúgios existentes dessa espécie.
Mas
são apenas cinco hectares, espaço pequeno demais. Os cientistas já sabem que a
andorinha-azul não é mais selvagem: depende dos seres humanos, que fornecem a
estrutura de seus ninhos. Pode-se imaginar que, para elas, a sobrevivência
humana é a única certeza que poderiam ter de que também vão sobreviver. Melhorar
a vida humana, portanto, significa também dar melhores perspectivas aos demais
seres da natureza. É assim que o ser humano poderá garantir novos verões para
muitas andorinhas.
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A extrema direita
Passados
os dias mais tenebrosos pelos ataques da extrema direita bolsonarista em Brasília,
o País vai voltando a normalidade e os organismos de segurança caçando os autores
e financiadores das agressivas manifestações, depois das omissões e vacilos das
esferas distritais e federais que facilitaram as invasões dos prédios do
Supremo Tribunal Federal, Congresso Nacional e Palácio do Planalto. O País
segue rachado, a extrema direita fincou pé e Lula e sua coalizão vão enfrentar
muitos dissabores na sua jornada administrativa. Ficar atento é preciso,
cochilar e dar mole como ocorreu jamais!
Uma epopeia
Com
a posse dos deputados constituintes eleitos nas eleições de 1982, em meados de
1983, portanto a 40 anos atrás, iniciava a epopeia da elaboração da Carta Magda
de Rondônia. Na presidência da Constituinte, o deputado José de Abreu Bianco
(PDS-Ji-Paraná), como relator, o deputado Amizael Gomes da Silva (PDS-Porto
Velho). Foram exaustivos trabalhos destacando-se nos debates deputados do porte
de Jacob Atalah, Amir Lando, Tomás Correia, Oswaldo Piana Filho, Walderedo
Paiva, Zuca Marcolino, Heitor Costa, Silvernani Santos, Jerzy Badocha, entre
outros.
Remanescentes
A Constituição
rondoniense foi considerada um trabalho de qualidade pelos avanços inseridos na
época. Poucos parlamentares daquela histórica jornada ainda permanecem vivos,
casos de Bianco, Amir, Tomás Correia. Para o andar de cima já foram tantos outros,
que recebem minha homenagem, como Walderedo, Jacob Atalah, Zuca Marcolino, João
Dias Vieira, Jô Sato, Arnaldo Lopes Martins, Francisco Nogueira Filho, Ângelo
Angelim, Ronaldo Aragão, Clóter Motta e observem que desta primeira legislatura
saíram governadores eleitos em anos seguintes, como Bianco e Piana, e senadores
como Amir Lando e Ronaldo Aragão.
Nomes cogitados
Já
anunciada pelo governador Marcos Rocha, ainda nos primeiros cem dias do novo
governo, vem aí a minirreforma administrativa, começando já depois do dia 1º de
fevereiro final da atual legislatura na Câmara dos Deputados. Cogitam-se alguns
nomes de deputados federais que vão deixar os cargos, entre eles Leo Moraes (Podemos)
que disputou o governo do estado e Mariana Carvalho (Progressistas). Como são
mais de 10 partidos da aliança que projetou o segundo mandato do governador,
teremos também outros nomes para o novo secretariado.
Tigres no capão
Temos
muitos tigres no mesmo capão no governo Lula. São muitos presidenciáveis
disputando espaço e projeção para 2026. Pelo PT, Fernando Hadadd (São Paulo),
ministro da Fazenda e Ruy Costa, ex-governador da Bahia, na Casa Civil. Pelo MDB,
a ministra do planejamento Simone Tebet (MS), Marina Silva, do Meio Ambiente,
além do próprio vice-presidente Geraldo Alckmin (PSD-SP). Gerir as fogueiras de
vaidades será um grande desafio de Lula com tantas personalidades defendendo
ideologias dispares. Deste Ministério acredita-se em melhorias pelo menos na
saúde e educação.
Segundo escalão
Enquanto
se depara com ministros linguarudos e a ministra do turismo envolvida com
milicianos (prática até então condenada pelos petistas e muito usada pelos
bolsonaristas), o presidente Lula vai destinando os cargos do segundo escalão,
já que as bocas do primeiro já estão todas ocupadas nos 37 ministérios. Chama
atenção o fato de que Rondônia ainda não foi comtemplado com cargos nem do primeiro,
tampouco no segundo escalão, como os comandos da Conab, Apex já definidos.
Temos uma favorita para ocupar algum cargo do segundo escalão de Lula: a
ex-senadora Fátima Cleide, muito ligada ao alto comando petista.
Via Direta
*** O ex-presidente Jair Bolsonaro está
instalado confortavelmente em Orlando, próximo a Disneylândia e já tem até um
cercadinho de fanáticos para lhe aplaudir ao final da tarde. Como se sabe a
região é superpovoada por brasileiros da classe média alta, majoritariamente
devota ao Mito***
Trocando de saco para mala: o inicio de 2023 não poderia ser pior para os portovelhenses:
ruas alagadas, estamos com a maior tarifa de transportes coletivos do país e um
aumento salgado no Imposto Predial e Territorial Urbano –IPTU *** Mais organizado, e agora
aparelhando a Policia Federal, o governo promete agir com rigor contra os vândalos
bolsonaristas que ainda atuam em algumas regiões do País *** Os recentes
atos terroristas da extrema direita deixaram
o Brasil de cabelo em pé.
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