Segunda-feira, 4 de novembro de 2024 - 07h36
Invasor absolvido
Com
secas mais frequentes, fica visível o impacto negativo sobre a vegetação
natural e a agricultura tradicional. Pensar em plantas resistentes ao calor e
adaptáveis em áreas desmatadas é uma necessidade, sobretudo por haver plantas promissoras
nas novas condições. É o caso agave, exótico e invasor em vias de ganhar plena
absolvição com opções significativas de ótimo uso.
Falar
em agave no Brasil é falar em sisal. No México, em tequila. Recentemente,
pesquisadores que se dedicaram a estudar o amplo leque de resíduos do agave
depois de aproveitado para a produção de sisal fizeram descobertas
significativas, dentre as quais sua grande capacidade de gerar bioenergia.
Logo
de saída saltou aos olhos a possibilidade de usar essa planta nas áreas em que a
cana-de-açúcar já não apresenta os melhores volumes de produção. Os estudos levaram
a conclusões altamente valiosas, começando pela verificação de que só se usa 4%
da planta para produzir o sisal. Os demais 96% são deixados no campo para
degradar, mas podem ter uso excelente.
Com
a descoberta de que se pode gerar bioenergia a partir do suco das folhas, rico
em açúcar, e do bagaço, por sua celulose, vem a verificação de que o agave
requer menos água e fertilizantes que a cana e depois de cinco anos gera 800
toneladas de biomassa por hectare, segundo o pesquisador Marcelo Carazzolle. É
como tirar mais leite de vaca mirrada usando a ciência como nutrição.
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Segurança pública
A
expectativa é grande entre os governadores com aprovação da PEC da segurança
pública idealizada pelo governo de Luís Inácio Lula da Silva, buscando maior
coesão entre o governo federal com os governos estaduais. Nos estados da
Amazonia o projeto já vem tarde, já que o crime organizado tomou conta de
Rondônia, Acre e Amazonas com seus presídios superlotados de traficantes. O
narcotráfico se infiltrou na política, no meio empresarial e até na justiça,
com a compra de sentenças para liberar celebridades criminais, seja da
rapinagem do colarinho branco, do narcotráfico, etc.
Mantendo a escrita
Porto
Velho segue mantendo a velha escrita de derrubar políticos favoritos nas
pelejas pela prefeitura de Porto Velho e também dos governadores não
conseguirem eleger seus aliados no Paço Municipal. Assim como outros
governadores, o atual Marcos Rocha (União Brasil) não conseguiu eleger a
candidata do seu partido Mariana Carvalho. Desde o primeiro governador do
estado eleito pelo voto direto, Jeronimo Santana, se mantém a escrita. Porto
Velho se rebela contra seus governadores. Rocha que se prepara para disputar o
Senado que fique de barbas de molho, principalmente se Hildon Chaves entrar nas
paradas na disputa ao Senado.
Escritórios do crime
Em
Porto Velho as facções do crime disputam a bala o controle do mercado das
drogas nos grandes conjuntos habitacionais onde foram montados escritórios do
crime. Seja no Orgulho do Madeira, Morar Melhor, Porto Madero, Cristal da Calama
e Santa Barbara, as facções mantém vigilantes nas entradas e saídas. Na menor
suspeita de infiltração de gangs inimigas, os estranhos são recebidos a chumbo.
Uma situação que vem se espalhando, ocorrendo recentemente até execuções de
desafetos do narcotráfico em ruas centrais da capital rondoniense que se tornou
uma das mais violentas o País.
Unindo forças
A
expectativa com posse do prefeito eleito Leo Moraes é que a segurança pública
de Porto Velho seja reforçada com a criação da guarda municipal, uma das omissões
do prefeito que deixa o cargo, Hildon Chaves. É imprescindível que os prefeitos
também entrem na peleja contra o crime organizado e uma guarda municipal,
armada pode melhorar em muito a diminuir os índices de violência na capital
rondoniense. Também é necessária uma união da esfera estadual, com a municipal
para melhorar a situação da saúde. Nos últimos anos o que se via era um jogo de
empurra entre prefeitos e governadores e nada se resolvia.
Migração paranaense
A
enorme migração paranaense nos anos 80 ainda tem reflexos na política da região.
Os prefeitos de Porto Velho, Leo Moraes (Podemos) e de Rio Branco Tião Bocalon
(PL) são paranaenses, a exemplo de muitos deputados estaduais em Rondônia, caso
de Luizinho Goebel, nascido em Cascavel cumprindo seu quarto mandato na
Assembleia Legislativa de Rondônia. Os paranaenses já tiveram eleito governador,
caso de José Bianco (Apucarana) e Acir Gurgacz (Cascavel) em décadas passadas,
o vice-governador Orestes Muniz também é procedente da região Oeste do Paraná.
A classe média
A
classe média é a principal prejudicada com as novas regras da Caixa Econômica
Federal para os financiamentos imobiliários que começaram a vigorar neste mês
de novembro. Agora o mutuário é obrigado a adiantar trinta por cento do valor do
financiamento para a compra do seu imóvel e isto está emperrando os negócios,
conforme a chiadeira dos corretores de imóveis em Porto Velho. Sem recursos e
enfrentando saques desenfreados na caderneta da poupança, a instituição
bancária se viu obrigada a adotar as medidas restritivas, ao mesmo tempo que pretende
estimular a desova de imóveis novos lançados no mercado nos últimos meses deste
ano.
Deixando rastros
A
inclusão de homens de confiança do CPA Rio Madeira na equipe de transição do
prefeito eleito Leo Moraes (Podemos) deixa o rastro de que o governador Marcos
Rocha (União Brasil) fez jogo duplo na disputa pelo Prédio do Relógio. Rocha
jogou com dois candidatos: de boca para fora apoiando Mariana Carvalho, de
outro lado, também com o alcaide eleito Leo Moraes (podemos) na mão. Quando
percebeu a virada, nos últimos dais bandeou-se para Leo de uma vez. Como não
tem almoço de graça, possivelmente Leo poderá apoiar Rocha ao Senado no pleito
de 2026. A conferir.
Via Direta
*** Com a deputada federal Silvia Cristina
(PP-RO) já dando as cartas no partido, alinhavando alianças para as eleições de
2026, já se tem como certo que o ex-governador Ivo Cassol já está descartado
para futuros embates políticos *** Silvia Cristina costura alianças para disputar
uma cadeira ao Senado pelo PP *** A
chiadeira é grande dos consumidores nos supermercados da capital ante o brutal
aumento dos hortifrutigranjeiros. O cinturão verde de Porto Velho não consegue
atender as demandas de consumo *** A eleição do novo presidente da OAB
repercute, envolvendo duas grandes lideranças da classe, o atual presidente
Marcio Nogueira e o seu opositor Eurico Montenegro Neto.
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