Sexta-feira, 9 de dezembro de 2022 - 08h20
Desde
muito cedo as crianças aprendem lições que levarão pela vida afora. Aluno que
não faz lição de casa merece levar bomba é uma delas. No caso dos
fertilizantes, se o Brasil fosse um aluno, levaria bomba em 2022 depois de
décadas sem fazer a lição de casa, que seria encaminhar o país à
autossuficiência na produção de fertilizantes. Se um agricultor põe no alto de
sua planilha o adubo como item essencial e imprescindível ao negócio, o mesmo
deveria ser feito pelas autoridades de uma nação agrícola. Mas isso não foi
feito, apesar de todos os avisos.
Com
o país dependente do potássio do Leste Europeu, a bomba estourou na guerra da
Ucrânia, que dificultou a importação. Sem fertilizante não há agricultura, o
que torna a dependência do Brasil ao potássio estrangeiro – mais de 96%,
sobretudo de Canadá, Rússia e Bielorrússia.– uma lição de casa malfeita. Era
preciso declarar o potássio insumo estratégico e dar passos rápidos até a autossuficiência,
mas o governo federal não deu conta da tarefa e já sente a corda apertando no
pescoço.
Há
sinais de que o aluno vai finalmente começar a fazer a lição de casa longamente
relaxada, a julgar pela iniciativa do engenheiro Adriano Espeschit
de produzir “potássio verde” por meio do Projeto Autazes. Com o Plano Nacional
de Fertilizantes fixando metas iniciais para 2030, pode ser que até lá o Brasil
deixe de sofrer e levar bomba por descuido com lições de casa.
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Faltará vagas
Com
tantas prisões de ladrões, arrombadores e assaltantes pelas Polícias Civil e
Militar nas últimas semanas em Porto Velho faltará vagas nos presídios
rondonienses, já tão apinhados. Abrigar tantos pilantras é um desafio para as
autoridades de segurança, já que os drogados se multiplicaram geometricamente
nos últimos anos e ao menor descuido de comerciantes e das famílias nas residências
eles pulam os muros e levam o que podem. Imagino se forem cumpridos todos os mandados
de prisão de foragidos na capital como seria? Com certeza, pelo menos dois
ginásios de esportes superlotados.
Critério definido
O
principal critério para a reeleição de prefeitos e governadores em Porto Velho tem
sido o fator econômico. Se o administrador pagar em dia o funcionalismo e os fornecedores,
terá a complacência do eleitorado quanto a sérios problemas, como o colapso na
saúde e o caos na segurança pública. Mesmo com chiadeira com hospitais repletos
e pacientes nos corredores, os comerciantes terem sido assaltando dez vezes,
bairros alagados até o talo no inverno amazônico, falta de água durante o ano,
ausência de esgoto, rodoviária decente, os drogados tomando conta das ruas, o
eleitor tem optado pela reeleição na capital rondoniense.
A diplomação
Mesmo
flagrados e filmados recebendo propinas de empresas ligadas a coleta de lixo e
meio ambiente, a ex-prefeita Lebrinha e o deputado estadual Lebrão terão
direito a diplomação para assumirem respectivamente as funções de deputados
estadual e federal. Com votações reduzidas, mas com a fidelidade do eleitorado de
São Francisco, a base eleitoral da família, ambos foram eleitos e cassá-los
depois de tem assumido os cargos ficará mais difícil. Ainda mais na Assembleia
Legislativa onde as Comissões de Ética não funcionam.
A palavra mágica
Em Rondônia,
os políticos têm uma palavra mágica para escapar da cassação. Sendo apupados,
soltam a senha: “Vou abrir o bico”. Como muita gente pode ter problemas – em
política isto não é raro, né? – deixam a coisa rolar e só quando a justiça se
pronuncia e chega a ameaçar a Casa de Leis se toma alguma providência. É o caso
de Lebrão, ele sabe demais soube se proteger e nem ao menos foi reprimido pelo
malfeito e com certeza saberá proteger o mandato de Lebrinha com unhas e
dentes. Se depender da Comissão de Ética necas de punição.
O infortúnio
Cotado
para ser um dos grandes líderes da oposição ao governo Lula que começa em janeiro,
o ex-juiz federal Sérgio Moro, eleito senador pelo Paraná, pelo União Brasil,
alvo da ira dos petistas, agora também é alvo novamente das pedradas dos bolsonaristas.
Moro voltou como um filho pródigo para as asas do presidente Jair Bolsonaro,
mas agora sofre o punhal da traição do partido do presidente, o PL, que quer a
cassação do seu mandato para favorecer um candidato que ficou em segundo lugar
na eleição ao Senado pelo Paraná. Não bastasse, o União Brasil fechou com Lula
e Moro virou um estranho no ninho no seu próprio partido.
Via Direta
*** Além da desconfiança com possíveis
assaltos, muita gente com culpa em cartório não está abrindo sua residência
para os trabalhos dos censitários *** E assim o Censo 2022 realizado pelo IBGE só
vai acabar mesmo no ano que vem com tantas dificuldades *** Os manifestantes patrióticos vão precisar aumentar as benesses para
ampliar o público defronte aos quarteis. Churrasco, agua mineral e refrigerantes
é pouco *** Já que existem políticos, gente do agronegócio e do garimpo
patrocinando a causa patriótica se tratando das festividades de Natal poderia
ser incluído panetones no rol dos atrativos e apresentação do Papai Noel ***O final de ano é marcado pela alta dos preços
nos supermercados. Em Porto Velho as queixas se multiplicam lembrando a época
do auge do garimpo quando a exploração era terrível e preços proibitivos.
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