Sexta-feira, 25 de junho de 2021 - 11h58
A
origem da palavra religião é “religar” o que foi disperso. O mundo é uma
velhíssima história de separações e divisões. Supõe-se que o paraíso bíblico –
o Jardim do Éden – existiu quando a Amazônia e o Caribe ainda estavam juntos,
há 65 milhões de anos. A Pangea do climatologista Alfred Wegener se repartiu em
continentes e estes em centenas de nações, muitas polarizadas internamente
entre grupos que se agridem e se enfraquecem até que novas divisões surjam nos
próprios polos, mantendo a lógica da fragmentação incessante.
Os
ótimos resultados do recente Seminário Internacional Os Desafios da Ciência em
Novo Pacto Global do Alimento, promovido pelo Instituto Fórum do Futuro,
comprovaram que unir esforços é um artigo de primeira necessidade quando se
trata de vencer os duríssimos desafios desta época, na qual uma combinação de
crises ameaça a humanidade como jamais aconteceu, sequer durante as duas
grandes guerras mundiais.
Unir
para vencer essa encrenca depende de superar diferenças e encontrar consensos,
o que só pode vir com debate. No seminário citado, pelo menos duas linhas de
debates se ligaram ao futuro da Amazônia: uso sustentável dos recursos naturais
para reduzir as desigualdades e a conversão da economia extrativista em economia
do conhecimento. Sendo temas complexos, portanto, exigem mais debates e
consensos.
.................................................................................
Clima de terror
O
crime organizado com as disputas sangrentas pelo controle do tráfico de cocaína
em Rondônia está impondo um clima de terror em Porto Velho. As unidades do exército
ergueram seus muros com cercas elétricas, os colégios estaduais fizeram a mesma
coisa, se transformando em fortalezas para enfrentar os contínuos
arrombamentos. Muitas igrejas se cercaram com grades - para evitar saques dos
marginais. São mais de 3 mil mandados de prisão na capital, sendo procurados desde
latrocidas até estupradores. É muito pilantra solto –além dos políticos com
culpa em cartório e dinheiro na cueca.
As conversações
O
governador de Rondônia Marcos Rocha não tem interesse em precipitar a questão
sucessória estadual, já que isto implica mais cacete dos adversários
oposicionistas. Mas enquanto aguarda uma definição do partido escolhido pelo presidente
Jair Bolsonaro – já se sabe que pode ser o fracionado Patriotas – ele está
abrindo conversações para reforçar as paliçadas de sua coalizão. Rocha já tem
apoio de prefeitos importantes no estado e boa parte dos deputados estaduais já
está fechada com seu projeto de reeleição
Jogo de empurra
Segue
o jogo de empurra entre o prefeito Hildon Chaves e o governo do estado de Rondônia
sobre a construção da nova rodoviária de Porto Velho, um conflito de interesses
políticos que vem desde a primeira administração do governador Confúcio Moura
fazendo o mesmo jogo com o então prefeito petista Roberto Sobrinho. Na segunda
gestão de Confúcio até o projeto técnico foi elaborado pela secretaria de Obras
do governo estadual, inspirado nos terminais rodoviários de Cuiabá (MT) e Rio
Branco (AC). Mas as coisas não evoluíram na gestão do prefeito Mauro Nazif e
emperraram de vez com Hildon Chaves.
Campeão de fugas
O presidio
de Ariquemes vai ratificando a primeira posição no ranking de fugas em Rondônia.
Sempre superlotado já causou evasões de todas as formas como já denunciaram os
deputados estaduais Adelino Follador e Alex Redano. Já são 20 fugas em dois
anos e a questão penitenciária na capital do Vale do Jamari é alvo de piadas e
agora já se fala até no surgimento de presos tatus que escavam tuneis para
fugir, mostrando um certo parentesco com os presidiários de Porto Velho. Os do
Urso Branco são especialistas no esburacamento e tornaram o solo daquela unidade
prisional num queijo suíço.
A fragmentação
Preocupa
a fragmentação do eleitorado de Vilhena e Cone Sul com tantas candidaturas a Assembleia
Legislativa e a Câmara Federal nas eleições do ao que vem. Os deputados estaduais
da região, que são Rosangela Donadon (PDT-Vilhena), Luizinho Goebel (PV-Vilhena)
e Neiva de Carvalho (PTB-Cerejeiras) vão enfrentar um verdadeiro batalhão de postulantes.
Como eles espicharam suas bases para outras regiões se sentem mais seguros, mas
é uma situação realmente preocupante para os atuais representantes da região.
Também é enorme a divisão regional quanto a peleja a câmara dos deputados. Tem
mais de uma dezena.
Via Direta
*** Mesmo com mais de trinta anos do
naufrágio do navio rondoniense Ana Maria 8, no Rio Madeira, na altura de Manicoré, com dezenas de mortos,
as embarcações amazônicas seguem inseguras e com sobrepeso *** A frota de
embarcações que navega os Rios Madeira Solimões, Rio Negro, Amazonas e Tapajós,
necessita urgentemente ser modernizada e
melhor fiscalizada pelas autoridades ***
Rio Branco, a bem estruturada capital acreana, que já tinha aeroporto, estádio e rodoviária mais
modernos que Porto Velho, agora também vai se orgulhar de um baita Centro Político
Administrativo do governo estadual *** As obras devem custar cerca de R$
300 milhões, mas o custo é reduzido com contrapartidas de bancos com as contas
do governo estadual, como ocorreu em Rondônia no governo Ivo Cassol há quase
duas décadas.
Sem perdãoHá pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes, esquecendo que uma das principais lições do crist
Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho
O jogo da Amazônia Em todo o mundo se tornou obrigatória a pergunta “e agora, com a eleição de Trump nos EUA?” Mao Tsé-tung disse que se os chinese
É bem provável que ocorra uma regionalização de candidaturas ao Palácio Rio Madeira
DesbranqueandoA jornalista brasileira Eliane Brum, descendente de italianos e filha de pai argentino nascida em Ijuí, Noroeste gaúcho, certo dia dec
A classe política está querendo antecipar o processo eleitoral de 2026
Tartarugas humanasO desmatamento e a piora do clima causam prejuízos generalizados aos povos amazônicos. Os que mais assustam são as perdas na agri